"Capítulo-16"

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Diego desceu do carro e deu a volta nele, vindo em minha direção e abrindo a porta do carro pra mim sair.

Sua expressão não é nada boa. Ele parece bem irritado. Saí do carro e me posicionei na frente dele, cruzei os braços e ele revirou os olhos.

Diego- Você não gostou deles né? Olha Allyna, meus amigos são legais, mesmo que a gente goste de aventuras sabemos os limites...

Ally- Não é isso.

O interrompo.

Ally- Eu só me senti excluída no meio de vocês. Vocês pareciam tão felizes juntos, me sentia um intrusa não bem vinda.

Diego- Intrusa?

Ally- É. Você sabe o quanto é ruim ficar sem ninguém pra conversar? Não ter ninguém que goste de você e fique com você o tempo inteiro? É horrível. Tem o Luke e a Sayure, mais eu só vejo eles na escola devido estudarmos muito, tem meu irmão Jake e a namorada dele a Carol, mais eles fazem faculdade e mal tem tempo um pro outro. E eu? Minha irmã me odeia. Minha mãe me ignora! Meu pai...ah...meu pai é meu pai sempre ocupado.

Diego- Você é tão infantil.

Ele disse rindo. Como é que é? Infantil? Ah...

Ally- Infantil? Eu sou a infantil? Você já parou pra pensar nas burradas que você faz? Você acha que pinxar o muro de uma delegacia é maturidade? Você acha que desobedecer os pais é maturidade? Você chega a ser ridículo Diego. Você não pensa em ninguém só em si mesmo. Quer saber: Fica com seus amigos, fica com sua "maturidade" toda, mais a certinha aqui já vai. Eu cansei de ser a base de tudo. Nunca ninguém liga pra minha opinião, nunca ninguém liga pra mim! Vocês agem como se eu não existisse. Isso mágoa! E fala pro seu pai que eu não vou mais te ensinar nada. Quer essa sua vidinha de playboy? Então segue ela como você quiser. Você não me conhece direito, então não tire conclusões sobre minha pessoa.

Sim. Não gosto quando mexem com meus sentimentos ou com minha personalidade.

Saio da frente dele e começo a caminhar, mais que droga! Eu não sei onde eu tô, como eu vou voltar pra casa? Pra que direção eu vou? Ai meu Deus, me guie!

Não posso voltar pro carro do Diego, ele vai me achar muito frágil, uma garota que não sabe se defender! Porque eu sou tão insegura? Tão medrosa? Tão nervosa? Porque...

Essas ruas são totalmente desertas, nem um ser se quer passar por aqui. Ainda pouco tinha uma pequena esperança de que Diego viria atrás de mim. Que besta! Ele não veio, meio óbvio!

Meus pés estão me matando, eu não sei onde eu tô. O meu medo só aumenta a cada passo que eu dou. Me aproximei de uma praça com as árvores e as poucas plantas secas. Me sentei em um banco vago e fiquei observando a rua deserta. Onde eu tô que ninguém passa por aqui? A tinta rosa tá grudando na minha pele, o que tá me deixando irritada.

Ouço um som. Não um som comum. E sim, um som de água caindo. Me levantei e segui o som das águas, que por sinal vinha de trás da praça, passei por todas aquelas árvores secas que eram muitas, e me deparei com o maior paraíso.

Ally- Uau.

Falei pra mim mesma ao ver aquela beleza natural.

A cachoeira caia sobre o rio apressadamente, batendo nas grandes pedras perto do rio. A grama verdinha realçava ainda mas a natureza, as flores, girassol, rosas, margaridas, e outras completamente lindas.

Andei um pouco mais, até chegar perto da cachoeira. Me ajoelhei ali perto para tocar na água. É um lugar tão calmo, parece que não tem ninguém aqui. Vou tomar banho pra tirar essa tinta.

"Apaixonada por um Rebelde"Onde histórias criam vida. Descubra agora