Ciumento!

11.4K 1K 31
                                        

Gabriel Narrando

- Bora gatinha. - Gritei, mas que demora. Ela estava se arrumando fazia duas horas e olha que comecei a me arrumar um tempo depois dela, não sei porquê as mulheres gostam tanto de se fantasiar.

- O que você acha desse?

- Lindo.

- Gabriel você diz a mesma coisa de todos. - Ela reclama e eu bufo.

- Porque todos estavam bonitos agora vamos logo, gatinha. - Ela vai pro quarto novamente e quando finalmente volta está com uma roupa totalmente diferente das que me mostrou.

- Eu gosto dessas suas saias curtas na frente e longa atrás.

- Isso é um vestido mullet okay?! Saia são as outras que também se chamam mullet. - Assenti e peguei sua mão, o vestido era preto com um cinto marcando a cintura o salto que ela usava era de uns dez centímetros ou mais não sei como conseguia andar, puta merda.

- Sabe que você está totalmente diferente das meninas do baile né? - Falei quando entramos no carro.

- Felizmente não tenho uma roupa que seja do mesmo estilo daquelas garotas. - Dou uma risada e saio de casa dirigindo até a quadra, o baile já estava o fluxo quando chegamos cheio de pessoas e o funk tocava alto.

- Quero voltar. - Ela choramingou assim que saiu do carro, dei um beijo em seu pescoço e me afastei.

- Nem adianta fazer esse biquinho gatinha você não vai ficar em casa sozinha. - Ela faz cara feia e eu pego sua mão novamente e ela entrelaça nossos dedos, assim que entro tenho que parar com um monte de pessoas que querem trocar uma ideia.

- Caralho Alice amei esse vestido tudo de bom. - Minha irmã gritou assim que chegou ao nosso lado, ela e as amigas, a Diana olha pros meus dedos entrelaçados com os de Alice e faz uma cara muito feia.

-Vamos sair daqui que está horrível. - Grito sobre a música e vou até o camarote que está bem mais vazio a Alice faz a mesma coisa que fez na primeira vez que veio e se joga em uma cadeira.

- Porra finalmente. - O Pretinho grita e aponta pra Alice. - Ta entrando na linha? - Ele pergunta e eu pego um copo de caipirinha.

- Não quero que ela entre na linha. - Respondo em seu ouvido e ele sorri.

- Entendi, gosta de sofrer um pouquinho né? Desafios! Esses são os melhores, mas você não disse que o Roberto deu o papo pra não tocar na princesinha dele? - Passei a mão na minha nuca e dei um sorriso.

- Foda-se o que ele disse, quem manda sou eu.

- Falou e disse. - Termino a bebida e pego outra.

- Mas diz aí como ta os bagulho aqui?

- Tudo dois, ta de boa.

- Cadê o Rafael?

-Ele estava com sua irmã, agora não sei. - A Júlia já tinha as bolas do Rafael nas mãos e isso não era bom. Olhei pra onde a Alice estava e ela tinha sumido, dei uma geral na parte de baixo pra ver se conseguia identificar onde estava, mas era quase impossível. Desci correndo olhando pra todos os lugares, porra!

- Qual foi Paulo viu a Alice por ai?

-Ela foi lá em direção ao bar. - Sai andando abrindo espaço entre as pessoas, cheguei no bar e ela não estava lá, mas que merda. Fiquei parado um tempo pra ver se ela vinha aqui, até que vi ela conversando com a Júlia e o Rafael, fui até eles e abracei ela por trás.

- Você me deu um grande susto caralho, Alice.- Ela virou pra mim e sorriu.

- Foi mal. - Passei a mão pelo seu cabelo.

- Não saia assim, pelo amor de Deus.

- Você agora está mais assustado que eu.

- Num falei que ele estava fisgado. - Ouço o Rafael falar e o fuzilo com os olhos.

- Não seja otário, não sou você que deixou a Júlia ter suas bolas nas mãos. - A Júlia cai na risada e o sorriso dele morre.

- Haha engraçadinho você hein. - A Júlia puxa ele e some na multidão.

- Vamos voltar? Odeio ficar aqui embaixo. - Ela concorda e nós voltamos pro camarote.

- Vem Alicinha bora dançar. - Puxo ela.

- Eu não sei dançar essa coisa. - Ela fala no meu ouvido e eu dou uma risada.

- Então me mostra como você dança lá nas boates de grafinos. - Ela sorri e se afasta e começa a se balançar com as mãos acima da cabeça, seu quadril balança levemente. Ela está muito sexy e dando um grande show pros marmanjos na puberdade.

- Ta bom, vamos parar porque não estou a fim de quebrar a cara de alguém por olhar o que é meu.

- Você é do tipo ciumento? Eu gosto disso, mas controladamente. - Sorri e apertei sua bunda.

- Depende da ocasião gatinha. - Ciumento era pouco pra mim, ninguém olha pra namorada minha nunca.

Domando o vagabundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora