Fica comigo

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Gabriel narrando.

Quando chegamos na casa da Alice ela saiu da garupa da minha moto e tentou tirar o capacete mas o negócio estava preso.

- Ai caramba tira isso de mim pelo amor de Deus. - Ela falou tentando arrancar a correia que prendia.

- Fica calma caralho. - Me aproximei dela e só apertei o botão de destravar que abriu, ela me olhou surpresa.

- Eu só estava fazendo um showzinho.

- Ah claro acre... - Nem deu tempo de terminar a frase quando um garotinho saiu correndo porta a fora com a chupeta na boca e chorando.

- Ah meu anjo, mamãe ta aqui. - Eu olhei sobre o ombro dela e franzi o cenho, esse era o Miguel eu nunca esqueceria ele, mesmo com aquela máscara do flash esses olhos azuis são inesquecíveis como os da mãe. Ele viu que eu estava olhando e me deu um olhar feio, depois abriu um sorriso e saiu dos braços da Alice.

- Gabliel. - Ele sorriu e me deu um abraço.

- E aí carinha tudo bem? - Ele balançou a cabeça, o cabelo dele é... Loiro o mauricinho lá não tem cabelo loiro e a Alice menos, olhei pra Alice e seus olhos estavam pregados em nós dois e seu rosto muito pálido.

- Tô bem.

- Vamos Miguel? Da tchau pro Gabriel. - Apertei a mão dele e sorri, ele voltou correndo pra dentro e antes da Alice entrar eu peguei seu braço.

- Amanhã, eu vou voltar aqui e acho melhor você não tentar me enganar Alice. - Ela mordeu o lábio e desviou os olhos.

- Você não tem nada o que fazer aqui. - Ela falou com sua voz trêmula e tentou sair do meu aperto, eu puxei ela e botei meus lábios bem perto do seu ouvido.

- E o Miguel ser a minha cara não é nada? Eu nem sei como pude ser tão idiota de não ter percebido isso naquele dia lá no shop. - Ela me olhou confusa e se afastou.

- No shop...? Ah claro você é o Gabriel o mesmo que ele estava conversando no banheiro. - Ela bufou e revirou os olhos.

- Eu estou falando sério caralho, amanhã Alice, nem tente me enganar porra. - Botei o capacete e sai voado deixando ela plantada no jardim da sua casa.

Filho do Felipe? Jura que ela ainda teve a capacidade de não desmentir na hora que perguntei lá na boate, não tem uma outra lógica ou o Miguel é meu filho ou a Alice ficou com um cara que seja loiro e essas merdas.

Cheguei em casa puto e fui direto pra cama estava doido pra chegar no dia seguinte e ir tirar essa porra de dúvida.

***

No dia seguinte não acordei tão cedo como eu queria.

- Onde você vai? - A Júlia perguntou, penteei meu cabelo e olhei pra ela.

- Sair, quando eu chegar te falo, agora tchau irmãzinha. - Peguei a chave da minha moto e meu capacete e sai. Em poucos minutos estava em frente ao condomínio onde a Alice morava esperando o segurança liberar minha entrada, ele tinha interfonado pra casa dela.

- Pode entrar. - O cara falou e eu entrei, a Alice já estava me esperando.

Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo e ela estava usando um short rosa estupidamente curto, estacionei a moto e sai segui ela até dentro de casa e ela fechou a porta.

- O que você quer? - Ela perguntou se virando e cruzando os braço, por que ela estava com essas roupas? Mas que porra.

- Você sabe o que eu quero. - Ela levantou uma sobrancelha e meus olhos foram direto pro seu decote e um meio sorriso se formou nos meus lábios. E depois fechei a cara.

Domando o vagabundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora