Capítulo 3 - Quando as luzes se apagam...

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Uma troca de luzes azul-vermelha iluminou as paredes da sala seguida de uma breve sirene. "Problemas", imaginou Bruce. Três policiais desceram do carro, estacionado em frente à casa dos Thomson's, e caminharam junto de John Thomson até a porta de entrada da casa. Ao lado de Brenda, sua namorada, e Bale, seu melhor amigo, Bruce aguardava a chegada dos policiais.

- Boa noite, meu jovem! – disse o xerife, que usava um chapéu de escoteiro cinza.

- Boa noite, chefe! – respondeu Bruce.

- Acho que já sabe porque estamos aqui e espero que facilite a nossa conversa – começou o xerife.

- Já sei, sim – respondeu Bruce olhando diretamente para John - Meu caro delegado – continuou voltando à olhar para o xerife – hoje é halloween, estão todos comemorando nas ruas e nós, jovens adultos, estamos curtindo esta noite do nosso jeito. Apenas queremos nos divertir.

- Divertir com drogas, bebidas, brigas e sexo. Essa é a diversão deles, xerife – desabafou John entrando na conversa.

- O que acontece aqui é dentro da minha casa – retrucou Bruce contra John – Não estamos roubando, nem matando, nem destruindo nada, estamos apenas fazendo uma comemoração entre amigos. Por que o senhor, ao invés de ficar procurando problemas na vida dos outros, não vai foder a sua esposa?

- Escute aqui, ser merda... – vociferou John indo para cima de Bruce.

Bruce odiava John desde crianças por motivos alheios. Sempre desejou socar a cara daquele sério homem. Quando John movimentou-se de encontro com ele, Bruce aproveitou a chance tão desejada, mas Bale e o policial mais jovem interviram segurando os dois.

- Acalmem-se ou vai os dois curtir o halloween no caldeirão quadrado – proferiu o xerife – Estamos aqui para criar um acordo entre vizinhos e não os colocar em um ringue de luta.

- Me desculpe, xerife Albert – desculpou-se John – mas este rapaz ofendeu minha família.

- Eu sei o que ele disse, John, mas quem resolve as coisas aqui sou eu. Posso ver daqui o que estes jovens estão fazendo na festa – disse xerife Albert apontando dois rapazes usando drogas assistindo um filme pornô na televisão da sala – Assim, como posso ver como esta festa não afeta ninguém quando todos estão comemorando na rua – apontou para rua, desta vez, onde crianças e pessoas fantasiadas perambulavam.

- Eles estavam brigando mais cedo, xerife – disse John.

- O que você espera de uma festa de jovens, John? – indagou o xerife – Não quero terminar com a festa destes jovens, exceto com as drogas, e também não quero que sua família seja irritada mais vezes por esta festa...

- Por favor, xerife – interrompeu Bruce.

- Deixe-me terminar, jovem Summer – pediu Albert – A festa vai continuar - Bale e Brenda comemoraram com Bruce – Mas, vou enviar um aviso à seus pais, que devem estar viajando, sobre a sua festinha com drogas...

- Não, não, por favor, não faça isso – implorou Bruce.

- Sinto muito, mas Christopher e Laura precisam saber o que seu filho mais velho está fazendo quando não estão em casa. Além do mais, aquelas drogas ali serão apreendidas e a minha colega de trabalho, Suzanne – disse Albert mostrando uma policial que estava atrás dele – vai acompanha-los até o fim da festa para evitar novos problemas.

- Tá de brincadeira, não é – ponderou-se Bale.

- Não mesmo, Sr Johnson – respondeu Albert – É melhor se comportarem, ou mais coisas serão apreendidas esta noite. Espero que tenham entendido o recado – terminou Albert retornando-se para o outro policial, mais jovem – Confisque aquelas drogas lá, Daniel.

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