Gabriel Narrando
Tinha se passado três dias que a Alice havia ido embora, gostaria que ela ainda estivesse aqui. Tinha me acostumado a dormir com ela, ouvir suas reclamações e essas paradas.
- Fala Biel, baile hoje? - Olhei pro Otávio e neguei com a cabeça.
- Não, o Diguinho ta de armação não posso da bobeira.
- Porra já estava como preparado pra pegar umas novinhas.- Esse cara era um bobão namoral.
- Deixa pra pegar as novinhas semana que vem. - Ele riu e levantou fazendo uma dancinha ridícula.
- Para com essa merda cara.
- Olha lá aí te fiz ri, desde quando a novinha lá foi embora você está com essa cara de bunda. - Bufei e girei minha pistola, que parou apontada pra ele.
- Aponta essa merda pra lá. - Eu ri, e levantei estava cansado e cheio de sono tinha madrugado por causa de uma entrega de armas aqui do morro. Essas coisas assim era só comigo, não confiava a ninguém esse tipo de coisa, mas mesmo assim eu queria da um rolê.
- Vou da uma volta. - Levantei e botei minha pistola no cós da minha bermuda.
- Onde?
- Na pista, to a fim de sair um pouco do morro. - Sai botei meu boné e um casaco com capuz.
- Bora, tenho que trancar essa porra. - Falei e ele saiu, subi na minha moto e desci pra pista, assim que cheguei na praia tirei o casaco, boné peguei a arma e botei no suporte a baixo do banco da moto. Sai correndo pro mar e dei um mergulho, respirei fundo, caralho tinha um tempo já que não dava um mergulho no mar. Já estava até mais relaxado, sentei na beira do mar e fiquei olhando pra lua cheia.
- Oi? Gabriel né? - Olhei pra menina de cabelo ruivo a mesma que estava com a Alice.
- Sim. - Levantei e ela me deu um beijo na bochecha.
- Posso ficar aqui com você? Acho que a Alice me deu um bolo marquei com ela aqui oito horas, mas já são nove, ela sempre faz essa merda comigo. - dei de ombros e ela sentou ao meu lado, e esticou as pernas. -Tem namorada? A Alice não falou muito sobre você e tal.- Óbvio que ela não falaria depois do que fiz a chamando de vaca e puta, onde que eu estava com cabeça? Nunca penso antes de falar e sempre acabo ferrando com as pessoas, mas ela também não segurou a língua a menina era como eu, falava as merdas sem ao menos pensar.
- Nós dois não nos dávamos bem, então acho que não tem muita coisa a falar. - Ela abriu o maior sorriso e botou a mão no meu braço.
- Então vocês dois não tinham nada mesmo?
- Ela falou isso? - Ela deu de ombros e contornou a borda da minha tatuagem no pescoço uma cruz, com as pontas dos dedos.
- Ela falou, e na sua frente e ontem nós estávamos conversando e ela afirmou que não tinha nada com o gatão loiro. - sorri pelo gatão loiro. Essa menina era uma dedo duro ela contava a porra toda. - Ah e sabe que eu quase não acreditei quando ela falou que você mora no vidigal, você tem cara de filhinho de papai. - Dei um gargalhada.
- Sou tudo menos isso, amor. - Ela me deu um sorriso e ficou me olhando, essas meninas eram tão fáceis que davam tédio.
- Se eu fosse a Lice te pegaria de jeito, e nunca iria reclamar de ter passado um tempo na sua casa nem falar que foi a pior coisa que aconteceu ela é doida de falar o que falou ontem, você é um tesão. Com todo respeito né. - Pior coisa que aconteceu? O que a Alice estava pensando? Porra, ficou comigo e agora se arrepende. Que filha da puta.
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Domando o vagabundo.
Roman d'amourCOPYRIGHT TODOS OS DIREITOS RESERVADOS (SE POSTAR SEM AUTORIZAÇÃO EM OUTRA PLATAFORMA SERÁ DENUNCIADO(A) POR PLÁGIO) Alice Martins é mandada para o morro do Vidigal como castigo quando seus pais vão para outro país em uma viagem de negócios. A meni...