Acordo sendo brutalmente chacoalhada. Demoro alguns segundos para conseguir abrir os olhos e tomar consciência de onde estou.
— Acorda, garota! Não tenho o dia todo. — Não consigo processar logo de primeira de onde vinha a voz, e quando minha visão se foca, vejo os mesmos três homens vestidos de branco.
O que aconteceu?
Me pergunto, mas antes de conseguir colocar meus pensamentos em ordem, sou puxada para fora da ambulância.
— Não encostem em mim. — Tento me esquivar deles, mas não consigo ir longe devido a minhas mãos estarem algemadas.
Eles agarram meus braços e me empurraram em direção a entrada. — Me solta! — Grito, me debatendo.
A medida em que eles me levavam para dentro da construção do sanatório, os meus gritos aumentavam, atraindo a atenção de enfermeiros e o que penso serem novos pacientes com suas famílias.
Me viro para frente, encontrando um par de sapatos brancos e quando subo meu olhar, uma enfermeira que aparentava estar na casa dos cinquenta anos, me examinava como se eu fosse uma espécie de aberração.
— Está olhando o quê? — Pergunto, já irritada por todos me tratarem como se eu fosse um deles.
— Fique quieta. — Ela ordena severamente, me pegando desprevenida.
Encaro a senhora sem saber o que fazer. De certa forma, ela é um tanto quanto intimidante.
— A senhorita claramente não tem conhecimento das regras do Sanatório Waverly Hills, mas não se preocupe, terá muito tempo para aprender. — Ela diz, com sua voz ainda mais severa do que antes. — Qual seu nome? — Ela cruza os braços e pondero não responder, mas na situação em que estou, não seria muito bom.
— Ellinora Green. — A contragosto, respondo
— Sou Morrice. Me acompanhe, senhorita Green, vou lhe mostrar suas novas acomodações. — Ela fala empolgada, e uma vontade enorme de esmagar sua cabeça por conta disso, me atinge.
Um dos homens que me trouxe até aqui segura em meus braços, me fazendo andar atrás da velha senhora que começava a subir uma escadaria, e com isso percebo o quanto esse lugar mudou. As paredes e pisos tem cores mais claras, e a madeira velha da escadaria foi substituída por uma nova. Eu nunca diria que esse é o mesmo lugar de um mês atrás, realmente fizeram um bom trabalho por aqui.
Subimos a escadaria e chegamos em um corredor que parecia não ter fim. Sua extensão é coberta de portas de ferro dos dois lados, e quando passamos em frente a uma delas, me esforço para ver o que há do outro lado, mas o homem que segura em meu braço, me empurra para frente me obrigando a caminhar rápido.
Senhora Morrice para em frente a uma das portas e tira do bolso um molho de chaves, e com uma, abre a porta.
— Aqui está seu novo quarto. — Ela segura a porta aberta para mim e paro em frente a ela.
O homem solta meus braços e depois retira as algemas de meus pulsos, e antes que ele possa me colocar para dentro, passo por Morrice e começo a correr para o outro lado do corredor.
— Peguem-na! — Morrice grita, e olho sobre os ombros ao mesmo tempo em que dois homens começavam a correr atrás de mim.
Viro para direita em um outro corredor com a esperança de despistá-los, mas para meu azar ele tem um fim. Olho rapidamente para os dois lados em busca de uma saída, mas tudo o que encontro são janelas com grades de ferro.
— Ali está ela! — Me viro ao ouvir uma voz e vejo dois enfermeiros correndo na minha direção.
Dou alguns passos para trás na tentativa de me distanciar o máximo dos dois, mas acabo indo de encontro com a parede, e em segundos, eles me alcançam. Um deles pega em minhas pernas e o outro me levanta pelo tronco.
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REDEMPTION || H.S
Fiksi Penggemar❝A crença derradeira é acreditar numa ficção, que você sabe ser ficção, nada mais além disso. A espantosa verdade é saber que se trata de uma ficção, e que você acredita nela por vontade própria.❞ Ela não acreditava em monstros. Ele era um monstro...