Morbo: O começo_ Livro 4

Prólogo

(Washington DC; Data: 26/05/2023)

- Doutor Emmett Cypress?- Olhei para o presidente, Jeremy Gavin. Estar na casa branca era uma experiência completamente nova e diferente para mim, eu não tinha noção do "por que" eu havia sido chamado para aquele lugar pelo presidente dos EUA, e obviamente eu estava inquieto.
- Olá senhor presidente.- Eu disse estendendo a mão para um aperto de mãos, ele correspondeu.- É uma honra conhecê-lo.- Eu disse.
- Igualmente doutor Cypress, por favor acompanhe-me, precisamos tratar de um assunto em particular.- Ele disse, assenti e o segui até a sua sala.- O senhor sabe "por que" eu o chamei aqui?- Ele perguntou.
- Não, mas eu gostaria de saber.- Eu disse.
- Vou ser bem direto com você doutor Cypress, não sou um homem que gosta de enrolações; Chamei o senhor aqui por um projeto que eu achei que lhe interessaria muito.
- E do que esse projeto se trata exatamente?- Perguntei já curioso.
- Acho que o senhor não deve saber mas o meu irmão, Morris Gavin também era um cientista, infelizmente ele morreu há alguns anos atrás, e quando a esposa dele foi fazer uma faxina na casa que eles moravam e que ela continua morando, ela encontrou isto e não sabia o que era nem o que fazer, então acabou me entregando.- Ele colocou alguns papéis na mesa, eu olhei para ele e peguei os papéis um pouco receoso, começei a ler os papéis e concluí que eram fórmulas, talvez de algum remédio ou soro ou coisa parecida.
- Fórmulas?- Perguntei.
- Exato, pouco antes de morrer eu me lembro que meu irmão me falou sobre um projeto, o M18, nesse projeto ele trabalharia na produção de um soro, um soro que deixa as pessoas mais rápidas, mais fortes, e mais inteligentes, um soro que se mistura ao sangue, ele me disse ser extremamente sigiloso e na época eu não entendia muito bem essas coisas, então guardei segredo.
- Mas um soro assim seria revolucionário! Quantas pessoas iriam mudar de vida por causa disso?- Eu perguntei fascinado.
- É exatamente por isso que eu te chamei aqui, doutor Cypress, eu sei que o senhor tem uma das melhores equipes de cientistas e bioquímicos que esse país tem, tudo o que o senhor tem que fazer é produzir esse soro, o senhor ganha dinheiro, muito, só para ressaltar, além disso ajuda muitas pessoas, quantas pessoas não pagariam por versões melhoradas delas mesmas? Poderíamos mudar o mundo, fazer o inimaginável, só preciso que aceite a proposta, o seu nome vai estar em todos os jornais, em quanto tempo acha que consegue fazer o soro a partir da fórmula?- Ele perguntou, eu estava pensando, eu não queria o dinheiro, eu só queria ajudar a minha família e melhorar a vida das pessoas em todo o mundo, eu não queria ser lembrado, mas eu aceitaria, não por ganância, por necessidade.
- Aceito a sua proposta; Eu não sei quanto tempo podemos levar para produzir mas tenho uma equipe preparada e acho que não vamos demorar muito tempo para conseguir fazer esse soro.- Eu disse, ele deu um sorriso.
- Maravilha, muito obrigado pelo comparecimento senhor Cypress, espero que o M18 seja um grande sucesso.- Ele disse levantando as mãos para mais um aperto de mãos, eu correspondi sorrindo.
- Com certeza será.- Eu disse sorrindo.

(Nova York; Data: 27/05/2023)

- Adivinha quem chegou?!- Perguntei.
- Papai!- Minha filha, Hortensia veio em minha direção correndo e me abraçou, apenas sete anos de idade, tinha pele morena, cabelos cacheados e pretos e olhos azuis como os meus, era uma garotinha absolutamente doce e curiosa, logo minha esposa, Havanna apareceu no corredor da casa, ela tem a pele negra, os cabelos cacheados que Hortensia herdou e olhos castanhos, trabalhava como advogada e era das boas, para mim não havia mulher mais bonita do que ela no mundo.
- Emmett.- Ela sorriu.
- Sentiu saudades?- Perguntei.
- Chegou bem na hora que eu estava indo levar a Horty na escola.- Ela disse.
- Quer que eu leve ela?- Perguntei.
- Não precisa amor, como foi na Casa Branca?- Ela perguntou.
- Nada mal, o presidente me fez uma oferta, um projeto chamado M18, é realmente revolucionário para nós.
- Uau, tenho certeza que vai dar certo, eu te conheço, seja lá o que for você dá conta do recado.- Ela piscou com um dos olhos enquanto sorria.
- Obrigado pelo apoio, agora eu preciso descansar.- Eu disse.
- Ok, volto daqui a pouco, vamos Horty.- Ela disse.
- Tchau Havy, tchau Horty.- Eu disse.
- Tchau Em.- Havanna disse.
- Tchau papai.- Hortensia disse, as duas saíram, eu subi as escadas, eexausto por causa da viagem, porém ansioso por causa do projeto.
E é claro que eu só consegui pensar naquele projeto, seria fascinante ver pessoas melhorando suas vidas com um milagre desses descoberto.
Com certeza será um sucesso...