— Sou Gemma. E estou tão feliz em vê-la novamente depois de tanto tempo. — Ela faz menção de segurar minhas mãos, mas logo para ao me ver dando um pequeno passo para trás.
— O quê? Do que você está falando? — Pergunto, mais confusa do que antes.
Quando olho para Connor, ele encarava Gemma fixamente.
— Não há muito por aqui, tudo é sempre muito quieto e monótono, então quando alguém entra e resolve voltar, é simplesmente incrível. — Ela sorri mais uma vez.
— Não há muitas pessoas? E as crianças que vimos? — Pergunto. — Quem são?
— São apenas crianças, oras. — Ela ri fracamente, e logo muda de assunto. — E a Lana, sua amiga, onde está? — Gemma pergunta, mas seu sorriso some.
— Ela não gosta muito de vir aqui. — Tento dar uma resposta vaga. — Como você sabe o nome dela? — Cruzo os braços abaixo dos seios. — E o meu?
Ela suspira.
— Isso é uma história para outra hora. Eu estava por aqui ontem quando ouvi as vozes de vocês.
Eu não conseguia entender.
— Você estava aqui ontem? — Pergunto, surpresa.
Então ela fazia parte daquela encenação.
— Sim. Escondida, mas estava. — Ela desvia o olhar.
— Você estava escondida o tempo todo? Até quando aquele garoto alto começou a nos perseguir? — Pergunto com a voz um pouco alterada, afinal, se ela estava aqui poderia ter nos ajudado. — Você o conhece? — Dou um passo em sua direção.
Vejo seu semblante se tornar triste.
— Eu não poderia ter feito algo contra ele, não de noite, eu... — Sua fala é interrompida por risadas.
As mesmas crianças passam correndo por nós, fazendo com que a espécie de camisola branca e comprida que Gemma estava usando voasse para todos os cantos.
— Crianças! Crianças! — Ela os chama, e eles param no meio do caminho. — Sem barulho, lembram? — Sua voz soa autoritária e eles confirmaram com um aceno de cabeça.
— Vem brincar com a gente. — O menor dos garotos pede.
— Sim, por favor. — Agora foi a vez do mais alto complementar.
— Por favor, tia Gemma. — Uma garotinha ruiva pede com seus olhos suplicantes enquanto puxava a barra da camisola de Gemma para baixo.
Ela nos olhou por um segundo.
— Tudo bem, crianças. — Ela cede depois de um suspiro. — Mas só se meus novos amigos puderem ir também. — Dito isso, as crianças começaram a pular ao redor dela.
Gemma é puxada por pequenos pares de mãos, e acabamos a seguindo atrás deles sem ao menos saber onde vamos parar.
— Novos amigos? — Connor pergunta baixo, ao meu lado.
Permanecemos em silêncio por todo o trajeto até chegarmos em um parquinho velho com dois balanços e uma gangorra bem enferrujada. Do alpendre descascado, observo as crianças correrem no meio da grama alta. E agora na claridade do lado de fora posso reparar melhor na pele extremamente pálida que as crianças possuíam, assim como a mesma vestimenta de Gemma.
— Talvez elas não saiam muito daqui de dentro. — Connor nota meu olhar, respondendo minhas observações mentais.
Chuto uma pedrinha que estava no chão e ela para ao pé de alguém, levanto meu olhar e vejo uma senhora parada a poucos metros nos olhando fixamente de maneira estranha.
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REDEMPTION || H.S
Фанфик❝A crença derradeira é acreditar numa ficção, que você sabe ser ficção, nada mais além disso. A espantosa verdade é saber que se trata de uma ficção, e que você acredita nela por vontade própria.❞ Ela não acreditava em monstros. Ele era um monstro...