Anjos e Demônios - O filho de Lúcifer

Capítulo 20 - O próprio Ódio (parte 1)

- Sobrenatural? - ela perguntou, confusa, sem apertar a mão dele - que nem aquela série de TV onde dois irmãos lutam com demônios?
- Nunca vi essa série - Lucien admitiu, recolhendo a mão - mas é quase isso, o diabo existe, não só ele, mas vários outros demônios poderosos.
- Deus existe? - ela perguntou como se estivesse debochando.
- Isso eu não sei - ele respondeu - mas o diabo existe, sou a prova viva disso.
- Espera... eu sou uma profeta? - ela perguntou.
- Não, você sente mortes antes de acontecerem, é um pouco diferente. Enfim, eu vou embora, já devem ter chamado a polícia. - ele foi até a saída do bar.
- Espera? Vai me deixar aqui?
- Quer que eu faça o que? Te proteja?
- Bom, os mocinhos normalmente fazem isso.
- Acontece, docinho. Que eu não sou o mocinho - ele respondeu, num tom frio - sou filho do diabo. E sinceramente? Não me importo com você.
Ela bufou, caminhando até ele, falará tudo aquilo para ela e agora ia deixar as coisas assim? Ela não era assim.
- Você me trouxe pro seu mundo, então vai ter que me aturar.
- Maldita hora que entrei nesse bar - ele resmungou, revirando os olhos - preciso repetir que sou filho de Lúcifer? Você deveria no mínimo ter medo de mim.
- Sinto desapontar seu ego - ela retrucou - mas você não transmite medo, no máximo pensamentos maliciosos.
- Então ta - ele murmurou - quer o que? Uma casa com proteção para fingir ser a princesa protegida?
- Apenas ficar viva e ver meus amigos novamente já é o suficiente.
- Amigos? - ele perguntou, olhando-a sobre o ombro - você não tem família?
- Não é da sua conta, vai continuar agindo como rato ou vai ser homem?
- Não espere que eu tente te proteger caso tenha ataque de demônios. - ele falou, saindo do bar.
Ela o seguiu, resmungando e o xingando em um tom baixo.
- Pare. - ele sussurrou num tom de autoridade.
Ela obedeceu, ficando parada e atenta a qualquer ataque.
- Venha comigo. - ele começou a andar no meio das pessoas, com a banshee o seguindo.
- Do que estamos fugindo? - ela perguntou, chegando do lado dele.
- Anjos.
- Mas eles não são do bem?
- São, mas to com a paciência no limite para anjos. - Lucien respondeu, num tom seco.
- Lucien Adkins. - falou uma voz. - nos dê a garota.
- Ta viajando - Lucien respondeu, olhando 3 homens a sua frente, voltando seu olhar a banshee - o que vocês querem com ela?
- O que querem comigo? - ela perguntou.
- Isso não é da sua conta, Adkins. - o anjo o soltou, se dirigindo a garota - você vai vir conosco.
- Não sem saber o que querem comigo - ela falou.
O anjo puxou a garota pelo braço, Lucien sacou a adaga rapidamente e pôs a um centímetro do pescoço dele.
- Solte-a, ou você morre.
- Você nem mesmo se importa com ela - o anjo retrucou.
- Eu avisei. - ele cortou a garganta do anjo, fazendo o corpo explodir em uma luz branca e pouco ofuscante. - corre!
Os outros dois anjos apareceram como um borrão na frente de Lucien, que acabou levando um soco do loiro, voando alguns metros e caindo em cima de um carrinho de cachorro quente.
- Ei! - gritou o dono, olhando sem acreditar - vai ter que pagar.
Lucien se levantou, jogando a carteira pro dono do carrinho e apareceu na frente dos anjos, q já haviam pego a banshee.
- Adkins, você matou um dos nossos. Não vai querer mais problemas para você. - falou o ruivo.
Ele olhou para a banshee por um segundo, percebendo que tremia de medo, voltou seu olhar ao anjo ruivo.
- É assim que os anjos tratam os humanos? Transmitindo medo?
O ruivo olhou a garota, Lucien aproveitou a distração e sacou outra adaga, atravessando no coração dele, se agachando em seguida para desviar de uma espada, ele chutou as pernas do loiro, fazendo com que caísse e largasse a espada, Lucien pegou a mesma e cortou a cabeça do loiro, fazendo o sangue jorrar em sua própria face.
- Você... matou 3 anjos? - ela perguntou, chocada.
- Me agradeça depois - ele falou - temos que ir antes que apareçam mais.
- Ir pra onde?
- Onde você mora?

***

- Teve uma batalha aqui - falou Ana, a mãe de Lydia e Lucien. Estavam andando por New Orleans a alguns minutos - entre anjos.
- Lucien estava envolvido - Aurora falou, ela já havia se agachado e pegado um item no chão - é a adaga dele.
- Ele matou anjos? - Lydia perguntou - por que?
- Sim, ele matou. - Ana garantiu - o porque teremos de descobrir mais tarde.
Como num sincronismo perfeito, as pessoas começaram a gritar, os quatro anjos se viraram, procurando ver o que era.
- Kyra - Stiles falou, olhando-a através da multidão - ela está aqui.
- Muito bem, Stiles. - ela falou, aparecendo atrás dele e dando um soco no mesmo, fazendo com que desmaiasse - vamos brincar?
- Cadê o demônio? - Ana perguntou - o demônio que vai fechar o ciclo do sacrifício para acordar Krastion.
- Ele está, nesse momento, prestes a matar Lucien. - ela abriu um sorriso com a mentira - Lucien pode ser poderoso, mas será que é mais poderoso que meu velho amigo?
- O que você enviou atrás dele? - Aurora perguntou.
- Alguém que vai mata-lo antes que sequer possam me ferir. - Kyra falou, fazendo sua espada aparecer nas mãos - então, que tal começarmos logo com isso?

***

Ao chegarem na casa da banshee, Lucien entrou com a mesma, vendo-a correr na cozinha e voltar com sal.
- Vai salgar a porta pra ficar mais delicioso pros anjos? - ele perguntou.
- Isso é pra demônios.
- Isso não funciona, querida banshee. Aliás, ainda não sei seu nome.
- Mary - ela respondeu, soltando o pote de sal e se virando pra ele - e o seu?
- Lucien Adkins.
- Não vou dizer prazer em te conhecer porque até agora só tive problemas - Mary falou - diga, tem algo para parar os anjos? Percebi que esqueceu sua adaga.
- Por isso fiquei com essa espada - ele levantou a espada, admirando a mesma por alguns segundos - vai ser útil.
- Tem uma coisa que não entendi - disse ela - a alguns minutos disse que não se importava comigo e agora está disposto a matar anjos por mim.
- Se você é importante pra eles, é importante em dobro pra mim. - Lucien explicou - não confio nesses desgraçados, não acredito em deus, então matar alguns deles não vai pesar na minha consciência.
- Ta bom, senhor feito de pedra. - ela respondeu em um tom brincalhão - e o que faremos até os anjos aparecerem?
- Que tal desenhar? - sugeriu uma voz fria e seca atrás de Lucien, atravessando uma espada em seu peitoral.

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Hey, pessoal. Passei para avisar que vai ser um capítulo por semana a partir de agora, estou com o tempo meio corrido e não to podendo escrever muito.
Até domingo que vem.