O alarme não parava de tocar. O barulho agudo reverberava das portas quebradas da farmácia para a rua, servindo como um localizador GPS para as dezenas de zumbis que vagavam pela rua.
A viatura havia quebrado as portas de vidros e batido em três, ou quatro, prateleiras de medicamentos. Albert ergueu sua cabeça, que estava encostada no volante, e passou a mão no rosto para limpar o sangue que escorria de seu nariz. Ao seu lado, John estava desacordado.
- John – cutucou Albert preocupado – John, acorda.
Como se estivesse acordado de um pesadelo, John se debateu contra a porta apavorado. Albert segurou seu braço, tentando acalmá-lo.
- Ainda estamos na farmácia? – perguntou John se lembrando do acidente, após se controlar.
- Sim – confirmou Albert – Ainda estamos.
No banco de trás, Francesca soltou um gemido de dor ao endireitar seu corpo. Sua blusa azul estava cheia de cacos de vidros e sua perna, que havia quebrado na queda do helicóptero, tinha retorcido. Mas a dor no osso quebrado foi suficiente para amenizar as dores do novo local fraturado, já que sua perna havia adormecido.
- Tudo bem com você, Francesca? – perguntou Albert olhando para ela através do retrovisor.
- Tirando que fraturei minha perna outra vez, tudo bem – respondeu Francesca, com seu sotaque espanhol, tentando ser irônica.
- Mas acho que está para piorar – comentou Albert vendo, pelo retrovisor, os primeiros zumbis se aproximando da porta.
Curioso, John olhou para trás e viu o mesmo que Albert. Apressado, tentou abrir a porta, mas estava emperrada em virtude de uma prateleira de sabonetes que caiu. Assim como John, Albert também tentou abrir sua porta, mas não havia espaço para ser aberta, pois o carro estava parado ao lado do balcão do caixa.
- Merda – murmurou Albert estressado.
Barulhos de cacos de vidros sendo pisoteados os alertavam da chegada dos zumbis. Sem perder tempo, Albert chutou o vidro da frente da viatura. Para sua sorte, esta viatura era uma das mais antigas do departamento policial e, portanto, não possuía vidros à prova de balas. Com um segundo chute, o vidro se estilhaçou, abrindo caminho para a fuga deles.
Enquanto John ajudava Francesca passar para o banco da frente, Albert se deslizou para fora do carro. Em frente ao capô do carro, aguardou a cautelosa saída de Francesca. Albert segurou seus braços e terminou de ajudá-la a sair, e John pegou uma lanterna para o caminho. Juntos, os três se viram cercados dentro da pequena farmácia.
Mais zumbis foram chegando e se acumulando atrás das prateleiras caídas, tentado pulá-las para chegar às três caças. Mais lentos que os que os outros que atacaram na Geary Boulevard, os zumbis foram ponderados pelo xerife.
- Estes são mais lentos – avisou Albert – Isso nos dá mais tempo para fugir.
- Mas não tem como passarmos por eles – alertou John – São muitos.
- Eu sei. Normalmente, os centros comerciais possuem uma porta nos fundos. Se esta farmácia possuir, poderemos sair por lá.
- E para onde iremos sem carro?
- Para a delegacia. Estamos perto dela, talvez quatro quarteirões, e assim, teremos mais oportunidades de nos defender. Consegue correr, Francesca?
- Acho que sim.
- Ótimo, venham comigo – encerrou Albert chamando John e Francesca para os fundos do estabelecimento.
Albert seguiu na frente, com a lanterna e o revólver, e John o acompanhou ajudando Francesca a caminhar. Albert encostou sua cabeça em uma porta no fundo do pequeno corredor, a fim de conseguir ouvir qualquer barulho dentro do cômodo, mas como estava silencioso, abriu a porta mantendo-se atento a qualquer ataque. Os fachos de luz de sua lanterna mostraram um pequeno cômodo com prateleiras de medicamentos. Ao lado da maior prateleira, no canto esquerdo, havia um resistor de energia.
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Zombie World - A Origem (Livro 1)
Horror"Zombie World - A Origem" ganhará uma versão estendida a partir do halloween desse ano (2023). Mais novidades em breve. Um vírus que resulta em um apocalipse zumbi. Um grupo de sobreviventes que se unem para lutar contra esta ameaça. E um exército q...