Capítulo 34

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Apareceu em frente aos portões da Mansão Malfoy, sem ter certeza, porém, de que ele estava lá. Não pensou nisso enquanto atravessava os portões, certamente alguém lá dentro seria avisado de sua presença.

No auge de sua raiva, ela não se lembrou de pegar nada que não fosse sua varinha, que estava na sua mão. Não trocou de roupas, portanto ainda estava com seu (vergonhoso) pijama de coraçõezinhos rosa e vermelho, que era demasiado curto para onde ela estava.

Abriu as portas, sem o cuidado de ser silenciosa, e logo avistou um Comensal que não conhecia se aproximar dela, apressado para ela.

–O que a senhorita faz aqui?

Ele, certamente um Comensal inferior que não sabia a verdadeira identidade dela, se assustou quando ela apontou a varinha para ele.

–Onde o mestre está? – ela perguntou, a voz estava perigosamente calma.

–Eu não posso... – o homem tentou se explicar, mas Hermione o interrompeu:

–Eu não perguntei se você pode dizer onde ele está, eu perguntei onde ele está. É tão estúpido que não sabe a diferença? – ela começou a perder a calma – Ande, vamos! Onde ele está? – começou a gritar.

O Comensal simplesmente apontou para uma porta que ficava a direita no escuro hall. Ela largou o homem, que saiu correndo, e começou a caminhar em direção a porta. Ouviu sua tia Narcisa chamá-la no topo das escadas, mas ela ignorou. Tinha algo para fazer.

Abriu a porta, e encontrou-o sentado com Natasha Romanoff em uma pequena mesa circular, os dois se viraram para olhá-la, e viu uma centelha de deboche nos olhos de Natasha, quando esta olhou seus trajes. Tom ia falar alguma coisa, mas ela falou primeiro:

–Saia – ela disse apontado a varinha para Natasha e depois para a porta atrás de si.

–Mas... –a mulher parecia querer replicar a ordem da garota.

–Sem "mas". Saia  –quando viu que a mulher ainda estava sentada confortavelmente e que não pretendia sair, perdeu a calma. – Eu disse SAIA, és surda por acaso?

A mulher olhou para Toma, buscando alguma orientação, mas esse apenas apontou com a cabeça para aporta. Natasha rapidamente saiu, tomando cuidado para não esbarrar na garota que continuava em pé na frente da porta. Assim que a porta atrás de si fechou, Hermione levantou seu olhar para Tom, que parecia irritado.

–Com que direito pensa que pode fazer o que acabou de fazer?

–Cale a boca! – ela gritou, e quando Tom olhou-a assustado pela reação da garota e abriu a boca, ela repetiu: - Cale a boca!

Ela respirou fundo, se pôs na frente da mesa, do lado oposto ao de Tom.

–Sabe, eu realmente te amei... Por Deus! Eu ainda te amo! –ela declarou, se controlando. – Depois do que você fez hoje, eu ainda te amo! Como eu sou tola! Eu te amo – ela olhou para Tom, como se quisesse dizer "acredita nisso?", mas o homem estava mais concentrado no que a garota dizia. – Eu penso de você toda a noite, sonho com seus beijos, seus abraços... Pensava que ainda tinha uma parte sua que era capaz de amar, de ser bom. Sonhava com nosso casamento, se teríamos filhos... Você quer filhos, Tom? – quando Tom ia responder, Hermione tornou a interromper: - Não responda, não precisa mais. Não tem importância, não depois do que você fez hoje. Não você pessoalmente, claro, você mandou fazer... O que não tira sua culpa.

–Posso perguntar o que eu supostamente fiz? – ele perguntou quando Hermione parou para respirar fundo.

–Supostamente? Que hipocrisia, querido Tom. Diga-me, você contou para meus pais? Meus tios também, quem sabe? Os dois caras mascarados eram Sirius e Regulos? Pelo o que eu sei pode ser até meus pais, os verdadeiros, não os adotivos que morreram pelas mãos dos seus Comensais da Morte.

A Verdade Sobre HermioneOnde histórias criam vida. Descubra agora