— Finalmente vamos acabar com isso! — Carl diz empolgado, enquanto ergue seu grande copo de cerveja no ar, sendo acompanhado por outras pessoas, também, envolvidas no nosso plano.
— Ao declínio de Arthur Waverly!
— Ao declínio de Arthur Waverly! — Dou risada, erguendo meu copo também, e trocando um olhar empolgado com Lana.
— Seus amigos não parecem tão empolgados quanto nós. — Carl comenta, indicando Harry e Sean, que estavam um pouco mais afastados do resto.
Alguns dias se passaram desde que tentei colocar as coisas no lugar, e o momento de confrontar Arthur estava cada vez mais perto. Por todo esse tempo eu venho mentindo para ele em minhas missões, também acabei criando um vínculo muito forte com Madeline. Dei continuidade no plano de dentro do sanatório, me encontrando muitas vezes com Gemma e Kathe, e tendo mais cautela sobre o quesito confiança. Ainda me mantive perto de todos, mas sempre estando alerta para qualquer suspeita.
Desde minha última conversa com Harry, nós trocamos poucas palavras, acho que o que foi dito por ele foi o suficiente para entendermos que nossos caminhos não são os mesmos, e que pensamos e agimos de formas diferentes. Eu estou cada vez mais perto de recuperar minhas memórias, e junto com elas vem o medo de descobrir o que Harry me causou no passado. Não posso ser hipócrita e dizer que já o odeio por isso, porque não odeio, eu simplesmente comecei a gostar dele e venho me sentindo estranha, querendo arrancar de Harry nem que fosse um último momento bom para guardar comigo, antes que nos colocássemos frente a frente quando a verdade surgisse. Eu posso estar sendo idiota em pensar dessa maneira, mas acho que doeria menos assim.
— Não se preocupe com eles. — Respondo Carl, em seguida, dando um gole em minha cerveja.
— Olhe só para isso! Esse lugar anda bem cheio depois que vocês duas começaram a frequentar essas bandas. — Ross se aproxima de nós, olhando de minha amiga para mim. — Ando pensando em tornar vocês duas garotas propagandas do bar. — Ele brinca, escorando seus braços sobre o balcão de madeira.
— Eu certamente ficaria bem sexy em cima de uma motocicleta. — Lana faz uma careta de desgosto, usando um tom irônico, nos fazendo cair na risada.
— Enzo é o cara de sorte por aqui, ele sempre anda com as duas bonecas do bar. — Carl brinca com o garoto de olhos azuis, que está sentado ao lado de Lana, enquanto tomava um refrigerante.
— Preciso ir ao banheiro agora, cara de sorte. — Lana salta do banco em que estava sentada, brincando com Enzo, o fazendo ficar ainda mais envergonhado. Em seguida, ela segue em direção ao banheiro.
— Então amanhã será o grande dia? — Ross pergunta, fazendo Carl assentir.
— Amanhã! — Ele bate seu grande copo no balcão de madeira, causando impacto em sua fala. — Não temos mais tempo para ficar enrolando.
Continuamos nossa conversa animada sobre o grande dia. Carl sugeriu que eu trouxesse para o bar todos que estão no plano comigo para que pudéssemos ir até a cabana da floresta resgatar a faca escondida. Parece que a floresta é realmente perigosa, e por isso toda ajuda seria necessária. E por fim, foi decidido que todos nós fugiríamos do sanatório no dia seguinte. Todos já irão contra o Arthur de qualquer forma, então, pelo menos fugindo nós podemos nos preparar aqui fora com todo o resto.
— Ei, cara! O que é isso?!
Olho sobre os ombros para procurar o dono da voz que captou minha atenção, e o que vejo é a imagem de Hugo visivelmente alterado entrando no bar com uma arma em mãos.
— Hugo, o que isso?! — Uma mulher que estava perto dele, pergunta assustada.
— Onde está ela?! Cadê aquela maldita?! — Hugo encara todas as direções de forma frenética, fazendo todos no bar ficarem sem entender o que estava acontecendo.
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REDEMPTION || H.S
أدب الهواة❝A crença derradeira é acreditar numa ficção, que você sabe ser ficção, nada mais além disso. A espantosa verdade é saber que se trata de uma ficção, e que você acredita nela por vontade própria.❞ Ela não acreditava em monstros. Ele era um monstro...