(Nova York; Data: 10/ 06/ 2023 - LCPC)
- Senhoras e senhores, o M18!- Comemorei após terminar o soro, ergui o frasco com o líquido verde escuro e todos os meus colegas bateram palmas e assobiaram, após uma semana colocando a fórmula de Morris em ação, conseguimos.
- Quando a imprensa vai ficar sabendo?- Dorian perguntou.
- Pode ligar para aquela jornalista, qual era o nome dela?- Paris perguntou.
- Nancy Howard.- Respondi.
- Vou ligar para ela agora.- Paris sorriu.
- Lembrem-se, ainda temos que fazer testes nos ratos e depois vamos precisar de um cobaia humano.- Eu disse.
- Com certeza temos voluntários desde já.- Dorian disse.
Concluir aquele soro para mim já era uma conquista, passei duas noites em claro de cara naquele projeto e consegui finalmente.
A única coisa que ainda preciso esperar para saber são os efeitos do soro no sangue e no sistema nervoso mas não acho que serão negativos.
Fui para minha casa satisfeito com o que produzi.
- Emmett?- Havy disse assim que abri a porta, ela apareceu e deu um suspiro eu caminhei até ela.
- Ainda bem que você chegou, eu acabei de voltar do trabalho e Hortensia está com dificuldade em um dever de casa de matemática e eu odeio...- Sorri e dei um beijo nela.
- E você odeia matemática?- Perguntei.
- É, eu odeio matemática.- Ela deu um sorrisinho.- Você parece mais feliz do que o normal sabia?- Ela levantou as sobrancelhas.
- Tenho boas notícias.- Anunciei.
- É mesmo?- Ela perguntou sorrindo.
- Terminei o soro.- Eu disse, o sorriso dela ficou maior e ela me abraçou com força.
- Sabia que ia conseguir!- Ela disse.- Parabéns Em!
- Obrigado, não só por me parabenizar mas por estar do meu lado.- Sorri.
- Sempre estarei ao seu lado Emmett, haja o que houver...(Manhattan; Data: 10/06/2023)
- Nel! Cadê meu estojo de maquiagem?- Perguntei enquanto arrumava minha mala vorazmente.
- Você deixou no meu banheiro quando Julie quis se maquiar.- Ela disse.
- Pode pegar para mim por favor?- Perguntei.
- Claro.- Ela disse e saiu do meu quarto, fiquei apressada porque o meu vôo para Nova York saía em pouco tempo e eu ainda precisava terminar de arrumar minhas malas, por sorte eu já estava pronta.
- Aqui.- Nelly voltou com meu estojo de maquiagem e o jogou em cima da minha cama.- Aliás, vai viajar a trabalho?- Ela perguntou.
- Sim, alguém no LCPC de Nova York me ligou e disse que o M18 está pronto e que só faltam fazer os testes, eu falei com meu chefe e ele quer que eu vá lá.- Expliquei.
- Espero que dê tudo certo Nan.
- Vai dar.- Sorri.
- Julie sentirá sua falta.- Ela disse.
- Eu sei.- Assenti, peguei meu estojo de maquiagem e o coloquei na minha bolsa.- Mas são só três dias, o que pode acontecer?- Dei de ombros em tom de deboche.
- Você é tão boba que tenho vontade de te jogar pela janela às vezes.- Ela disse.
- Quanto amor e compreensão não é Nel?- Ironizei.
- Não tire o foco da mala ou vai perder o vôo.- Ela riu, revirei os olhos mas logo sorri novamente.
- Tem razão, acho que vou precisar de algumas doses do soro se quiser ser menos desastrada.- Eu disse.
- Quem sabe um dia não é Nan?- Minha irmã sorriu.
- É...quem sabe um dia...(Texas; Data: 12/06/2023)
"-...E como se sente por ter terminado um projeto tão revolucionário como o M18 doutor Cypress?
- Depois do período de testes eu realmente espero que tudo dê certo, mas até agora a sensação é muito forte, é um misto de êxtase e confiança.
- Quando acha que as pessoas vão poder usufruir da sua criação doutor Cypress.
- Possivelmente em menos de um mês, o período de testes não é a pior parte, já passamos dela então acho que as próximas etapas serão bem mais tranquilas.
- Muito obrigada pelas informações doutor Cypress, Nancy Howard para o Diário de Manhattan."- Foi tão rápido.- Minha mãe disse.
- Foi...não gosto disso é...alguma coisa me diz que esse projeto não é o que as pessoas pretendem que seja.- Eu disse.
- Assistir filmes de terror está te deixando paranóica Kimberly.- Minha mãe zombou.
- É sério mãe, porque sempre que eu digo algo assim a senhora tem que dizer que sou paranóica ou louca ou que tenho qualquer distúrbio relacionado a mente humana?- Perguntei.
- É a mais pura verdade, sabe que não existem fantasmas, espíritos, monstros ou coisas do tipo mas insiste em acreditar.- Minha mãe disse.
- Eu sei lá mãe...só que algo me diz que isso não vai correr bem.- Eu disse.
- Eu falo sério Kimberly, vou te proibir de assistir filmes de terror.- Ela disse, bufei e mudei de canal.
- Lydia, pega leve com a Kim.- Meu pai disse.
- Você é muito maleável sabia Rey?- Ela perguntou.
- Sei disso, e acho que é a razão pela qual casou comigo.- Ele sorriu.
- Ora seu...- Minha mãe ficou sem jeito, eu apenas sorri, se tem alguma coisa que me faz acreditar que ainda há amor no mundo são os meus pais.
- Kim?- Garry apareceu na sala.
- O que foi?- Perguntei.
- Quero passear com você.- Ele disse.
- Agora?- Perguntei, eu tive tanta preguiça no momento.
- É, você não tá fazendo nada mesmo.- Ele disse, eu odiava a franqueza de Garrett certas vezes, revirei os olhos.
- Vamos logo, antes que anoiteça...
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Morbo: O começo_ Livro 4
FantascienzaEu acredito em destino. Acredito em muitas coisas, para ser sincera; mas não há nada mais relevante do que: "Tudo tem um começo, um meio e um fim". Por três vezes a mesma epidemia mundial da mesma doença castigou a humanidade, a contaminação era ráp...