Capítulo 44

5.1K 264 85
                                    


A euforia de terem conseguido uma Horcrux se dissipou lentamente com o passar das semanas e um problema mais urgente do que conseguir os valiosos objetos que guardavam partes da alma de Lord Voldemort se fez cada vez mais presente. Afinal, do que adianta ter a Horcrux se não tem como destruí-las? A única forma de destruir as Horcruxes que eles conheciam era com a espada de Gryffindor ou com os dentes de basilisco, pelo veneno, mas ambas as coisas estavam em Hogwarts, que estava sob nova direção.

Foi umas duas semanas de pura felicidade entre o grupo até que um jornal roubado por Rony revelou que o novo diretor da escola de magia e bruxaria seria Amico Carrow, um Comensal da Morte e sua irmã seria professora de Estudo dos Trouxas, matéria que passava a ser obrigatória para todos a partir do terceiro ano. Outras duas novas medidas que chamaram atenção de Harry e Ron foi que todos os alunos deveriam apresentar uma prova de que não eram nascidos trouxas e que, a partir daquele ano, Defesa Contra as Artes das Trevas passaria a ser Artes das Trevas.

–Bom para o Snape – Ron comentou depois de ler a notícia. – Snape sempre foi meio chegado nas Artes das Trevas, não é mesmo?

Ele se calou depois de Regulus dizer que aquilo não era motivo para brincadeiras.

Regulus, dentre os quatro fugitivos, era o que menos se assustava com as medidas. Ele já tinha vivido em uma época como aquela, ele já esteve no outro lado. Ele sabia como as coisas passariam a ser. Até Hermione, que estava ciente de algumas medidas que iriam ser tomadas, ficou meia supresa com algumas notícias no Profeta Diário.

Notícias essas que, dia após dia, atormentava Harry Potter. Eram sempre as mesmas coisas: Nascidos trouxas mortos, mestiços mortos, simpatizantes da causa de Harry Potter mortos. Morte, morte, morte. Morte para todos os lados.

Depois de um mês de pegarem a Horcrux (que estava bem guardada em um armário trancado e protegido pelo mais diversos feitiços), começaram a traçar planos para a próxima fase, que seria pegar a espada do gabinete do diretor (supondo que ainda estaria lá) ou uns dentes de basilisco ou achar uma outra Horcrux. O que se mostrasse mais fácil.

Harry queria entrar sozinho em Hogwarts com a capa de invisibilidade, checar se a espada de Gryffindor ainda estava no mesmo lugar que Dumbledore a mantinha e, caso não estivesse, entrar na Câmara Secreta e pegar os dentes do basilisco. Regulus rapidamente discordou. Harry era a melhor chance de derrotar Voldemort, não poderiam arriscá-lo daquela forma.

–Eu vou. Ninguém vai me reconhecer depois de tanto tempo, e eu levo a capa do Harry. Não sou tão importante.

Rony discordou de Regulus. Ele não confiava no Black e não escondia isso de ninguém.

Esqueceram-se, então disso e mais duas semanas se passaram na monótona rotina que eles tinham. Acordavam e comiam o que quer que Monstro fazia em silêncio. Depois alguém ia verificar a Horcrux enquanto outra pessoa saía e tentava arranjar um Profeta Diário, os dois outros alguéns ficavam de vigia. Depois almoçavam e liam o jornal juntos, discutindo sobre as notícias. Passavam o resto do dia à toa, explorando a casa ou lendo livros. Jantavam e iam dormir. Sempre assim, sem nada para mudar a rotina.

Até o dia que Rony teve sua brilhante ideia e Hermione fugiu para ver seu marido.

Já era dezembro e a neve caia lentamente fora do Largo Grimmauld Número Doze. O frio chegara de uma hora para outra, duas semanas atrás na casa onde os quatro fizeram de base, fazendo com que os casacos deixados pelos Black falecidos fossem tirados dos armários pela casa. Debaixo de toda a camada de roupa pesada, era impossível ver a barriga cada vez maior de Hermione, agora com aproximadamente quatro meses de gravidez.

A Verdade Sobre HermioneOnde histórias criam vida. Descubra agora