Capítulo 13

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Em frente à Sala Precisa. Agora.
Hermione já estava preparada para dormir, já eram meia noite, quando a voz do seu Lorde soou na sua cabeça e a Marca ardeu. Tinha passado o domingo todo fazendo "coisas de mulher" com as amigas e estava acabada.
Mas ela sabia que era uma reunião, então ela se levantou e botou outras roupas. Pegou uma calça jeans, que nunca tinha usado no passado, um casaco preto e sua capa, também preta. Soltou as tranças que prendiam seus cabelos negros e deixou com que eles caíssem cacheados por suas costas. E saiu, ignorando os olhares curiosos das cinco garotas com quem dividia o dormitório.
Encontrou Cygnus, Evan, Orion, Canupus e Abraxas sonolentos na Sala Comunal, também tinha mais alguns garotos que ela conhecia só pelo sobrenome. Eles olharam para ela questionadores e ela só deu de ombros e levantou a manga do casaco mostrando sua Marca bem visível.
O grupo, de mais ou menos vinte pessoas, seguiu cuidadosamente pelos corredores escuros e vazios de Hogwarts até chegarem na Sala Precisa, onde Tom estava parado em frente a uma parede vazia e quando viu que eles se aproximavam, passou três vezes diante da parede onde uma grande porta de madeira abriu.
Tom abriu a porta e todos passaram, Hermione foi a última, com Tom atrás de si ela observou a sala. Ela era escura, só com as luzes de algumas velas, que voavam sombriamente, tinham várias cadeiras que pareciam confortáveis postas em círculo, uma era quase um trono, o lugar de seu Lord.
Todos se sentaram, pareciam que tinham lugares próprios e Hermione não sabia onde se sentar. Tom pegou o braço dela e sem nenhuma palavra a guiou até o círculo. Parou na cadeira ao lado esquerdo do seu "trono".
– Nott, creio que a partir de agora esse lugar pertence a senhorita Lestrange. - ele disse frio.–Sim, meu lorde. -Nott falou, se levantou e foi se sentar em outro lugar.
Hermione se sentou, recebendo olhares curiosos. A primeira Comensal da Morte mulher, para eles pelo menos.
Tom se sentou e todos se calaram. Ele parecia um rei em seu trono, com seus conselheiros, lordes e aliados em volta. E Hermione sua rainha.
–Estamos aqui mais uma vez, amigos. Reunidos para limpar o mundo da escória. Para nos botarmos no nosso lugar de direito. Sobre os trouxas e sangues ruins que sujam nossa sociedade. Todos aqui tem o mais puro sangue e não merecemos nos submeter aos trouxas imundos - a voz dele ecoava na sala sombria. Ele era um perfeito orador, isso era inegável - Por que, meus caros, temos que nos esconder dos trouxas? Por que devemos conviver em paz com os de sangue ruim, que não merecem nem desatar nossos calçados?
Todos olhavam para ele, fascinados em cada palavra que saía de sua boca. Antes mesmo dele falar já ficavam hipnotizados. Tom Riddle tinha esse dom, e ele sabia usá-lo muito bem. Para o mal, é claro.
–Hoje, quero mostrar para vocês que nossa causa ganhará força. Quero mostrar a cada um de vocês, vocês que ainda duvidam de nossa tão honrada causa, que tudo isso valerá a pena. - ele deu uma pausa e olhou para cada um - Mas também quero mostrar a monstruosidade do futuro. Futuro onde nascidos trouxas e sangues ruins terão o mesmo status que sangues puros. Onde esses sangues de lama serão tratados igualmente. Uma afronta a todas nossas famílias, de tradições e sangue puro.
Ele se levantou e virou para Hermione.
– A nossa Lady Lestrange tem informações preciosíssimas do futuro. Algumas não posso compartilhar com vocês, é claro. Mas a senhorita pode falar de nossa tão honrada causa, e de como ela é no futuro, estou certo? - ele perguntou para ela.
Hermione sabia o que ele estava fazendo. Ele estava exibindo ela. Ela era uma jóia preciosa vinda do futuro com informações valiosas, e tinha caído do colo dele como um presente de Natal inesperado. Ela estava sendo exibida como algo pertencente a ele, e ela estava gostando disso.
– É claro que está certo, meu lorde. - ela disse, soando quase como sua mãe - O futuro, meus queridos amigos, é algo incrível para alguns, mas miserável para outros. - ela se levantou e começou a andar no centro do círculo - Alguns de vocês alcançará glórias, mas outros irão cair no esquecimento. É a vida. No futuro de onde eu vim, no tempo de seus netos, nossa tão honrada causa tem seguidores por todas as partes da Europa. Nosso Lorde será tão temido que só a pronúncia de seu nome é capaz de fazer o mais temido Auror tremer de medo. -ela olhou para Tom, que sorria - A Marca Negra será conhecida e temida, ter uma dela no braço significa que você é bom o suficiente para fazer parte do exército do Lord das Tevas, também significa uma passagem só de ida para Azkaban, claro. - alguns estudantes tremeram quando escutaram o nome da prisão - Mas não temam, meus estimados amigos, os dementadores serão nossos aliados! Fugas em massa de Azkaban que o ministério tenta esconder, mortes e torturas abafadas e espiões em Hogwarts e no Ministério.
Todos olhavam para ela admirados, não tanto quanto Tom discursava, mas estavam definitivamente admirados. Uma mulher, Comensal da Morte, herdeira de duas grandes famílias das Vinte e Oito Sagradas.
–Teremos inimigos, obviamente. Dumbledore criará uma organização, a Ordem da Fênix. Formada por sangues ruins e traidores do sangue, a maioria Grifinórios estúpidos. Que aceitam qualquer um como mínimo de cérebro. Eu mesma, estou na Ordem da Fênix. - muitos arfaram e começaram a cochichar, mas assim que ela começou a falar todos se calaram - Óbvio que eu passava todas as informações para nosso Lord, mas isso já é informação de mais para vocês. - ela sentou em seu lugar e olhou nos olhos de cada um para continuar a falar - Todos vocês serão conhecidos como A Primeira Geração de Comensais da Morte, os primeiros a se juntarem à nobre causa puro sangue. Todos vocês serão lembrados, por alguns como monstros e para outros como heróis que lutaram pelo o que acreditavam. A nobre e digna causa puro sangue.
Quando ela se calou todos ainda olhavam para ela com admiração. Ela viu orgulho nos olhos de Canupus e Cygnus, saber que sua neta seria tão importante na guerra. Ela, naquele momento, se sentia como sua mãe, se sentia como uma verdadeira Black Lestrange.
Tom eventualmente começou a falar, mas Hermione não estava prestando atenção nele. Ela pensava no que dissera e na admiração que os outros sentiam por ela quando ela falou. Quando Tom dispensou eles, Hermione saiu calada, ninguém falou com ela e ela não falou com ninguém, foi para seu dormitório, se deitou em sua cama e dormiu.Seus sonhos foram cheios de cobras, Maldições Imperdoáveis, risos sádicos e beijos escondidos.
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Passou o dia seguinte sonolenta, mas sempre que algum Sonserino que estava na reunião passava por ela olhando-a com admiração ela pensava que cada hora acordada na madrugada valeu a pena.
Quando teve oportunidade contou à Wal e Druella onde passou toda a noite, e Druella assim como Cygnus e Canopus sentiu orgulho da neta.
Tom Riddle ainda não tinha falado diretamente com ela sobre o beijo, mas ela sabia que ele a olhava quando pensava que ela estava distraída, do mesmo modo que sabia que ele sabia que ela olhava para ele quando pensava que estava distraído.
Aquela semana passou como as anteriores: Tom e Mione trocando olhares, Hermione contando histórias engraçadas de noite no Salão Comunal da Sonserina, e fugindo de Dumbledore depois das aulas de Transfiguração. Depois de um mês no passado, quase todos da Sonserina já gostavam dela. Ela era como uma princesa para os mais jovens e como uma rainha para Tom Riddle, não que alguém soubesse disso, claro.

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