Alice Narrando
- Daqui a pouco vamos embora ta? - Gabriel falou e se apoiou nos braços da minha cadeira.
- Finalmente. - Ele riu e foi até onde o Paulo estava, o som alto estava me deixando surda todas as meninas que passavam olhavam pra mim com cara feia outras com curiosidade e isso me incomodava bastante.
- Oi linda, posso pagar uma bebida? - Olhei pro dono da voz e fiquei surpresa ele parecia com o Daniel.
- Não, obrigada. - Ele fez uma cara de decepção.
- Posso pelo menos sentar? - Assenti e ele se sentou muito próximo de mim, eu estava curiosa então fui logo perguntando.
- Você é alguma coisa do Daniel?
- Sou irmão, você conhece ele? - Eles pareciam gêmeos de tão parecidos mas esse era um tanto mais bonito.
- Sim, o que houve com ele? Não o vejo há tanto tempo. - Ele olhou pro chão e passou a mão pelo cabelo.
- Ele se mudou, agora está morando na Zona Norte com meu avô, minha mãe estava cansada dele aprontando aqui na comunidade aí mandou ele de castigo por um tempo. - Ah então foi a mãe deles, pensei que o Gabriel tivesse feito alguma coisa de ruim a ele.
- Então não quer mesmo uma bebida.
- Não, eu estou bem sem uma.
- Olha nem me apresentei, sou Danilo Santos. - Ele estendeu a mão e eu a apertei.
- Alice Rodrigues. - Ele arregalou os olhos e sorriu ainda mais.
- Mas o que a filha de Roberto e Lívia Rodrigues faz aqui? - Meu Deus por que todos aqui conheciam meus pais?
Tudo bem que ele havia crescido aqui mas esse garoto acho que nem sonhava em nascer naquela época.
- Eu me pergunto de onde todos conhecem meu pai. - Ele se aproximou mais do meu ouvido para podermos ouvir um ao outro melhor.
- O seu pai ajuda bastante aqui na comunidade, então é por isso que todos conhecem ele. E é uma grande honra conversar com a filha dele. - Honra? Nossa agora fiquei mais convencida do que já sou.
- Muito obrigada.
- Gostaria de sair daqui para dar uma volta? - Estava tentada em aceitar, mas não podia, estava com medo de alguma coisa acontecer com ele ou até mesmo comigo.
- Bem que eu gos... - O Gabriel sentou no meio de nós dois fazendo o Danilo se afastar de mim.
- Qual foi Danilo. - Eles apertaram a mão.
- Fala Biel, estava conversando com a Alice nem sabia que a filha do Roberto estava aqui. - Gabriel sorriu e bateu no ombro dele.
- Está na minha casa, e não sabe o que mais. Estamos juntos né gatinha!? - Obviamente ele estava deixando bem claro que eu não estava disponível.
- Sério? Caramba... Então felicidades. - Ele se abaixou e me deu um beijo na bochecha e apertou a mão do Gabriel e saiu.
- Nós estávamos conversando. - Falei.
- Percebi. - ele me puxou pro seu colo e beijou o lóbulo da minha orelha. - Sabe você está tão gostosa. - Apertei sua nuca antes de beijar sua boca, ele estava com gosto de hortelã e vodka.
- Vou ficar bêbada só em te beijar. - ele riu e apertou minha cintura firme, sua mão foi até o meio das minhas pernas e eu as fechei. -Nem pense nisso Gabriel.
- Por quê? Ninguém ta olhando gatinha a mesa vai esconder o que estou prestes a fazer. - Olhei ao redor e realmente não tinha como ninguém ver, então dei um meio sorriso e apertei seu pau sobre o jeans da calça, ele suspirou e fechou os olhos por um momento.
- Essa ideia foi minha então... - Sua mão voltou para onde estava e ele afastou minha calcinha.
Seu dedo escorregou pra dentro de mim, mordi seu pescoço e fechei os olhos. Porra o medo de alguém vê o que ele estava fazendo comigo só me deixava mais excitada, sua boca não deixava meu pescoço. Seus dedos brincavam com meu clitóris me estimulando.
- Caralho Gabriel... - Sinto meu corpo tremer e um orgasmo gostoso tomar conta de mim, encosto minha testa na dele e meus dedos em seu ombro.
- Tão linda. - Ele levanta os dedos e leva até a boca os chupando. - Delícia. - Ele sorriu e eu também, e abracei ele...
Quando eu o vi, era ele o Eitor eu nunca esqueceria aqueles olhos negros meu sorriso morreu no mesmo instante e minha pele se arrepiou, eu já deveria saber que esse cara morava aqui. Ele sorriu mostrando dentes amarelos, aquele velho escroto.
- O que foi gatinha? - Minhas unhas estavam enterradas na carne do Gabriel, ele deu um último sorriso antes de desaparecer. - Alice?
- Quero.. Ir embora.- Falei, com minha voz falhando.
- Mas que porra aconteceu com você? - Gabriel segurou meu queixo me fazendo olhar pra ele.
- Só quero ir embora. - Ele assentiu e levantou, eu me agarrei em seu braço e fiquei olhando ao redor sem parar, não era possível ele saiu há pouco tempo e já está aqui?
Mas como? Meu Deus do céu. Era óbvio que um desgraçado como aquele só poderia morar em algum morro, por que meu pai me deixou aqui sabendo que ele o Eitor morava aqui?! Tudo bem que ele estava preso, mas caramba isso não era justo meu pai deveria ter me falado.
Assim que entramos em casa eu fui direto pro banheiro, o Gabriel ficou na sala com a Júlia e o Rafael que já haviam chego.
Peguei meu celular e disquei o número do meu pai, ele atendeu no segundo toque.
- Alice o que aconteceu? - Ele perguntou, ouvi preocupação em sua voz.
- Por que você me deixou aqui sabendo que ele morava nesse lugar pai? Por que não me disse que esse cara morava aqui? - Falei atropelando as palavras.
-Filha, calma. Ele estava preso, só soube que ele tinha sido solto faz uma semana mais ou menos.
- O quê? E você só me contou ontem, esse desgraçado já está solto há um tempo e eu só fui saber ontem? E ainda por cima está no mesmo lugar que eu. Você não sabe como eu me sinto pai, como isso agora está me perturbando novamente parece que voltei a ter doze anos de novo. Só pensando em onde ele estava, aí hoje eu descubro que ele está aqui, nesse lugar.- Olhei meu reflexo no espelho e meus olhos estavam vermelhos e eu estava um pouco pálida.
- Ele está aí? Você o viu Alice? Ele encostou em você? Vou falar com o Gabriel pra ele da um jeito nele.
- Eu não quero jeito, eu quero sair desse lugar e voltar pra minha casa. Esse é um grande castigo. - Gritei com ele, bom era castigo por um lado mas sonho do outro pois eu estava gostando bastante de estar com o Gabriel e a Júlia estava se mostrando uma grande amiga.
- Vou mandar uma passagem para você vir pra cá. - Viajar? Oh meu Deus até semana passada eu pularia de alegria, mas agora não é uma proposta atraente para mim. Eu estava com o Gabriel e ele por incrível que pareça me fazia bem, aqui eu me sentia amada.
- Não. - falei no impulso. - Só que eu quero ir, mas...
- Oi? Você acabou de falar que queria ir pra casa.
- Pra casa eu quero ir, mas não pra outro país. Vocês deviam voltar. - Ele suspirou.
- Nós não podemos Alice, você não entende isso, o trabalho é muito importante estamos fechando um grande negócio. - Agora entendi tudo.
- Então o trabalho é mais importante do que a única filha de vocês? Muito bem, passar bem. - Desliguei o celular e bati ele na bancada da pia, grandes idiotas. Preciso me acalmar e não deixar aquele babaca me assustar de novo, agora eu posso lutar contra ele não sou mais uma menina assustada e com medo. Ele não vai me encostar de novo nunca mais.
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Domando o vagabundo.
RomanceCOPYRIGHT TODOS OS DIREITOS RESERVADOS (SE POSTAR SEM AUTORIZAÇÃO EM OUTRA PLATAFORMA SERÁ DENUNCIADO(A) POR PLÁGIO) Alice Martins é mandada para o morro do Vidigal como castigo quando seus pais vão para outro país em uma viagem de negócios. A meni...