Capítulo 23

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Pov. Harry

Eu senti meu corpo protestar por minhas ações naquele dia. Minha mente dava voltas, mas eu me sentia um adolescente indo contra as regras, eu me sentia vivo. Falar para minha mãe que Louis era meu namorado foi de ultima hora, eu disse apenas para saber sua reação a um filho gay. Eu sabia que teríamos uma longa conversa depois, ela e meu pai me intimaram a isso.

Contar a Louis uma parte minúscula da historia me fez sentir livre, como se um peso saísse de mim, ele havia tentado me confortar, mas acabou despertando em mim algo que pensei nunca ser capaz de sentir. Ele me fez ama-lo como ser humano naquele momento, ele me fez ama-lo por tentar me fazer bem, e eu precisava de uma confirmação para ter certeza de que o amava, não como amava minha família ou meus amigos, mas que eu o amava como homem.

Ele me olhava os olhos azuis transbordavam carinho, diferente do que eu imaginava, ele não parecia sentir pena de mim, ele apenas sentia-se mal por isso ter acontecido.

"Você é perfeito para mim" sua palavras contrastava com o que Max dissera completamente, elas me fizer sentir que era especial para alguém, para ele.

Senti uma de suas mãos subirem pelo meu braço fazendo com que meu corpo arrepiasse, eu sabia que ele queria explorar meu corpo, mas não conseguia relaxar totalmente, os traumas, as dores que já senti por permitir ser tocado me fazia temer. As pontas de seus dedos desenhavam uma linha reta pelo meu braço de modo suave. Ele permanecia me fitando intensamente, como se esperasse que a qualquer momento eu fosse afasta-lo.

A sua outra mão tocou meu pescoço deslizando seus dedos dali. Quando suas mãos se encontraram em meus ombros minha mente parou. Fechei os olhos me concentrando em seu toque. Senti ele circular uma cicatriz em meu ombro e logo senti seus lábios depositarem um beijo ali. Eu queria dizer que aquilo estava me matando por dentro, mas o carinho com que ele fazia aquilo, estava começando a me fazer relaxar. Senti ele circular outra um pouco abaixo daquela e descer seus lábios ali, a pele macia de seus lábios fazia com que eu sentisse um pouco de prazer com seu toque.

Ele se ergueu e tocou meu rosto com uma das mãos e abri os olhos fitando os orbes azuis, ele acariciou minha bochecha e desceu colando seus lábios aos meus. Deixei que me beijasse como bem entendesse. Ele me beijava com suavidade, sem presa, com carinho, como se quisesse ficar me beijando para sempre. Senti sua língua em meus lábios e cedi deixando que ele percorresse minha boca com lentidão.

Quando o ar se tornou necessário ele se afastou voltando a me encarar, senti sua mão sobre meu peito espalmada na área em que os pontos não estavam, ele colocou um dedo sobre os pontos e senti ele contornar o 'm' com suavidade e logo depois distribuiu beijos pela área.

Ele ergueu a cabeça e sorriu para mim, coloquei minhas mãos em seu quadril o apertando contra o meu. Ele arfou vendo o volume que havia ali. Logo depois voltou a distribuir beijos aleatoriamente pelo meu peito. Eu consegui relaxar e me deixar entregue a seus toques. Levei uma das minhas mãos a seus cabelos o puxando para mim, subi minha outra mãos por dentro da sua blusa e o puxei colando seu peito ao meu.

- Hazza sua mãe... ops desculpe - ouvimos a porta se abrir e Karina entrar sem bater, ela ficou com o rosto vermelho e desviou o olhar.

- O que você quer? - fui curto e grosso e ela revirou os olhos castanhos.

- Desculpa, eu vim te chamar, Liam, Zayn e Josh chegaram - avisou em um tom monótono e logo sorriu maliciosa - da próxima vez tranquem a porta, vai que é a Anne? Iriam traumatizar a velha.

Ela saiu rindo e vi Louis esconder o rosto na curva do meu pescoço. Ri fazendo Louis me olhar completamente vermelho.

- Isso foi tão... constrangedor - eu ri e segurei seu rosto beijando sua bochecha e me sentando com ele em meu colo.

Fifty Shades Of GreenOnde histórias criam vida. Descubra agora