Capítulo 19 - A banshee

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Hey, pessoal. Feliz ano novo para todos vocês, que Deus abençoe suas vidas e lhes dê muita saúde, felicidade, paz. E que venha um ano ainda melhor.
Vim deixar outro capítulo adiantado devido ao ano novo, para aqueles leitores fanáticos como eu que vão passar a madrugada lendo kk :)
O próximo eu posto no domingo.
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Stiles foi o primeiro a acordar, graças ao tempo no inferno, sua visão se acostumou rapidamente, ele se sentou, vendo Lydia e Aurora dormindo, ou desmaiadas. Se aproximou da irmã quase se arrastando.
- Ei, Aurora. Acorda. - ele falou em um tom suave - temos que sair daqui.
Aurora despertou num salto, quase batendo cabeça com cabeça em Stiles.
- Onde ele está? - ela perguntou, se referindo a Lucien.
- Não sei, mas aqui não está. - ele apontou Ruthie estirada no chão, entrando em decomposição muito mais rápido que no mundo normal - mas acho que o sumiço dele tem alguma coisa haver com ela.
- Provavelmente - Aurora falou.
- Com certeza - respondeu Lydia, havia acordado e já estava de pé - ele a ama.
Aurora sentiu uma náusea pequena, quase como um frio na barriga e um pequeno lembrete.
- Primeiro, vamos sair desse lugar - Stiles pediu - Aurora, está pronta?
Ela se virou para o irmão, dando as mãos para o mesmo. Ambos começaram a falar as palavras demoníacas, e o portal logo se abriu. Lydia foi a primeira a atravessar, Aurora e Stiles a seguiram, aparecendo na fazenda deserta.
- New Orleans agora? - Aurora perguntou.
- Primeiro vamos comer - Stiles pediu - ou vou morrer de fome logo logo.

Os três haviam ido pra lanchonete logo que saíram do inferno, as roupas fediam a decomposição e estavam sujas de sangue, porém ninguém os barrou. Agora estavam sentados em volta de uma mesa, comendo hambúrgueres e sanduíches.
- Lucien vai pra New Orleans - Lydia falou, terminando seu segundo hambúrguer - eu tenho certeza.
- Eu não acho que ele se importa muito com os humanos nesse momento - Aurora respondeu.
- Talvez, mas ainda quer Kyra morta. - Stiles falou, entendendo o raciocínio de Lydia - então ele vai pra lá, e nós também.
- Nós estamos indo direto para uma armadilha, vocês sabem, certo? - Aurora perguntou.
- Eu sei - Lydia falou - mas eu vou mesmo assim, é meu irmão. Não vou ficar chateada se seguirem outro caminho.
- Nós vamos - Aurora afirmou - apenas estou preocupada com o que Kyra armou para nós.
- Com certeza não é coisa boa - disse uma voz - Olá, crianças.

***

Lucien estava em New Orleans, fizera questão de chegar o mais cedo possível, sem sequer dormir ou descansar, o que ultimamente não era do feitio dele. Estava andando pelas ruas, procurando sinais de demônios, ou ao menos um cheiro, era dia de festa nas ruas, o que só dificultava seu trabalho, os rachk podiam se infiltrar entre as pessoas comuns.
- Vejo que já está aqui. - disse uma voz.
Lucien desviou o olhar de uma pequena loja, vendo Sahad em seguida.
- Você deve estar doido para morrer, aparecer na minha frente num momento de péssimo humor.
- Existe apenas uma arma que pode me matar, e isso só pode acontecer no inferno. - Sahad rebateu - descobriu quem são os verdadeiros inimigos?
- Pra mim, qualquer um é inimigo nesse momento. - Lucien retrucou, abrindo um pequeno sorriso - então, há não ser que deseje tanto a morte, saia da minha frente
- Vou deixar você tentar - Sahad retribuiu o sarcasmo - sabe que é isso que Kyra quer, certo? Ela queria você aqui, para terminar o sacrifício.
- Vou matar qualquer demônio na minha frente, to nem aí para sacrifícios. - ele se virou, começando a andar.
- Ela é o sacrifício, Lucien.
- Oi? - Lucien perguntou, parando de andar no mesmo momento.
- O traidor tem que ser o último sacrifício. Kyra quer que você a mate.
- Aí Krastion vai acordar e tentar me possuir, que lindo. Não vou mata-la então, não agora.
- Você vai - Sahad falou - o sacrifício precisa ser feito, é quando Krastion começa a estar vulnerável.
- E ele tem fraquezas?
- Sim - Sahad respondeu - mas a preocupação agora é você não dizer sim a ele.
- Não sou idiota. - Lucien respondeu.
- Eu sei que não. - Sahad sorriu - lembre-se, Lucien, não sou seu inimigo.
Lucien voltou seu olhar a ele, mas Sahad já havia desaparecido, ele resmungou e voltou a andar, avistando um bar.
- Eu preciso mesmo de uma bebida. - ele murmurou, caminhando até o bar.
Ele entrou no bar, caminhando direto para o balcão e sentando num banquinho de frente para o mesmo.
- O que vai querer? - perguntou a atendente.
Ela era bonita, tinha cabelos loiros claro e olhos verdes que podiam hipnotiza-lo facilmente, os lábios rosados estavam prensados numa linha apreensiva.
- A bebida mais forte que você tiver. - Lucien falou.
Ela sorriu e se retirou, indo buscar a bebida. Lucien começou a bater os dedos no balcão, fazendo um som estranho e em sintonia.
- Aqui está a bebida. - falou a atendente pondo uma garrafa em frente a ele - agora, preciso ver sua identidade.
- Eu tenho idade o suficiente para beber. - ele garantiu, abrindo a garrafa.
Ela ficou paralisada de repente, começando a suar fria.
- Ei, gatinha, você está bem? - Lucien perguntou.
- Alguém vai morrer... - ela murmurou num tom que só Lucien ouviu - alguém... que está aqui... nesse bar, vai morrer.
- Você é vidente, por acaso? - ele perguntou num tom sarcástico.
- Cuidado! - ela gritou.
Lucien se jogou pro lado, caindo no chão e vendo um humano possuído com um canivete, que iria lhe perfurar.
- Sério? - Lucien levantou as sobrancelhas, ficando de pé - só isso?
- Lucien Adkins. - falou o rachk, com uma voz grossa e ríspida - você vai morrer.
- É, eu ouço isso todo dia. - Lucien rebateu - está esperando o que? Um convite especial?
O rachk correu para cima dele numa velocidade nada humana, Lucien deu um salto no ar, acertando um chute na cara do rachk. O mesmo voou metros, destruindo o balcão e indo parar na adega do bar.
- O q-que... está... a-acontecendo aqui? - a atendente murmurou num tom questionador.
O rachk saiu da adega, furioso, Lucien sacou a adaga e deu um salto, caindo em cima do rachk e cravando a adaga em sua cabeça. Ele se virou para as pessoas que presenciaram a cena, mas não tinha mais ninguém ali além da atendente, todos haviam fugido.
- Você o matou? - ela perguntou, estérica.
- Não, a gente vive no mundo de Mário, ele ainda tem umas vidas extras. - Lucien abriu um sorriso irônico - você é uma banshee, não é?
- O que diabos é banshee? - ela perguntou, quase gritando.
- Não vou te dar uma aula agora - ele estendeu a mão - bem vinda ao mundo sobrenatural.

***

- Mãe? - perguntou Lydia, em choque.
- Olá, minha filha. - ela respondeu - cadê o seu irmão?
- Ele... nos deixou. - Lydia explicou o que aconteceu - eu sinto muito.
- Tudo bem, vamos dar um jeito. - ela se virou para Stiles e Aurora - vocês são... Stiles e Aurora, filhos do Miguel, certo?
- Certo. - Stiles respondeu - você é a terceira arcanja, né? Dos três sobreviventes da última guerra.
- Sim, meu nome é Ana. - ela respondeu.
- Como você está aqui? - Lydia perguntou - não tinha sido sequestrada?
- Não sei quem falou isso a você, mas não. Eu estava me recuperando da batalha.
- Já que fomos apresentados - Aurora falou, atraindo a atenção de todos - podemos ir pra New Orleans?

Anjos e Demônios - O filho de Lúcifer Onde histórias criam vida. Descubra agora