Capítulo 4 - O Baile da Morte

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John e xerife Albert caminharam pela calçada com a pouca iluminação que a decoração de halloween da rua permitia. Tentavam acalmar as crianças que gritavam pelos pais.

- Fiquem juntos e vão até a casa da Senhora Dawn – pediu Albert para um grupo de crianças – Falem para ela que pedi, para vocês, ficarem lá até a energia voltar. Ela vai ajuda-los.

As crianças obedeceram ao xerife e foram juntas, cautelosamente, até a uma casa azul do outro lado da rua.

- Preciso encontrar a minha filha – disse John, preocupado – Ela deve estar nervosa.

- Ela deve estar bem.

- Queria pensar assim.

Uma explosão iluminou a rua. Uma casa, na esquina, havia explodido e suas chamas alcançavam mais de trinta metros de altura.

- Mas o que foi isso? – perguntava Albert correndo em direção à casa.

John seguiu o xerife e correram até a casa. O calor forte, a fumaça e as altas chamas impediam de se aproximar muito. Vários curiosos chegaram até a casa, aumentando ainda mais o trabalho de Albert.

- Recuem, por favor! – ordenou Albert aos vizinhos – Não se aproximem, por favor! Não queremos mais vítimas.

- É a casa dos Gillards – comentou John – Eles estavam em casa.

- Ligue para o corpo de bombeiros, John – pediu Albert – E peça um atendimento médico de urgência, também.

- Pode deixar.

John pegou seu celular e discou o telefone do corpo de bombeiros primeiro.

- Xerife – chamou Suzanne, chegando até ele – O que está acontecendo?

- Não sei, policial Suzanne. Parece que o halloween está sendo levado à sério demais.

- Albert – chamou John – Não há ambulâncias, nem caminhões de bombeiros disponíveis no momento.

- Do que você está falando?

- Estão todos ocupados. Em menos de 15 minutos, houve mais de duzentos acidentes pela cidade. A cidade está no caos.

- Ah, meu Deus! – suplicou o xerife – Tudo bem! Vamos nos colaborar. Preciso que todos aqui – disse alto para todos vizinhos – mantenham a calma e busquem água em suas casas para tentarmos controlar o incêndio. Não vai ser fácil, mas precisamos tentar.

Para a surpresa de Albert, todos se acalmaram e se organizaram para buscar água. Ele sabia que não seria fácil controlar os curiosos e que o pânico sempre piora a situação, mas hoje, neste difícil momento, todos colaboraram.

- Abbie – gritou John ao vê-la correndo pela rua.

- John – respondeu Abbie vindo ao seu encontro – Graças a Deus, te encontrei. Não consigo achar a Madison.

- Ela deve estar bem – disse John tentando se acalmar – Eu espero.

- John, duas pessoas foram encontradas com a barriga aberta. Como consegue pensar assim?

- Onde isso? – perguntou Albert entrando na conversa.

- No quarteirão ao lado, em frente ao mercado do Dogder.

- Brincadeira – ponderou-se Albert – Parece que a bruxa está solta hoje.

- O que vai fazer primeiro? – perguntou John.

- Cuidem do incêndio para mim, por favor. Eu vou lá verificar os corpos. Suzanne, mande um chamado para Daniel e peça a ele que faça uma ronda por todo o bairro. Algo me diz que mais problemas estão por vir.

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