Jogo Baixo

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Quando acordei a Alice estava com as pernas no meio das minhas e a cabeça no meu pescoço, ah porra nem acredito que consegui o que queria.

Sai da cama bem devagar pra não acordar ela, peguei uma roupa e fui tomar banho.. Quando voltei pro meu quarto a Alice não estava mais lá, deitei na cama olhei pro teto e sorri precisava de uma segunda dose de Alice ela era uma delícia.

- Onde você dormiu patricinha? - Ouvi minha irmã perguntar, jura que ela estava fazendo essa pergunta pra Alice?

- Não interessa. - Alice respondeu e eu levantei da cama indo até a porta do meu quarto.

- Eu também estou interessado em saber onde você dormiu gatinha. - Ela revirou os olhos e deu um sorriso forçado.

- Dormi onde nunca mais vou dormir. - Ela deu um sorriso de satisfação quando olhou pro meu rosto, meu palpite era que eu estava com a maior cara de idiota.

- Nunca diga nunca gatinha.

- Digo de novo; nunca mais.

- Acho que estou sobrando, então fui. - A Júlia se mandou enquanto Alice e eu ficamos nos encarando.

- Você sabe que vai querer repetir gatinha. - Ela se aproximou de mim e ficou na ponta do pés.

- Você sabe que não gatinho. - Dei uma gargalhada essa garota é foda, meu Deus.

- Se você quiser tem um lugar na minha cama pra você de novo.

- Eu não vou mais ficar com você idiota. - Ela passou por mim esbarrando seu braço no meu.

- Eu queria te pedir uma coisa. - Ela sentou no sofá em cima das pernas e eu sentei ao seu lado.

-Manda.

- Gostaria de trazer a minha cachorrinha Mel pra cá.

- Não. - Nem pensei antes de responder, um cachorro dentro de casa não é uma boa idéia. Ela fez um biquinho lindo, quem diria que algum dia eu iria achar bonito esse biquinho.

- Por quê? Por favor Gabriel. - Sua voz saiu manhosa, mas percebi que era sem querer. Esse jeitinho mimado dela me deixa louco nunca pensei que iria gostar desse jeito que antes pra mim era uma irritação.

- Porque eu não gosto de cachorro. - Peguei uma mecha do seu cabelo e enrolei no meu dedo.

- Mas ela é pequena você nem vai perceber.

- Já disse que não. - Ela bateu na minha mão e puxou o cabelo pra longe.

- Odeio você.

- Ontem você não odiava né. - Pela primeira vez vi ela corar suas bochechas ficaram da cor de um tomate.

- Um grande e fodido erro. - Eu puxei ela pelo braço a fazendo sentar no meu colo e prendi seus braços nas costas e passei uma das minhas pernas por cima das suas, deixando ela imobilizada.

- Pode ter sido um erro pra você, mas tenho certeza que você adorou. - ela tentou se soltar. -Para de fazer isso ou daqui a pouco eu fico de pau duro.

- Você é tão nojento. E eu não gostei de nada ok. - Eu sorri e ela fez uma careta quando percebeu que não tinha como sair.

- Jura?

- Vai Gabriel me deixa sair caralho. - choramingou e eu ri deixando ela ainda mais puta. - Me deixa trazer a Melzinha por favor. - Ela fez uma carinha triste.

- Não gatinha.

- Por favor, por favor e por favor. Vai seja bonzinho.

- Uma coisa que eu não gosto é de ser bonzinho. - Ela trouxe os lábios até os meus e me beijou na mesma hora eu soltei seus braços e apertei sua cintura, ela meteu a mão pelo meu cabelo e apertou minha nuca.

Porra seus lábios são deliciosos, mordi seu lábio inferior e apertei sua bunda.

Ela parou o beijo e encostou sua testa na minha.

- Por favor? - Por um momento eu não entendi o porquê ela estava pedindo por favor, então me lembrei do cachorro.

- Isso é jogo baixo... Mas ta bom, você me convenceu. - ela abriu um sorriso e me abraçou. - Você me... odeia mesmo? - Ela me olhou e mordeu o lábio.

- É uma pena que não, só digo aquilo da boca pra fora. - Sinto um grande alívio, ela não me odiava.

- Por que uma pena?

- Porque seria melhor se eu continuasse te odiando. Mas deixa pra lá. - Olhei dentro dos seus olhos antes de beijar ela, meti minha língua em sua boca e apertei sua cintura ela passou as unhas pelo meu pescoço e eu soltei um gemido de satisfação, beijei seu queixo e depois fui descendo pelo pescoço.

Nós estávamos tão envolvidos até a Júlia abrir a porta e entrar feito uma bala a Alice voou pro outro lado do sofá e eu segurei o riso botando uma almofada em cima do meu colo eu não precisava deixar minha irmã ver que eu estava de pau duro isso não seria legal.

- Nossa o Rafael me estressa.

- Ótima hora pra você vir reclamar do Rafael, Júlia. - Falei irritado e sai da sala, minha irmã era uma verdadeira empata foda.

Era oficial a Alice era como uma droga que eu estava ficando viciado.

Domando o vagabundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora