Epílogo

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Blackpool, Inglaterra


Os pneus derraparam-se sobre o pedregulho e o carro freou a beira de uma encosta. Rey abriu a porta e caminhou para a orla carregando uma maleta. Pegou seu celular e aguardou na chamada.

- Está pronto – falou Rey sério, mantendo-se atento a rodovia que estava deserta – O helicóptero sairá na manhã deste sábado ás oito horas no heliporto de Handsworth.

"Está com o pacote? ", perguntou uma voz feminina na ligação.

- O patógeno, o agente mutante e a pasta de arquivos do H1Z7.

"E a cura? Está com ela? ".

- Isto é restrito por segurança. Mas garanto que a GNOS terá acesso a ela em breve, por minhas mãos.

"Certo! Tem alguma encomenda para esta semana? ".

- O paciente zero. Preciso da localização dele.

"Achei que estivesse com ele em seu laboratório em Ohio".

- Estou falando do paciente vivo. Aquele que resistiu ao vírus, o único humano imune.

"Ele está na América do Sul".

- Onde?

"Isso é restrito por segurança".

- Droga. Preciso sair da Inglaterra, acho que tem alguém me seguindo. Encomendem um novo laboratório para mim no Japão, pode ser na cidade mais pequena, mas preciso ficar escondido.

" Você terá seu novo laboratório, assim que recebermos a maleta que está em suas mãos".

- Como sabe que estou segurando a maleta?

" Estou te vendo em uma orla a quinze quilômetros de Blackpool".

- Quem está na linha?

Rey sentiu uma dor aguda em sua perna após um disparo e caiu sobre o chão apedregulhado. Pegou sua maleta, se levantou com dificuldades e tentou chegar ao carro, mas recebeu uma coronhada no rosto e caiu novamente no chão. Mesmo com a vista turva, reconheceu a pessoa que estava a sua frente.

- Daisy? Mas... mas...

- Mas achou que eu estava morta? – indagou Daisy sarcástica apontando o revólver para Rey – Fique calmo Rey, que não sou nenhum daqueles mortos-vivos que nós criamos. Deveria ter atirado em minha cabeça se me quisesse morta.

- O que está fazendo aqui?

- Estou atrás de respostas, tentando compreender tudo que aconteceu nestas últimas 72 horas. O vírus foi concluído, o experimento deu certo e você resolveu apagar os outros dois responsáveis pela criação do patógeno. A costa oeste dos Estados Unidos está extinta, a costa oeste em caos, o mundo em conflito. Parabéns seu desgraçado, você é muito competente. O que será que Thanos achou de tudo isso? Você deve ganhar um quadro de destaque do funcionário do mês.

- Posso te explicar tudo que está acontecendo, mas precisa ter calma...

- Não quero explicações sua, quero apenas a sua maleta. Já sei a localização do paciente zero, a sociedade secreta de GNOS, as cabeças responsáveis pelo projeto. O que tem em sua maleta é a última peça para o quebra-cabeça de Genesis.

- Por favor, Daisy. Fui uma vítima como você...

- Não, Rey. Você nunca foi uma vítima. Foi esperto, sabia de tudo. Quando comecei a trabalhar com você, me disse que este vírus seria uma evolução na ciência para reanimar pessoas que foram mortos injustamente, mas olha o que isto tornou. Disse que isto era o futuro... o futuro de quem? Vocês iniciaram o apocalipse. Rey, milhões de pessoas inocentes estão morrendo na América do Norte. Você tem noção disso? Você e todos aqueles malucos da GNOS são assassinos e deverão pagar por isso.

- Daisy, não...

- Entre no porta-las de seu carro.

- O que?

- Entre, agora – retrucou Daisy agarrando o braço de Rey para que se levantasse – Vamos, rápido!

- O que vai fazer comigo? – perguntou Rey preocupado entrando no carro.

- Vou te levar para conhecer a biodiversidade marinha – respondeu Daisy fechando o porta-malas.

- Daisy! Daisy! Por favor, Daisy!

- Vai para o inferno, seu maluco!

Revoltada, Daisy soltou o freio do carro e se esforçou para empurrar o veículo para o precipício. A cientista que já foi uma jovem doce, hoje era uma mulher pronta para encarar o mundo. Sem nenhum receio, Daisy deixou que o carro despencasse no abismo e afundasse no mar com Rey vivo preso no porta-malas.

- Derek, está aí? – perguntou Daisy em seu celular.

"Estou, Daisy. Conseguiu a maleta? ", perguntou o rapaz na ligação.

- Está comigo. Convoque a equipe. Vamos derrubara GNOS – terminou Daisy desligando seu celular - Bem vindos ao Zombie World!



*** Notas do autor***

Fala sobreviventes! Tudo bem?

Caso não tenham entendido este epílogo com esses personagens, recomendo que releiam o prólogo. Este é uma continuação direta do prólogo e, portanto, não tem uma conexão - ainda - com a história original.



Zombie World - A Origem (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora