A aposta

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Gabriel Narrando

Assim que acordei despachei a Diana antes da Júlia acordar, ela ficaria puta se soubesse que eu tinha fodido sua melhor amiga. Levantei e fui ao banheiro assim que abro a porta a Alice está tomando banho.

- Porra, sai daqui. - Ela grita e agarra a cortina do box tentando esconder sua nudez mas mal sabe ela que a cortina é transparente e eu posso vê tudo, e o meu pau fica animado com a visão.

- Ta ligada que eu estou vendo tudo né? - Ela seguiu meu olhar e se afastou da cortina.

- Sai daqui Gabriel, caralho. - Suspirei e fechei a porta.

- Quero mijar. - Abri a tampa do vaso sanitário.

- Você não vai fazer isso né? - Ela botou a cabeça pra fora da cortina e me fuzilou com o olhar.

- Claro que vou eu estou apertado. - A menina só faltava soltar faísca dos olhos, ela pegou a toalha que estava pendura se enrolou e saiu me esbarrando. Porra essa patricinha mexia com o meu juízo.

Depois de tomar um banho sai do banheiro e fui até a cozinha comer alguma coisa antes de sair.

- Onde está a Alice? - Perguntei pra minha irmã que estava com os olhos pregados no celular.

- Ela já saiu, falou que ia se encontrar com alguém. Cara você acredita naquela menina ficando com um garoto aqui do morro é meio estranho né. - Ela falou e riu, eu bufei e sentei de frente pra ela na mesa, já era a terceira vez seguida que a Alice saía com aquele otário o negócio deve ser sério mesmo.

- O que foi Gabriel? Está incomodado, com ela saindo com alguém? - Botei um pedaço de pão na boca e bufei.

- Por mim ela faz o que quiser estou pouco me fodendo pra isso. - Como o último pedaço de pão e pego meu boné

- Olha vou a praia com as meninas tá? - Minha irmã gritou.

- Tranquilo. - Falei e sai, subi pro depósito de moto e quando cheguei fui direto pra lage, não estava a fim de falar com ninguém, lá de cima eu tinha uma ótima visão do morro e da praia, era foda a paisagem daqui.

Opa eu conhecia aqueles dois, peguei o binóculos dentro da minha bolsa e olhei pra lage de uma casa abandonada, o Daniel e a Alice estavam lá conversando ele beijando o pescoço dela. Vamos vê até onde esses dois vão, fiquei só observando até ele ir pra beijar ela que virou o rosto, abri um sorriso pela rejeição dela muito bem gatinha ele tentou de novo mas foi rejeitado uma segunda vez e fechou a cara falando alguma coisa pra ela.

- Qual foi Pretinho pede alguém pra ir ali na casa que está abandonada perto da tia Ísis e manda trazerem o Daniel aqui. - Falei pelo rádio e olhei pelo binóculos.

- Copiado chefe. - O desgraçado do Daniel estava forçando a barra com ela mas por um lado eu até que gostei, eu tinha falado que não queria ela com esse merda.

Depois dele muito tentar beijar ela ou acariciar, posso ver que ele grita alguma coisa perto do seu rosto e levanta pegando a camisa, nisso o Paulo e o Rafael já estão lá parando ele antes que pudesse descer. O Rafael fala alguma coisa e sai sendo seguido pelo Paulo e Daniel, a Alice fica lá olhando pro mar, na maioria das vezes ela sempre está alheia a tudo em um mundinho só dela e eu adoraria fazer parte desse mundo ao menos uma noite.

- Biel. - O Rafa grita e eu desço as escadas até a sala.

- Fala Daniel. - Ele fica pálido quando me vê, acho que não avisaram a ele que era eu que estava chamando.

- Sabe eu me lembro que antes mesmo de você chegar perto da Alice eu te alertei pra ficar bem longe dela. - sinalizo pra geral sair e me deixar sozinho com ele. - E ontem o Paulo me falou que você tinha saído com a Alice, verdade? - Pergunto olhando em seus olhos, ele fica tenso e nega.

- Não, porra Ga...Gabriel eu nem tenho mais visto ela. - Abro um sorriso e bato na mesa.

- Jura? Você nunca mais chegou perto dela? - Pergunto testando a sua estupidez.

- Não.

- Mentiroso do caralho, você estava hoje mesmo com ela quase agora tentando beijar ela a força, estou mentindo? - Ele não responde, só se afastou de mim e ficou mais próximo da saída.

- Eu falei pra você ficar longe dela Daniel, a Alice não é pro seu bico, eu estou te dando tanta colher de chá e você só está fodendo com tudo. Eu deveria ter te expulsado daqui desde a primeira vez que você ferrou tudo roubando os moradores e esculachando geral.

- Foi mal Gabriel, agora eu prometo que vou ficar longe da Alice por mais difícil que seja, sabe eu já estou me amarrando nela.

- Acho bom você ficar bem longe dela mesmo ou vai se ver comigo ouviu? Agora some daqui. - Agora sim a Alice iria ser minha ao menos uma noite ela, nem que eu tenha que amarrar ela na cama e foder seus miolos.

Até que amarrar ela na cama não é uma má idéia, porra venho sonhando em beijar a boca dela e sentir sua pele e seu gosto, uma só noite e eu ganho.

- Fala Gatinha. - sentei ao lado da Alice no sofá e ela me olhou de rabo de olho. - Baile amanhã? Só pra conhecer mesmo. - Perguntei e ela revirou os olhos.

- Não estou a fim de conhecer nada relacionado a esse lugar.

- Há claro você é muito fraca pro baile que damos aqui né, só aguenta aquelas boates lá de granfinos. - Ela me olhou e mordeu o lábio.

- Ta qual é o ponto? Porque eu sei que tem alguma coisa aí. - Ah menina esperta, sento em cima da mesa de centro e olho em seus olhos azuis.

- Então eu aposto que você não é forte suficiente pra aguentar cinco horas no baile. - Ela bufou e riu.

- Eu não aguentaria nem meia hora quanto mais cinco. - Ela parou e me olhou com uma sobrancelha arqueada.

- Se eu ganhar o que eu levo? - Ela pergunta com interesse e eu abro um sorriso.

- O que você quiser.

- Ok, se eu ganhar vou poder voltar pra casa e só aceito se for três horas no baile, nada de cinco. - Não é que a gatinha sabe negociar, sorri e estendi minha mão.

- Mas olha se eu ganhar você vai passar uma noite inteira comigo. - Ela vacilou e puxou sua mão da minha.

- Nem pense nisso. - Levantei as mãos e sai de cima da mesinha.

- Tranquilo, pensei que você quisesse voltar pra casa né. Três horas? Isso não é nada. - Consegui meu ponto quando ela passou a mão no rosto e fechou os olhos.

- Ok, eu vou ganhar mesmo. - Haha veremos gatinha essa você não ganha nem fodendo.

Domando o vagabundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora