Capítulo 27

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–Então vocês namoram?

–Sim – ela respondeu rindo pela dificuldade que o primo estava tendo de aceitar o relacionamento da prima com Lord Voldemort.

–Vocês se beijam? Como um casal normal?

–Por Merlin, Draco! – ela exclamou rindo. - Nós somos um casal normal! Mas, sim, nós nos beijamos.

Ele parou de andar pela enorme sala que a Sala Precisa tinha se transformado e olhou para ela com os olhos arregalados.

–Vocês já... Digo, você e o Lord... Sabe... – o garoto começou a fazer gestos sugestivos com a mão e Hermione arregalou os olhos e corou.

– Não. E isso não é coisa que se pergunte para uma dama, ainda mais se for sua prima! Vovó Druella ia ficar escandalizada com essa pergunta!

Draco revirou os olhos e sentou-se ao lado da prima no enorme sofá branco.

Tinha chegado do passado nas primeiras horas daquela madrugada e uma das primeiras coisas que fez em Hogwarts foi mandar um bilhete para Draco marcando um encontro na Sala Precisa, que se transformou em uma sala enorme em tons claros, cheia de sofás, tapetes e almofadas. Draco já tinha sido avisado do parentesco entre ele e Hermione, por meio de uma carta de Lucius. Ele tinha entendido bem todo o assunto da viagem no tempo e as consequências disso, a única coisa que não parecia ter entrado na cabeça loira do Malfoy era que Hermione estava namorando Lord Voldemort.

–Isso foi uma pergunta válida – ele se defendeu. – E eu nunca achei que ele tivesse uma namorada. Sabe, ele é tão sombrio e tudo mais.

–Óbvio que ele é sombrio, Draco, ele é o Lord das Trevas – ela respondeu revirando os olhos. – E ele ficou assim porque estava longe de minha espetacular pessoa.

–Você se acha muito, não? – Draco perguntou debochado – Deve ser isso que ser parente de Sirius Black faz com as pessoas.

–Como se você não se achasse. E onde Sirius e Regulus moram?

–Na Mui Antiga e Nobre Casa dos Black - ele respondeu.

–Mas não era usada como sede da Ordem? - Hermione perguntou confusa. - E se alguém entrar lá e ver Sirius e Regulus lá?

Draco sorriu, feliz por saber algo que a sabe tudo não sabia.

– Tem um feitiço na casa, lançada pelo Lord. Só entra quem tem a Marca Negra e todos pensam que agora a casa pertence à sua mãe.

–E se Snape entrar lá?

–Snape? Ele nunca conseguiria entar lá. Sem a Marca Negra, lembra-se?

O queixo de Hermionr caiu, então Snape não era um Comensal? Isso mudava muita coisa. Se Snape não era um Comensal da Morte, isso também significaria que ela podia não ser da Ordem da Fênix, e sem Snape passando informações da Ordem para os Comensais, mesmo que só as que Dumbledore autorizava, ela era mais que necessária lá dentro.

–Draco -ela chamou o primo -, eu sou da Ordem da Fênix?

–Não faço ideia. Por que?

–Bem, eu era da Ordem da Fênix. Passava todas as informações para o nosso lado. Snape era um Comensal, também, e passava informações para Tom - ela ignorou a exclamação de surpresa do primo. - Mas ele não era confiável, era mais homem de Dumbledore do que de Voldemort, e eu falei isso para Tom. Mas sem Snape lá dentro, eu serei mais que necessária.

Eles conversaram por mais algum tempo, depois se despediram e seguiram para suas Salas Comunais. Antes, Hermione pediu a Draco que contasse para somente aqueles que ele tinha certeza da lealdade a verdade sobre ela, mas que não desse muitos detalhes sobre o relacionamento dela com Tom. E avisasse à eles que o Lord não perdoaria quem não guardasse segredo.

A Verdade Sobre HermioneOnde histórias criam vida. Descubra agora