Capítulo 29 - Golden Gate

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As viaturas saíam pela porta da garagem e se divergiam nas diferentes esquinas por onde passavam, dirigindo-se, cada policial, para uma determinada região da cidade. A cidade ainda estava escura, mas os primeiros raios do sol apontavam no horizonte.

Parados em frente a um grande prédio laranja de vidros pretos, John, Albert e Rachel utilizavam um mapa da cidade aberto sobre a frente da viatura e planejavam a retomada da cidade, expurgando os mortos e salvando os vivos. Albert estava bastante sério e tenso, ao contrário de Rachel que parecia mais confiante. John mantinha suas expressões de preocupação em seu rosto, e estava consternado com a recente morte de Francesca.

- Acha mesmo que o comandante do exército vai permitir a evacuação? – indagou John com o dedo indicador sobre a Ponte Golden Gate.

- Talvez, mas preciso tentar – respondeu Albert incerto de seus planos – Com a morte do prefeito e o desaparecimento do ex-prefeito e do delegado, sou o responsável pela proteção da cidade.

- E se ele não permitir?

- Não existem escolhas para nós. Será paz... ou guerra.

- Tem mais alguma coisa que precisa que eu faça, xerife? – perguntou Rachel.

- Sim, Rachel. Vá até a minha casa, por favor, e caso minha filha esteja lá, traga-a com seu namorado até a ponte Golden Gate. Nos encontraremos lá.

- Ok, xerife – assentiu Rachel – Até daqui a pouco.

Rachel retornou a sua viatura, e dirigiu-se para a casa de Albert, conforme ele havia pedido. John e Albert continuaram conversando em frente ao hotel, antes de se separarem para seus diferentes rumos.

- Vai ao hospital? – perguntou Albert.

- Não, preciso retornar para casa, minha mãe e minha filha estão lá e... bem, não sei como Abbie e Oliver estão, mas acredito que estão bem.

- E quanto ao seu ferimento na cabeça? Tem certeza que não precisa ir ao hospital?

- Sobrevivi até agora, passei pelo pior. Não tenho mais que preocupar com isso.

- Certo. Quando chegar a sua casa, peça para que Suzanne procure por Daniel e continuem em Laurel Heights. Se tudo terminar bem, em poucas horas estarei os informando para que saiam da cidade.

- Então, até mais tarde, xerife – despediu-se John apertando a mão de Albert – Boa sorte na Ponte Golden Gate.

- Até mais tarde, meu amigo. E que a sorte esteja sempre do nosso lado.


***


- Meu mercado não tem seguro – falou Dogson preocupado – Como vai pagar pelo prejuízo?

- Eu matei vários zumbis com apenas um tiro e você está preocupado com seu mercado, senhor Dogson? – indagou Ann irritada com a cobrança – Não fui eu que ressuscitei os mortos e, portanto, não serei eu que pagarei pelo seu mercado.

- Mas como sobreviverei sem meu mercado? A minha vida se resume nele.

- Não foi o único que perdeu algo nesta noite, senhor Dogson. E não se consterne, porque ainda está vivo e somente os vivos podem matar os mortos.

- Matar os mortos – repetiu Bobby rindo – Não é estranho o que está acontecendo? Os mortos se levantam e nós precisamos mata-los... matar algo que já está morto. É a mesma coisa que dizer que os que não foram estão voltando.

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