Orgulho

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Alice Narrando

- Gabriel o que essa vaca está fazendo aqui? - Eu estava bebendo água na minha garrafinha, olhei pra menina de cabelo vermelho desbotado ela retribuiu o meu olhar e levantou uma sobrancelha.

-Ela vai ficar aqui em casa esse fim de semana. - A Júlia levanta do sofá e bota a mão na cintura.

- Você não pode trazer essa coisa pra ficar aqui Gabriel está maluco?

- Posso e vou a casa é minha e fica aqui quem eu quiser os incomodados que se mude. - Eu sorri e levantei.

- Estou incomodada então vou pra casa. - Ele me lançou um olhar de raiva e juntou as sobrancelhas.

- Você fica quietinha aí.

- Onde essa aí vai dormir? - Voltei a sentar no sofá assistindo a Júlia gritar com o irmão.

- No meu quarto. - Ele me olhou e eu desviei o olhar na mesma hora, se ele estava pensando que isso iria me incomodar estava enganado.

- Viu Júlia eu nem vou te incomodar. - a menina falou pela primeira vez desde que entrou aqui. - E você quem é? - Se dirigiu a mim.

- Alice a filha do Roberto.

- Jura o que faz aqui? Nunca te vi nesse lugar quando seu pai e sua mãe vinham aqui. - Falou com um ar de deboche.

- Estou sendo obrigada, pode ter certeza que esse era o último lugar que eu gostaria de estar. - Falei com desdém.

- Vem Giselle guardar essa mochila. - Eles foram pro quarto, eu e a Júlia ficamos sentadas no sofá ela estava com a maior cara feia que eu já vi.

- Por que você não gosta dela? - Perguntei.

- Porque a vaca ficou com o meu ex namorado mas foi enquanto eu estava com ele, ela é a maior puta desse morro. - Interessante, não me assusta a reação da Júlia quando viu ela entrar.

- Cunhadinha. - Giselle chamou a Júlia e eu quase ri da cara que ela fez.

- Cunhadinha por quê? A namorada do meu irmão não deve está gostando dessas confianças. - Ela deu ênfase a palavra namorada e olhou pra mim.

- Namorada? Pelo que eu sei o Biel está solteiro.

- É porque a Alice não gosta de falar pra todos que eles estão juntos. - Eu cuspi a água que estava tomando e comecei a tossir descontroladamente.

- Né Cunhadinha? - Oh meu Deus! O que essa garota está fazendo mais que merda.

- Júlia. - Rosnei pra ela que sorriu.

- Viu ela fica com vergonha, se liga Giselle meu irmão está apaixonado.

- Cala a boca pelo amor de Deus. - Que puta.

- Isso não é verdade. - Giselle falou e foi até o quarto do Gabriel.

- Por que você fez isso? Porra Júlia.

- Você tinha que vê sua cara, você ainda está vermelha menina. - Levantei do sofá jogando a almofada nela e fui pro quarto, estava a fim de ligar pro Carlos pra ele poder trazer a Mel até aqui.

- Vai Alice nem foi pra tanto né. - Sentei na cama e cruzei os braços.

- Por que você fez isso? Acho que não vai mudar em nada, se ele quiser vai foder com ela e até namorar você querendo ou não. - Ela botou as mãos no pescoço como se estivesse se estrangulando.

- Imagina meu irmão namorando com essa coisa e ela vindo morar aqui, assim eu não aguento.

- Uma nova cunhadinha Júlia. - Ela se jogou na cama ao meu lado.

- Não diga isso patricinha, eu prefiro você do que ela. - Nossa e eu aqui pensando que ela me odiava.

- Mas isso não vai acontecer. - Ela me abraçou pelo pescoço.

- Por favor finja ser a namorada do Gabriel. - Tirei seus braços de mim e levantei da cama.

- Nunca, aí eu digo que sou e ele transa com ela vou ficar com fama de chifruda ta doida?

- Você não é uma boa amiga. - Ela choramingou e eu levantei uma sobrancelha.

-Nós não somos amigas e você sabe disso.

- Mas somos colegas, só no começo que eu queria te estrangular mas agora passou, você é até bem legalzinha. - Grande elogio vindo de uma pessoa como ela né.

- Digo o mesmo colega. - Ela riu e eu sai do quarto, assim que fui pro corredor o Gabriel me puxou pro seu quarto e fechou a porta.

- Então quer dizer que eu sou seu namorado? - Ele passou o nariz pelo meu queixo e a mão pelo meu cabelo.

- Não, foi a Júlia... Hum. - porra ele chupou o lóbulo da minha orelha me fazendo arrepiar. - Para, Gabriel.

- Por quê? Já que você é minha namorada posso fazer isso e muito mais não acha gatinha? - Empurrei ele e limpei minha orelha.

- Não, a Júlia que inventou isso. - Ele se aproximou de novo agora me agarrando pela cintura.

- Eu não ligo de fingir ser seu namorado, mas só se eu tiver o direito de te beijar, tocar e fazer muito mais. - Ele beijou meu pescoço e eu mordi meu lábio pra não soltar um gemido.

- Eu... Não quero. - Afastei ele de novo, o que ele pensa que sou? Traz aquela pra cá bota ela pra dormir no mesmo quarto que ele e agora quer que eu ceda a seus encantos, sou muito melhor do que isso.

- Foi sua irmã quem inventou isso, eu estou pouco me fodendo se você está com ela ou não.

- Por que você é tão teimosa? Tenho certeza que você me quer gatinha só que seu orgulho e teimosia falam mais alto que o desejo. - Fiquei olhando pra ele pasma como ele sabia disso? Era exatamente como me sentia, e é claro que não vou dizer isso a ele.

- E como você sabe disso tudo? Eu não sinto nada por você. - Ele se aproximou e botou a mão por dentro da minha camisa até o meu sutiã, depois desceu a mão pela minha bunda me pressionando em seu pau duro.

- Está vendo, seu corpo responde a mim gatinha. - ele enfiou a mão por dentro do meu short sentindo a umidade que estava sobre a minha calcinha. - Você tenta esconder mas seu corpo diz o quanto você me quer. - Corpo traidor, agora mesmo que ele vai ficar todo se querendo. Com toda a pouca força de vontade que eu tinha empurrei ele pra longe.

- Viu, seu orgulho me empurrou pra longe de você. - Droga.

- Eu te odeio. - Falei abrindo a porta.

- Odeia nada. - Por que eu tinha falado que não odiava ele de verdade mesmo? Idiota.

- Odeio sim, muito. - Gritei e ouvi ele rindo atrás de mim. Bastardo!

Domando o vagabundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora