Capítulo 31 - O sonho de Madison

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Nunca em um jogo de beisebol no estádio AT&T Park houve um tumulto daquela proporção que se acumulava na entrada. As ruas que davam acesso ao estádio estavam interditadas para a segurança dos sobreviventes que desembarcavam dos ônibus e entravam no estádio. Com todo o barulho e movimentação, centenas de zumbis se dirigiam para o local, vorazes por carnificina, mas eram barrados pelas cercas improvisadas de contêineres.

- Vamos! Vamos! – incentivava o xerife Albert para as pessoas descessem rapidamente dos ônibus e entrassem no estádio.

- Xerife – chamou Dan correndo até ele – Recebi um chamado de rádio da Suzanne.

- Suzanne? E como ela está?

- Deve estar bem, eu espero, mas ela me disse que está na casa dos Thomson em Laurel Heights.

- E o que mais ela disse?

- Que os únicos sobreviventes do bairro estão também na casa, incluindo sua filha com o namorado.

- Alice? Oh, meu Deus, minha filha está bem. Mas e o resgate em Laurel Heights?

- Nós tínhamos enviado um ônibus mais cedo, mas encontramos apenas três famílias em casa. O restante do bairro estava vazio.

- Mas precisamos resgata-los.

- Temos apenas três horas até a evacuação. Com o caos do centro, não teremos tempo.

- Eu vou resgata-los. Encontre a Rachel e peça a ela que me prepare um ônibus. Envie uma mensagem a Suzanne lhe informando que irei resgata-los. Enquanto eu estiver fora, você ficará no controle. Cuide das barreiras, das filas para entrar no estádio, das pessoas que aguardam o resgate. Se eu não chegar até o meio-dia, não me esperem.

- Não irei deixa-lo, xerife.

- Poupe-me de seu afeto, Dan. Prometa-me que salvará estas pessoas enquanto eu não estiver aqui?

- Eu prometo.

- Ótimo. Agora encontre a Rachel e avise a Suzanne.


***


Alice caminhava desinquieta pela sala da casa dos Thomson. Suzanne não tinha conseguido contatar seu pai, mas comunicou-se com outro policial que falou sobre a futura evacuação na cidade. Segundo a policial, Albert estava bem, mas bastante ocupado em monitorar a chegada dos sobreviventes ao estádio.

Diferente de sua namorada, Junior estava mais relaxado e já parecia mais social com as demais pessoas na casa. Havia preparado um café com a ajuda de Zoe, e estava distribuindo para todos.

Sentada no sofá, Lucy continuava recuada e entristecida com a morte de seus avós, e só conseguia pensar em descobrir os culpados e vingar. Ao seu lado, Nick conversava com Bruce e Bobby contando tudo o que passou naquela noite. Com as horas se passando e seu corpo esfriando, Nick sentia dores ainda mais fortes nas costelas e em seu braço esquerdo. Seu nariz estava inchado e haviam várias manchas roxas em todo o seu corpo.

- Deveria tirar este parafuso de sua perna – comentou Ann olhando para Kitty que caminhava com dificuldades – Quanto mais tempo demorar, pior ficará.

- Eu sei – respondeu Kitty se esforçando para esconder suas expressões de dores – Ainda estou com medo.

- Olha quantas pessoas tem aqui. Podemos ajuda-la!

- Agradeço pela preocupação, mas não estou pronta.

- Está mais do que pronta, minha filha – falou Zoe cruzando a sala para chegar até sua filha – Ela tem razão, você precisa retirar este parafuso antes que piore. Não sei para onde vamos, nem o que faremos hoje, mas precisa estar pronta para tudo. Acha que conseguirá correr assim?

Zombie World - A Origem (Livro 1)Onde histórias criam vida. Descubra agora