Pov. Harry
Senti uma luz fraca bater contra o meu rosto e o cheiro incomum de café invadir minhas narinas. Estava mais acostumado com o cheiro de álcool ou de cigarro, fazia mais meu estilo no momento. Algo me parou, antes que eu sequer abrisse os olhos, lembranças, não quaisquer lembranças, eram as da noite anterior. Louis. Ele esteve aqui, ele dormiu comigo, ele cuidou de mim, ele disse que me amava. Ele me amava sem me pedir nada em troca, ele me amava mesmo eu sendo do jeito que eu era. Talvez ele merecesse coisa melhor, mas não pensaria nisso agora. Iria vê-lo primeiro.
Abri os olhos esfregando os mesmos com as mãos por causa da luz, e olhei a minha volta. Tudo exatamente como estava ontem exceto pelo fato de que Louis não estava ali, seu lado na cama estava meio atrapalhado e seu cheiro estava impregnado ali e em mim também comprovando que eu não era louco, ele esteve ali. Ele havia ido embora de novo, ele havia me deixando. Provavelmente ele tinha se dando conta do ser que eu era, mas e o que ele disse? Era verdade ou apenas um balsamo para mim dor? Talvez eu tenha imaginado tudo aquilo e agora esteja imaginando seu cheiro ali, talvez eu tenha enlouquecido de vez. Mas trabalharia com a hipótese de não ser louco primeiro.
Me coloquei de pé em um rompante. Eu não o perderia dessa vez. Se ele quisesse que eu mudasse, eu mudaria, mas eu não o perderia de maneira alguma. Eu precisava dele a qualquer custo.
Não me importei em estar de pijama ou com a dor que senti ao me levantar, assim como não me importe com o fato de não saber onde ele estava. Apenas peguei a chave de um dos meus carros e sai do meu quarto, nem ligando para minha cara amassada de sono, ou para o fato de estar descalço, descabelado e com dor por toda parte do corpo, desci as escadas rapidamente dando uma olhada rápida em volta e não encontrando nada além da bagunça que já havia me acostumado a ver. Mesmo que algumas janelas estivessem abertas, e algumas coisas haviam voltado ao seu lugar.
Seria estranho sair de casa depois de tanto tempo, mas para vê-lo esse sacrifício valia a pena. Coloquei a mão na maçaneta, mas não tive chance de abri-la, senti meu coração para e logo depois acelerar drasticamente, quase me levando a um infarto.
- Harry - era a voz de Louis me chamando da entrada da cozinha - aonde vai sem seu café da manha e sem seus remédios? Não senhor, você vai comer primeiro depois você sai - ele disse autoritário e me virei para ele. Suspirando aliviado. Ele permanecia ali perfeito e intacto, ele tinha um sorriso encantador nos lábios e vinha na minha direção como um anjo da guarda. Ele ainda usava roupas minhas e parecia confortável com esse fato. Ele parou diante de mim e o encarei como se o visse pela primeira vez na minha vida. Levantei minha mão a colocando sobre seu rosto, acariciando a pele macia sob meus dedos. Era ele. Sorri com a minha conclusão, vendo ele ceder ao meu toque.
- Louis - sussurrei com a voz baixa e mais rouca que o normal, ele voltou os olhos azuis que ele havia fechado quando o toquei para mim. Nada no mundo explicaria a alegria que senti ao ver aqueles olhos azuis me fitarem tão ternamente, tão carinhosamente, tão... Amorosamente.
Ele ficou na ponta dos pés segurando nos meus braços enquanto depositava um beijo de leve em meus lábios. Somente com aquele simples gesto ele fez com que meu coração disparasse novamente, fez com que meus lábios formigassem e fez a sensação tão descrita em livros de borboletas no estomago me atingirem. Me senti ridículo, mas não me importei no momento.
- Harry - sussurrou também baixo e divertido me fazendo rir - vem, não sei o que gosta de comer de manha então fiz um pouco de tudo - ele segurou minha mão e me arrastou para a cozinha, cômodo que estava impecável, pelo jeito ele estava acordado há bastante tempo - aqui se alimente direito, vamos ao hospital e depois vamos dar uma volta, andar atoa por ai. Você precisa tomar um ar puro sair dessa casa - ele me sentou em uma cadeira de frente, depois de pegar alguns comprimidos que estavam sobre o balcão e me entregando, tomei eles fitando a uma mesa repleta de coisas, da mais simples fruta ao mais elaborado bolo, parecia que um exército tomaria café conosco.
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Fifty Shades Of Green
FanfictionHarry um empresario, rico, famoso e misterioso. Harry esconde do mundo uma personalidade difícil e um passado difícil. Louis um estudante de economia, tímido e inocente. O caminho dos dois se cruza e Louis faz Harry descobrir o lado bom da vida.