Fofura

11.6K 889 69
                                        

Gabriel Narrando.

Quando acordei ainda era de madrugada, minha camisa estava úmida me apoiei no cotovelo e vi que era a Alice que estava suando seu cabelo estava grudado na testa e em seu pescoço, seu rosto estava corado. Botei a mão em sua testa e vi que estava pegando fogo.

- Alice, Alice. - Balancei ela suavemente, e liguei a luz do abajur. - Gatinha.

Ela abriu somente um olho e depois o fechou.

- Porra minha cabeça. - Sussurrou.

- Você precisa tomar um banho, está queimando em febre. - Ela gemeu e se cobriu, puxei o edredom dela e a peguei no colo indo pro banheiro.

- Gabriel, eu não quero. Estou com frio.

- É por isso mesmo, tem que refrescar o corpo e tomar um remédio. - Tirei sua roupa e liguei o chuveiro na água morna, lembro da minha vó falando que não é bom tomar banho de água fria quando está com febre e nem quente, tem que ser sempre morna.

- Molhe o cabelo também. - Deixei ela no banheiro e fui até a cozinha peguei um comprimido de dipirona e um copo d'água.

Ela já estava há um tempo no banho então resolvi que já estava bom, ajudei ela a sair do banho e peguei uma camisa minha e calcinha.

- Senta na cama vou secar seu cabelo.

- Não, vai doer mais minha cabeça.

- Vou secar devagar, o que não pode é ficar com o cabelo pingando igual está o seu. - Peguei a toalha e comecei a secar bem devagar para não doer a cabeça dela.

- Toma. - Ela tomou o remédio e fez uma careta e olha que era comprimido.

- Será que Deus ta me punindo por ficar feliz pelo que aconteceu com aquele cara? - Soltei uma risada e me ajoelhei na sua frente.

- Claro que não, se fosse isso eu estaria sofrendo muito mais que você. Agora... - Aproveitei que o clima estava um pouco tenso e resolvi relaxar sua tensão com o presente que eu ainda não havia dado a ela.

- Nossa finalmente, pensei que você tivesse esquecido de me dá. - Falou enquanto abria o saquinho de veludo.

Alice Narrando.

Abri o saquinho e tirei um bracelete da cor dourada, acho que era banhado a ouro. Continha três pingentes, um tinha a letra A outro G e no meio havia uma gatinha com pedrinhas rosas, e um lacinho delicado e bem pequeno na cabeça, era lindo.

- Gostou? - Por um instante esqueci a maldita dor de cabeça e o abracei forte.

- Gostei não, amei é lindo sempre vou me lembrar de você.

- Essa é a intenção gatinha. - Botei meus lábios no dele e depois distribui beijos por todo seu rosto.

- Sabe você me faz tão bem, nunca imaginei que nós iriamos ficar juntos já que você me odiava. - Ele deu um sorriso e apertou de leve minha perna.

- Nunca te odiei, só que você me tirava do sério. - Passei a mão pelo seu cabelo loiro e o abracei de novo, porra que sensação diferente, com ele eu me sinto segura e feliz.

- Te adoro, e quando eu puder vou comprar um presente muito lindo pra você.

- Já ganhei meu presente. - Olhei confusa pra ele e levantei uma sobrancelha.

- Já? O quê?

- Você. - PUTA QUE PARIU. Acho que estou amando, sim eu falei AMANDO, ele é a pessoa mais meiga, fofa, carinhosa e ao mesmo tempo o mais sombrio, bruto e ruim. Isso é uma mistura muito interessante e a cada dia eu amo mais e mais seu jeito bipolar de ser.

Domando o vagabundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora