Te peguei

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Alice Narrando

Foda-se eu não devia ter batido nele onde eu estava com a cabeça? Meu Deus, agora eu nem sei para onde ir sempre que entro em um beco saio em outro essa merda de lugar parece mais um labirinto.

- Peguei você. - Fodeu, ele me agarrou pela cintura e me encostou na parede.

- Gatinha você me deu um belo chute, caralho ainda está doendo sabia? - Eu me debati tentando sair de seu aperto.

- Me solta, você está machucando meu braço. - Ele rangeu os dentes e sua mandíbula se contraiu.

- Vou te machucar muito mais pode ter certeza. - Respirei fundo e fiz a minha melhor cara de inocente.

- Olha eu não fiz por mal, é que fiquei nervosa a gente pode esquecer isso e sei lá ser amigos. - O desgraçado abriu um sorriso diabólico e chegou perto do meu ouvido, por que ele tem que fazer isso? Porra por que não fala longe de mim?

- Amigos? Acho que não, você gatinha vai aprender a nunca mais mexer com quem não deve. - Eu não sabia o que fazer, meu Deus ele ia me bater nesse lugar horrível então sem pensar duas vezes, eu agarrei ele e colei nossos lábios e o trouxe mais pra mim. Ele agarrou minha bunda e mordeu meu lábio suavemente, nossa ele beijava bem.

- Gabriel. - Me afastei e olhei pra dona da voz que tinha gritado o nome dele.

- Quem é essa putinha? - Nossa como esse povo gosta de chamar a pessoa alheia de puta.

- Eu vou arrancar seus cabelos garota. - Quando ela veio pra cima de mim eu me escondi atrás do Gabriel.

- Paula para com a putaria, eu não tenho porra nenhuma com você caralho, agora me deixa em paz. - Ele me puxou pelo braço e nós passamos pela garota.

- Eu sei muito bem qual foi o seu jogo, e aquilo que aconteceu não me fez esquecer o que você fez. - Idiota, como eu odeio esse garoto ele é a pior pessoa de todas.

- Você precisa me deixar ir ver meu namorado. - Nem namorado eu tinha, só queria mesmo sair daqui e nunca mais voltar nesse lugar de merda.

- Você não vai a lugar nenhum, nem hoje, nem amanhã, e nem até seu papaizinho vir te buscar ouviu? Esse é seu castigo você vai ficar colada em mim vinte e quatro horas. - Eu tentei me soltar mas ele continuava me arrastando pela rua e o pior é que esses favelados estavam todos olhando e cochichando.

- Todos estão olhando, você está me tratando feito um animal.

- Foda-se. - Assim que chegamos na casa dele, ele me jogou no sofá e foi pra cozinha.

- Nem pense que eu vou ficar colada em você feito piolho ok? Meu pai não falou nada sobre eu ser uma prisioneira. - Ele se aproximou e pairou sobre mim.

- Cala a porra da boca, sabe minha grande vontade é de corta essa sua língua com uma tesoura pra ver se você fica com a boca fechada. - Levantei meu rosto e fiquei a centímetros do dele.

- Você pode fazer o que quiser comigo, mas eu não vou ficar agarrada em você isso é a pior coisa do mundo, eu odeio você. - Ele riu e meteu a mão pelo meu cabelo.

- Jura? Porque é isso mesmo que vou fazer, se isso pra você é a pior coisa pode ter certeza que eu vou ficar no seu pé. - O celular dele começou a tocar o fazendo se afastar de mim.

- Alô? - ele ouviu por um momento e me olhou. - Seu pai. - Eu bati na mão dele fazendo seu celular cair.

- Eu não quero falar com esse cara. - Gabriel passou a mão pelo rosto, e me pegou pelo braço. Porra!

- Me solta.

- Você já passou dos limites caralho. - Ele apertou mais meu braço, o fazendo doer e me jogou dentro de seu quarto me trancando lá.

- Abre a porta, você não pode fazer isso comigo Gabriel. - Gritei e bati na porta.

- Eu preciso sair gatinha e não estou a fim de correr atrás de você de novo, então você vai ficar aí até eu voltar.

- Eu te odeio seu filho da puta, espero que você morra desgraçado. - Ele deu uma gargalhada.

- Pare de drama garota. - Peguei o abajur que ficava no criado-mudo e joguei contra a porta.

- Você me bateu, seu babaca.

- Bati nada, eu já fiz pior com outras pessoas e pare de quebrar minhas coisas. - Ouvi ele se afastar e a porta da frente bater.

Ele tinha me deixado trancada mesmo, que idiota, levantei e fui até a janela infelizmente era muito alto não tinha condições de pular essa coisa. Que ódio de vida, eu quero minha casa, meu quarto, minha cama a minha melzinha meu bebê deve estar com saudades de mim minha cachorrinha Mel nunca tinha ficado longe de mim, até quando eu fui pra França levei ela comigo a gente nunca tinha ficado tanto tempo longe. Ela era uma Yorkshire Terrier que meu avô me deu e eu amava ela mais do que muitas pessoas.
Gostaria da minha caminha quentinha ao invés daquele colchão horrível. Deitei no chão e olhei pro teto, quero minha vida de volta!

Domando o vagabundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora