Fifty Shades Of Green

Capítulo 12

Pov. Harry

Cristo, me levanto assim que minhas funções vitais retornam. Ando de um lado para o outro do escritório passando as mãos pelo cabelo. Virgem, intocado, era óbvio que não tinha muita experiência, mas virgem? Por que inferno ele não me contou?

Eu não conseguia acreditar que ele tinha conseguido ver o que viu e permanecer ali.

Parei próximo a ele e vi seus olhos azuis assustados e ao mesmo tempo arregalados, eu não conseguia entender.

- Nenhum homem ou ate mesmo mulher nunca lhe chamou atenção? - perguntei com o resto de voz que ainda me restava. - nunca se apaixonou por alguém?

- Bom já, mas nunca cheguei a esse ponto. Não me sinto seguro com essa parte - disse ficando vermelho. Passei as mãos pelos cabelos novamente e me sentei na beira da mesa, ainda encarando seus olhos.

- Você já beijou alguém pelo menos? - ele assentiu e senti um alivio. - Você poderia me explicar porque evitou o sexo então?

- Eu não sei, acho que foi por medo - ele abaixou os olhos fitando seus sapatos parei próximo a ele e ergui seu queixo com a ponta dos dedos o fazendo me encarar.

- Depois do que viu hoje deve ter mais medo ainda - ele deu uma risadinha. Que Deus me perdoe pelo que fiz esse garoto ver. Mas no momento meus pensamentos voltaram para outro lado da historia, se ele aceitasse o contrato, eu seria o primeiro homem a toca-lo de modo tão intimo, é essa ideia me agradava imensamente.

- Ficou bravo?

- Bravo não, mas surpreso um tanto - eu sabia que precisava desse garoto com ou sem contrato, algo me atraia para ele de um modo que eu não conseguia explicar, era algo além do desejo. - Porque não me contou esse detalhe tão... especial? - disse hesitante e ele revirou os olhos.

- Por que eu não saio por ai contando sobre minha vida pessoal para as pessoas - ele prendeu o lábio inferior entre os dentes e isso me fez suspirar. Se ele soubesse a vontade que isso me dava de beija-lo não o faria na minha frente ainda mais estando tão próximo.

- Não morda o lábio... por favor, isso me desconcentra - tentei manter a linha de raciocínio e apenas apertou mais os dentes no lábio, me levantei. Fodasse o contrato, uma exceção não fara diferença.

- Quer ir embora? - perguntei e ele franziu a testa com a mudança brusca de assunto.

- Não, quer que eu vá? - minha vontade era responder que por mim ele ficaria ali por um bom tempo, mas me controlei e me levantei lhe estendendo a mão.

- Não, tenho outra proposta para você - seu olhar se tornou de expectativa e eu mesmo me vi ansioso também.

- Tem algo haver com o contrato? - neguei com a cabeça e ele suspirou aliviado.

- Esqueça o contrato, essa noite iremos fazer diferente - sua feições ficaram confusas.

- Diferente como? - sua voz era carregada de curiosidade e seus olhos me analisavam atentos.

- Vou... - eu não sabia como dizer isso, então usei de palavras que apenas minha mãe falava - vou fazer amor com você.

- Oh - sua respiração falhou e ele estava incrédulo, sorri com suas feições confusas. - mas você não disse que só fode duro?

- Estou lhe dando a opção de transar comigo, como se não tivesse mostrado tudo o que te mostrei - ele sorriu de lado com o rosto completamente vermelho.

- Bom digamos que eu aceite, o que aconteceria? - ele falou e me aproximei e ele aceitou minha mão e o puxei colando seu corpo ao meu, ele arfou.

- Eu faria isso - colei meus lábios aos dele e ele passou os braços envoltos do meu pescoço correspondendo ao meu beijo de forma intensa.