Capítulo 20

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Quando eles aparataram para aquele lugar no meio do nada já deveriam ser seis horas. Ainda tinham tempo.

Dizer que Hermione estava nervosa era eufemismo. Ela estava completamente e inteiramente aterrorizada. Ela ia matar e fazer uma Horcrux, duas coisas que ela sempre pensou que jamais faria.

–Não fique nervosa - Tom disse para ela quando viu seu nervosismo. - Eu sei que nessa casa tem dois homens. E esses homens são assassinos. Não fique culpada, querida.

– E como você sabe o que eles são? - ela perguntou querendo mudar de assunto.

– Bem, quando era treino do time de Quadribol da Sonserina e você estava com as garotas ou de noite quando eu saía... Eu procurava um alvo - deitou-se no meio do capim alto - Queria que não chamasse muita atenção e que não fosse contra tudo o que você ainda acha que acredita.

– Simpático da sua parte. Escolher a dedo o homem que eu vou matar - se deitou ao lado dele no capim. - E por que estamos aqui parados exatamente?

– São 6h15min agora. Às 6h30min um deles vai sair e colher mangas daquela árvore. - ele apontou para uma árvore 50 metros à frente da casa

Hermione olhou para ele interessada.

– Então são dois assassinos, escondidos no meio do nada. Ninguém sabe quem eles são ou o que eles são. Pensou em tudo.

– Eu sempre penso, querida - ele piscou para ela. - Só espero que não demore...

Tom e Mione passaram mais alguns minutos deitados no capim aguardando as futuras vítimas saírem. Já tinham repassado o plano várias vezes, mesmo eles sendo míseros trouxas, Tom queria que a primeira vez dela fosse boa.

Às 6h30min, julgando a posição do Sol, um homem saiu e foi em direção à grande árvore, assim como Tom previra. O homem era alto, porém muito magro como se não estivesse comendo outra coisa a não ser manga por muito tempo.

Tom se levantou e lançou um petrificus totalus de onde estava e o homem caiu no chão com um baque surdo.

Foram de encontro ao homem caído e quando chegaram Hermione lançou um feitiço de levitação. Tentava não sentir pena dele, era um assassino.

Depois seguiram para a casa com o corpo do homem levitando atrás deles. Abriram a porta com um alohomora e estuporaram o outro homem antes que ele falasse algo.

Talvez fosse melhor assim, Hermione pensou, não ia ter que ouvir eles implorando pela vida e o terror em seus olhos, talvez não seja tão ruim assim.

Tom os prendeu com cordas conjuradas de sua varinha e os botou acostados na parede, olhou para ela com expectativa.

–Você sabe as palavras, Hermione - ele disse calmamente. - Avada Kedavra e acabou. Você tem que querer! - vendo o medo nos olhos dela, continuou: - Você é espetacular, querida. Uma verdadeira Lady. Você consegue.

Hermione respirou fundo e olhou para os homens desacordados. Depois olhou para Tom que olhava-a com expectativa. Ela respirou fundo mais uma vez e então disse as palavras:

– Avada Kedavra! - ela gritou.

O raio verde saiu da varinha dela e acertou o homem. Estava feito. Ele estava morto. A alma dela estava corrompida.

– Sabia que ia conseguir! - Tom falou animado. - Agora só falta uma coisa... - se virou para o outro homem - Avada Kedavra.

A calma com que Tom pronunciava a maldição da morte não surpreendeu Hermione. Era extremadamente fácil matar alguém, algo tão espetacular como a vida não deveria ser tão fácil de ser tomada.

A Verdade Sobre HermioneOnde histórias criam vida. Descubra agora