Capítulo 12

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Hermione se sentava no Salão Principal ainda não acreditando no que acontecera. Tom Riddle, Voldemort, Lord das Trevas beijou ela e ela gostou. Na verdade, ela amou estar nos braços dele com ele a beijando como se o mundo fosse acabar naquele instante.
Depois do beijo incrivelmente longo, que só foi quebrado por causa da irritante necessidade de respirar, eles passaram minutos olhando um para o outro, quando o sinal para o almoço tocou e os dois foram em silêncio para o Salão.
Por causa da nevasca que caía, que Tom e Mione nem perceberam, o passeio a Hogsmeade terminou mais cedo então por volta do meio do almoço todos chegaram cobertos de neve.
-Ah o passeio estava tão bom! - lamentou-se Druella, sentando ao lado de Hermione - Pena que tinha que acabar! Maldita nevasca!
-Não fique assim, Dru, terão outros passeios. E eu irei com vocês! - assegurou Hermione.-Mas o que vocês dois fizeram? - perguntou Evan.
Hermione olhou para Tom, que estava sentado na sua frente, e responderam ao mesmo tempo:
-Nada - disse Tom.
- Deveres - disse Mione.
Todos olharam para eles confusos, menos Abraxas que tinha a cara maliciosa. Hermione estava corada, certa de que todos já iriam deduzir o que ela e Tom andaram fazendo, mesmo que fosse sóum beijo.
-Digo, eu fiz deveres. Runas Antigas. Mas como Tom já tinha feito o seu ele só me acompanhou até a biblioteca - tentou se explicar.
Abraxas, e agora Walburga, olhavam para eles com caras desconfiadas, mas o resto do grupo pareceu acreditar, e agora todos estavam concentrados no seu almoço. Tom piscou para Mione, que sorriu para ele. Cali e Ced chegaram perto dela, correndo e gritando, como sempre.
-VOCÊ NÃO VAI ACREDITAR! -gritou uma das gêmeas.
-Vão abrir uma nova loja em Hogsmeade! De logros e brincadeiras!
- Zonko's - murmurou Hermione.
As gêmeas pararam de gritar e olharam para ela, assim como Tom.
-Como? - perguntaram as irmãs.
-Zonko's - disse Hermione, agora mais alto - No meu tempo tinha uma loja de logros e brincadeiras, Zonko's...
Agora grande parte da mesa da Sonserina olhava para ela. Não era todo dia que ela começava a falar sobre o futuro, e ninguém queria perder.
-Ah que incrível! O nome da loja é Zonko's! - disse uma das gêmeas.
-Não sabia que você ia em lojas de logros, senhorita Lestrange.
Hermione olhou para a direção da voz e viu Timothy Avery, do sexto ano, com um sorrisinho sarcástico.
-Ora senhor Avery, a Zonko's era uma loja chamativa. Era uma loja de logros e brincadeiras, é visível de metros e metros, como todo mundo sabe.
Muitos da mesa da Sonserina deram risinhos e Timothy Avery fechou a cara para ela. Avery iria retrucar, mas Tom o olhou com uma cara fechada e um olhar tão gélido que poderia congelar o coração mais quente naquela mesa.
Avery pai já é Comensal...
-Mas eu já fui lá algumas vezes, entenda, meus... amigos gostavam de pregar peças. E alguns logros podem ser bem úteis. - Hermione terminou.
-Não vejo como logros podem ser úteis. - falou Tom.
-Oh, querido Tom! -Hermione riu, se esquecendo de onde estava - Se você saber usá-los, logros podem ser muito úteis! Uns amigos meus, Weasley - ela ignorou a cara de desgosto dos amigos, mas Ced pareceu prestar mais atenção - , estavam, no meu quinto ano, querendo abrir uma loja de logros. Eles fizeram umas Orelhas Extensíveis, vocês não fazem ideia de quantas conversas proibidas eu já ouvi com elas...
Ela começou a se lembras da época do seu quinto ano, ano em que tanta coisa acontecera. Druella percebeu que se ela continuasse a ficar calada, logo iria chorar.
-Então logros só servem para ouvir escondido e entreter idiotas? - perguntou Evan se divertindo.
-Oh, por Merlin, não! - Hermione falou, parecendo sair de um transe - Servem para muitas coisas! Mas como já pontuou nosso nobre amigo Avery aqui, eu não sou do tipo que brinca com logros. Mas que eles foram bem úteis para me ajudar a fugir desta mesma escola no meu quinto ano, eles foram! Ou, também, quando Harry e Ron jogaram fogos Filibusteiro no caldeirão de Goyle no segundo ano? - ela agora já ria com lágrimas nos olhos.
De saudades e alegria.
Toda a mesa da Sonserina já prestava atenção no que ela dizia agora, alguns rindo com ela e outros se perguntando que tipo de Sonserinos tinham no futuro que mais se pareciam Grifinórios.
-Ok... Mas porque raios você e seus amigos jogaram fogos Filibusteiro no caldeirão de poções de Goyle? - perguntou Orion, parecendo extremamente confuso.
-Porque queríamos pegar alguns ingredientes que não tínhamos no estoque pessoal do nosso professor. Harry e Ron distraíram todos na sala e eu peguei os ingredientes! E escolhemos Goyle porque estávamos fazendo uma Solução Para Fazer Inchar e ele era burro como uma porta...
Todos da Sonserina e alguns de outras casas riram. Menos um garoto do quinto ano. Edward Goyle.
O almoço já tinha se acabado há muito tempo, mas os Sonserinos estavam tão entretidos que nem se levantaram da mesa. Até alguns professores prestavam atenção na história.
-Que poção? - perguntou Tom interessado.
-A Polissuco! Precisávamos dela para entrar no Salão Comunal d...
Aí ela se lembrou que ela estava na mesa da Sonserina, e que ela era uma Sonserina. Todos queriam saber mais. Mas ela não podia falar mais que aquilo.
-Você fez uma poção Polissuco no seu segundo ano? Jogou fogos não sei das quantas no caldeirão de um aluno? - exclamou Dorea - Você tem ideia de quantas regras você quebrou?
- Várias. -Hermione respondeu envergonhada era incrível como ela ainda consegue ser uma certinha sabe tudo!
- Entrar no Salão Comunal de outra casa e...
- Se ajuda, eu não pude entrar. Problemas técnicos. - Mione interrompeu e a mesa da Sonserina deu risinhos. - Peguei um pelo de gato pensando que era da garota que eu iria me transformar. Fiquei um bom tempo na Ala Hospitalar...
Todos que ouviram riram dela, inclusive alguns professores e alunos de outras casas, mas não tinha nenhum Grifinório, então ela não se preocupou. Até ela riu dela.
-ISSO NÃO MUDA NADA! - Dorea gritou.Hermione achou incrível que aquela garota super certinha fosse mãe de um dos maiores Marotos da história de Hogwarts. Isso só poderia ser carma.
- Ahh, deixa disso, Dô! - Walburga foi em seu auxílio - Isso é passado... futuro. Quer dizer, passado dela ou nosso futuro...
- Mais deixa, Dô. - disse Cali - Isso já passou... ou ainda vai passar... Já passou pra ela, mas não pra nós...
Todos pareceram confusos com essa explicação de Wal e Cali, nem Hermione entendeu o que eles falavam.
Ela queria sair do Salão logo, se as perguntas continuassem logo iriam perguntar coisas demais. E Tom não queria que ela falasse para mais ninguém sobre o futuro. Principalmente da guerra e de Voldemort. E ela não iria desobedecê-lo.
- Eu tenho que ir, gente. - ela disse se levantando - Deveres de Runas para terminar e...
- Mas você não fez? - perguntou Cygnus.
-Fiz? Não, eu não fiz.
- Mas você disse que tinha feito. Com Tom. Essa manhã. - disse Abraxas, com uma cara extremamente maliciosa.
-Ah, é! - Hermione se xingava mentalmente pela mancada - Claro que sim. Mas são muitos...
Ela saiu apressada do Salão Principal, deixando seus amigos confusos para trás. Ela precisava mesmo fazer seus deveres de Runas Antigas, mas ela também queria ficar sozinha. Ela já amava seus parentes do passado, eles eram bons com ela e tudo mais, mas eles eram do passado e ela queria seus amigos (se é que ainda eram amigos) do futuro. Harry, Ron, Gina e os demais traíram ela e tudo mais, mas eles eram do tempo dela.
Ela não sabia explicar qual o motivo dela querer ficar sozinha, mas assim que chegou no dormitório dela, que estava vazio, ela fez todos seus deveres e leu alguns livros.Estranhou ninguém ter chegado. Nem Eileen, que sempre passava os dias vazios no dormitório apareceu. Nenhum menino mandou chamar ela. Nem Tom.
Tom agia como se o (maravilhoso) beijo deles não tivesse acontecido. Ela sabia que sentia algo por ele, mas não sabia se era bom ou ruim. Queria ficar sozinha para pensar sobre isso, mas ela não admitiria isso fácil.
Já era quase hora do jantar quando uma pessoa apareceu no dormitório feminino do sétimo ano da Sonserina.
-Oi, Eileen.
-Ah, oi, Hermione.
Hermione percebeu que a garota tinha uma carta nas mãos e lágrimas nos olhos. Ela não era muito próxima de Eileen, mas sabia que alguma coisa tinha acontecido de errado.
-Você está bem?
-Não -ela disse se sentando do lado de Mione. - Meus pais acabaram de me mandar uma carta.
-E aconteceu algo de errado?
-Oh, por Merlin, sim! - ela começou a chorar. - Eles vão me casar com um búlgaro velho!
De todas as coisas que ela sabia sobre Snape, que era consideravelmente mais que uma aluna deveria saber do seu professor, ela tinha certeza que o pai dele não era um búlgaro velho. Era um trouxa.
- E você não conhece ele? -ela perguntou tentando ser gentil.
-Não. Eu nunca nem o vi! E nessas férias eu encontrei um garoto tão legal...
- Tobias Snape?
Ela parou de chorar e olhou para Hermione assustada.
-Como você sabe?
-Eu meio que sou aluna do seu filho. Severo Snape.
-Mas por que você não contou para ninguém? Digo, ele é um trouxa.
Ela entendia o medo de Eileen. Ela era de uma família puro sangue que era extremamente preconceituosa e Tobias Snape era um trouxa sem um pingo de magia no sangue.
-Eu não tenho nada contra. A vida é sua - ela falou amigavelmente.
-Obrigada -Eileen deu um sorriso triste. - Mas eu ainda sou noiva de um búlgaro velho que eu nunca vi na vida.
-Foge -Hermione sugeriu calmamente.
- Mas eu vou ser deserdada e ficar com má fama...
Hermione sabia que ela iria fugir de qualquer jeito, Eileen era uma pessoa forte e independente. Jogava no time de Quadribol e era ótima em duelos. De um jeito ou de outro, ela iria fazer o que queria, e a Lestrange queria ajudar ela.
- Foge no último dia de aula. Estamos no sétimo ano! Você já é de maior idade. E você é a única herdeira dos Prince, uma hora ou outra você vai ter seu dinheiro...
- Você... Você está certa. Eu acho - Ela parecia bem melhor.
O sino para o jantar tocou e as duas se arrumaram o melhor que puderam. Quando já estavam descendo as escadas para a Sala Comunal, Hermione chamou Eileen.
-Sim?
- Só uma coisa, quando você se encontrar com esse Tobias, diga logo quem você é. Fale para ele do mundo bruxo. Vai ser melhor.
Eileen sorriu e desceu. Hermione sabia que ela não contou para o futuro marido sobre os bruxos. E ela foi infeliz quando ele descobriu. Hermione ia mudar isso e fazer Eileen Prince feliz, e assim quem sabe mudar Snape.
Seus amigos estavam no Salão Comunal. Ninguém falou nada sobre ela ter ficado fora o dia todo. Ela se sentiu feliz por isso. Todos seus amigos pareciam entender ela e a deixaram em paz.
Quando estava entre Druella e Walburga e de frente para Evan, na mesa da Sonserina ela pensou que talvez ficar presa no passado não fosse tão ruim assim se ela estivassem com eles.
E dessa vez ela nem pensou em Tom Riddle, ou em seu beijo, ou que ele não tirou os olhos dela durante o jantar e que ele sorria quando ela sorria.
Em seu interior, Hermione sabia que o que estava sentindo por Tom Riddle era algo incrível e forte. Mas ela não sabia se ele se sentia da mesma forma. Ela não queria se machucar como se machucou com Rony. Não de novo. Não com ele.

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