Família

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Alice Narrando
2 meses depois..

Eu estava muito feliz pois meu baby Gabriel estava trabalhando na empresa do meu pai, ele resolveu da uma chance pro Gabriel. Gabriel conseguiu uma bolsa de estudos em uma universidade, eu estava eufórica por ele ter esquecido aquela história de morro.

Estava deitada em uma bóia na piscina de casa, quando a Júlia entra mais branca que um papel. Levanto os óculos e olho pra ela.

- Pelo amor de Deus menina o que houve? - Pergunto enquanto saio da piscina e me enrolo na minha toalha.

- Alice preciso da sua ajuda. - Porra, ela fez merda. Puxo ela pra dentro de casa e subimos pro meu quarto.

- Quer alguma coisa pra beber? - Pergunto e ela balança a cabeça negando.

- Okay Júlia cospe logo o que você tem a dizer. - Ela aperta os dedos e olha pro chão, isso não é nada bom.

- Eu to grávida... - Abro um sorriso e balanço a cabeça, ela está assim só por que tá grávida? Bom, eu também não sou ninguém pra julgar porque fiquei do mesmo jeito.

- E por que você está assim? Isso passa e tenho certeza que o Rafael vai ficar maravilhado com isso. - Ela balança a cabeça, e começa a chorar.

- Ele... É o problema. - Sento ao seu lado e passo a mão em seu cabelo.

- Por quê?

- Porque nós ficamos separados por uma semana Alice... Uma e foi nesse período que eu engravidei... A criança não é dele, ele não é o pai. Tenho certeza que nunca vai aceitar um filho de outro cara. - Agora a situação complicou, não era tão fácil quanto parecia. Nem eu sei o que falar, mas jogo alguma coisa pra fora, espero que pelo menos ela se acalme um pouco.

- Vocês estavam separados Júlia, não tem porque ele ficar com raiva... - dei uma pausa e meia receosa perguntei. -Quem é o pai?

- Um dos garotos lá do morro, Gu eu ficava com ele quando morava lá. Eu estava... Com raiva do Rafa, e olha aí o que aconteceu.. Ele vai acabar tudo comigo Alice, tudo. - Abracei ela e deixei com que chorasse em paz, pra aliviar um pouco. Eu na situação dela iria está do mesmo jeito, morrendo de medo do Gabriel não aceitar e ainda por cima terminar comigo.

- Você ainda fala com esse tal de Gu? - Perguntei.

- Não, ele ta namorando com outra. Eu não quero falar com ele sobre esse bebê Alice ele sempre me humilhou nunca que vai querer saber do meu filho, não sei o que fazer. - Levantei da cama e comecei a andar de um lado a outro.

- Pois não diga, ele não precisa saber de nada, você agora deve pensar no Rafael não nesse idiota. Conversa com ele Júlia, tenho certeza que o Rafa vai entender até porque ele te ama. - Pelo menos eu achava né que ele iria entender. Ela assentiu e limpou as lágrimas.

- Okay, vou fazer isso mesmo, conversar com ele e dizer o que aconteceu. - Assenti e abracei ela.

- Boa sorte anjo.

- Muito obrigada patricinha. - Ela saiu e foi embora, agora era orar pra tudo da certo, espero que ele entenda.
Tudo resolvido, já dei meu conselho do dia e quem diria euzinha dando conselhos...

Agora tenho que me arrumar pois meu gatinho havia me convidado pra jantar fora só nós dois então tinha que deixar o Miguel com a Martinha.

- Marta, já sabe né se algo acontecer anotei meu número e o do Gabriel na agenda perto do telefone. - Dei um beijo nela e outro no meu baby que estava no quarto brincando.

- Daqui a pouco o vovô e a vovó estão chegando okay? - Ele concordou e me deu um abraço e eu sai aliviada.

Quando cheguei ao restaurante japonês o Gabriel já estava lá me esperando. Lindo como sempre usando uma camisa social azul e calça preta.

- Que bom que chegou minha linda. - Dei um beijo em sua boca e sentei na sua frente.

- Estava com saudades, e estou super curiosa para saber o porquê desse jantar. - Ele sorriu e pegou na minha mão por cima da mesa.

- Depois que nos alimentarmos te conto. - O garçom trouxe uma barca, com vários tipos de peixes. Assim que dei a primeira mordida revirei os olhos eu era apaixonada por comida japonesa e já tinha um tempo desde a última vez que comi.

- Então fala Gabriel. -
Lembrei assim que estávamos no meio da refeição, ele limpou a boca e sorriu.

- Então... Eu aluguei um apê na Tijuca, por um ótimo preço. - Sorri de felicidade e sentei ao seu lado pra poder abraçá-lo.

- Nossa meu bebê, fico tão feliz por isso. - Ele me olhou nos olhos por um momento e traçou o contorno do meu rosto com a ponta do dedo.

- Eu quero que você e o Miguel venham morar comigo gatinha.- Fiquei um tempo olhando pra ele sem saber o que responder, será que eu aceitava? Eu amo tanto ele mas acho que ainda não está na hora. Ele estava me dando um olhar esperançoso a espera da minha resposta.

- Quero montar a nossa família Alice e pra isso só basta você aceitar meu pedido, por favor gatinha. - Abri o maior sorriso que consegui e abracei ele bem forte.

- É claro que eu aceito meu gatinho. - Ele sorriu e me beijou.

- Nossa eu nem acredito que agora eu vou ter uma família.

- Antes mesmo disso você já tinha meu lindo. Eu amo você.

- Também te amo. - E assim estava firmado. Me afastei um pouco e encostei minha testa na dele.

- E se não der certo? - Perguntei receosa, ele deposita um beijo no meu nariz antes de responder.

- A gente tenta de novo.

Domando o vagabundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora