Capítulo 26

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–Chá?

–Não, obrigada. - ela respondeu ajeitando-se na cadeira.

Estava na sala de Dumbledore, com o próprio sentado em sua cadeira. Ele a encontrara no beco onde reaparecera e aparatou com ela diretamente para sua sala em Hogwarts e não disse uma palavra até aquele momento.

– Deve estar cansada, mas creio que é melhor conversamos agora. - ele começou bebericando seu chá.

– Entendo, diretor.

–De que se lembra? - ele perguntou sério.

– De tudo. Tenho algumas lacunas em algumas lembranças, mas é só pensar um pouco que tudo reaparece.

Ela iria tentar ser o mais honesta possível, assim quem sabe ele não iria desconfiar de nada.

–Então de lembra do tempo que passou no passado, a sua vida antes da viagem e a sua nova vida?

– Sim, diretor. Lembro-me de tudo.

–Já sabia quem Tom Riddle, seu namorado, se tornou quando foi para o passado?

– Não... Eu fui descobrir só quando voltei e... e... - ela começou a fungar e encher seus olhos de lágrimas - Vi tudo o que ele fez. Ah, diretor! Eu me sinto tão suja!

Ela começou a chorar compulsivamente e o diretor estendeu a ela um lenço sabe-se lá de onde. Ela deu sorriso agradecendo mas logo começou a chorar. Quando se acalmou, Dumbledore olhava-a com pena mas também havia um pouco de desconfiança.

–Se você sabe de tudo certamente sabe dos seus pais.

Aquilo não foi uma pergunta, definitivamente.

–Meus pais são o senhor e a senhora Granger, diretor. - ela disse com amargura - Bellatrix e Rodolphus Lestrange só me puseram no mundo.

– Não foi o que pareceu no passado. - ele disse com um olhar vitorioso.

Oh! Ele pensa que me pegou?

–Eles, eu querendo ou não, ainda são meus pais verdadeiros. - ela disse - Eu fui tola. Voltei no passado para impedir que eles se tornassem monstros sem alma. Decidi isso depois que Bellatrix foi capturada pela segunda vez, foi condenada ao beijo do dementador... - ela divagou um pouco, como se estivesse se lembrando de tempos passados - E eu me vi, acho que triste é a palavra certa, ela era a mulher que me carregou no ventre por nove meses, que sofreu as dores do parto. - olhou para Dumbledore com os olhos marejados - Pensei que voltando no tempo, para o ano certo, poderia impledi-los de se tornarem Comensais da Morte.

– Mas, no entanto, foi parar nos anos 40, onde parecia se orgulhar de ser uma sangue puro e namorava Lord Voldemort.

Ela olhou para ele parecendo angustiada.

– Não o chame assim, diretor, eu não namorei Lord Voldemort. Eu namorei Tom Riddle. - ela sussurrou- Acreditava que ele me amava... Nunca descobri quem ele era... COMO EU FUI BURRA!

E ela recomeçou a chorar. Talvez essa era a atitude esperada por uma adolescente que teve seu coração esmigalhado em milhões de pedaços por um cara que fingia ser quem não era.

Dumbledore esperou pacientemente ela acabar com mais essa crise de choro, a desconfiança cada vez menor no seu olhar.

– Diretor, me desculpe, devo parecer uma menininha tola chorando assim. É que dói pensar que nada que eu vivi ao lado dele era real. Sabe quantas vezes eu disse-lhe que o amo?

– Eu sei muito bem a dor de um coração quebrado, senhorita. - ele disse amavelmente - Pode botar tudo para fora, quem sabe assim não melhora?

Hermione respirou fundo cinco vezes e recomeçou a história.

A Verdade Sobre HermioneOnde histórias criam vida. Descubra agora