Capítulo 32

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Meu querido e amado Lord,

Peço perdão se estiver interrompendo uma reunião ou algo importante. Não enviaria essa carta se não fosse extremamente necessário, sei que teme que alguma carta seja interceptada, mas garanto que tomei as mais cuidadosas precauções, como pode ver.

Primeiro quero dizer-lhe que faz menos de duas semanas que não nos vemos e estou aqui me segurando para não fugir dessa escola e ter você nos meus braços. Não vejo a hora de ficar para sempre e sempre ao seu lado.

Ginevra Weasley está do nosso lado, Tom, eu sozinha consegui! Bem, Draco também teve um peso na decisão da garota (acredita que os dois estão caidinhos um pelo outro?), mas eu fiz a maior parte do trabalho! Diga a Narcisa que os netos dela terão grande probabilidade de serem ruivos, por favor?

Dumbledore já falou para Harry onde a Horcrux-medalhão está. Ou onde ele acredita que está. Acho que Dumbledore e Potter vão atrás da Horcrux até o fim do mês. Também acho que até o fim da noite Harry estará mais chifrudo que o patrono dele.

E, acredite ou não, Dumbledore fica olhando de mim para os meus "amigos" durante as refeições, com um olhar sugestivo. Será que ele vai contar algo para Potter e Weasley? Não me preocupo com Gina, ela está se mostrando fiel, não contou nada a ninguém. Mas preciso de seu conselho: Conto antes ou depois que Dumbledore não me der mais tempo de "me recuperar emocionalmente e falar da minha família Comensal e meu ex-namorado"?

Não sei se minha mãe ou meu pai lhe contaram, mas eu escrevi uma carta para meus pais trouxas contando que eu descobrir ser adotada e conheci meus verdadeiros pais. Não falei quem eles são, e nem da viagem no tempo e nem que namoro o temível (e absurdamente lindo) Lord das Trevas. Nas férias eu vou passar uma ou duas semanas com eles, e quem sabe eu posso falar de tudo. Apesar de tudo, ainda amo os Granger como meus pais.

Estou com uma saudade do tamanho do universo,

Beijos e abraços,

Da eternamente sua,

Hermione B. Lestrange.

Hermione dobrou a carta e colocou-a em um envelope destinado a Lord Voldemort. Ela estava cinco minutos para a suposta ronda que ela iria fazer naquela noite, porém não se preocupou com isso no momento.

–Monstro? – ela chamou o elfo, lembrando-se de tempo passados e que tecnicamente nunca ocorreram, quando usava o elfo da família Black para mandar cartas para seus pais.

–Senhora Lestrange me chamou? – o elfo apareceu em frete a garota, fazendo uma profunda reverencia.

–Sim, Monstro. Espero que esteja bem - falou gentilmente. - E me chame de Senhorita Hermione, por favor – estendeu a carta para o elfo – Quero que estregue isto nas mãos do Lord e de ninguém mais, ouviu-me bem? Só nas mãos do Lord.

O elfo pegou a carta com o máximo de cuidado possível e olhou com adoração Hermione, espantado por alguém tê-lo tratado tão bem.

–Pode ir, por favor – ela disse sorrindo para o elfo.

Com mais uma reverencia o elfo sumiu. Hermione, embora agora entendesse que a natureza dos elfos domésticos era servir cegamente aos seus senhores, não conseguia tratar eles mal. Era uma das poucas coisas que a antiga Hermione deixou de herança para ela.

Olhou-se mais uma vez no espelho antes de sair. Estava com seu habitual uniforme da Grifinória e seus cabelos caiam soltos e cacheados por suas costas. Ela sorriu pensando que dali a poucos minutos estaria entre seus amigos, seus verdadeiros amigos.

A Verdade Sobre HermioneOnde histórias criam vida. Descubra agora