Cap. 9 - Coisas novas

122 20 0
                                    

(Michele na mídia acima)

Lucas saiu me puxando pelo campo, depois fomos por um caminho entre as árvores (detalhe: todo o chão aqui é gramado, menos detro dos recintos), até uma clareira grande onde se localizavam quatro prédios grandes. Dois na esquerda e dois na direita. Eram bem mais modernos do que eu imaginei.

- Então, os prédios da direita são os dormitórios femininos e os da esquerda os masculinos. Os prédios maiores são os dormitórios intermediários, e os menores são os dos oficiais. - Lucas explicou.

- Então eu fico no prédio maior à esquerda?

- Exatamente... Quarto 303 se eu não me engano.

- Decorou o número do meu quarto?

- Ah... e-estava na minha prancheta de monitor. Falando nisso, meninos são proibidos nos prédios femininos intermediários e vice versa.

- Okay.

Caminhávamos calmamente pelo perímetro. Algumas pessoas me olhavam com curiosidade, outras olhavam para mim e Lucas com curiosidade. Mas até que o povo daqui é simpático.

- Oi Luquinhas. Oi... pessoa. - uma menina loira com asas azuis claras cumprimentou, com alguns rapazes atrás.

- Angie Stanford, prazer. - disse, cumprimentando-os.

- Prazer, eu sou Michele. Esses são David, Breno e Victor. - ela disse, apontando os meninos.

- Prazer. - eles disseram.

Podemos dizer que o Refúgio não estava nada mal no quesito beleza masculina. Só tem menino bonito gente! Que isso! Não me julguem, entendam. Sou menina, normal reparar de leve nos boys a parte.

- Oque vocês estão fazendo? - perguntou Victor, parecendo entediado.

- Ah, Lucas é meu monitor. Acabei de chegar no Refúgio. - respondi.

- Sério? Ai Lucas, seu sortudo! Amo ser monitora, mas quase nunca sou escolhida. - Michele disse.

- Podemos mostrar o Refúgio para ela todos juntos se quiserem. - Lucas respondeu.

- Eu que... - os meninos taparam a boca de Michele antes que terminasse de responder.

- Claro que não, é seu trabalho mostrar o Refúgio para a... Angie.

Eles se entreolhavam com sorrisos bobos no rosto. Conhecia esse olhar: o mesmo que eu fazia quando minhas amigas estavam falando com algum boy bonito. Entendi. Ai meu Pai, mereço.

- Mas eu preciso de uma menina para me mostrar o dormitório depois. Michele, você poderia?

- Claro!

- Então, já que não vão me ajudar, vamos que ainda temos muito para ver.

Nos despedimos dos meninos e de Michele e seguimos com o nosso tour.

[...]

Passamos pela praia (que era linda por sinal), pelo refeitório, pela clareira de festas, pelos campos de combate e pela escola.
Não pudemos ir nas ilhas porque precisávamos reservar um barco, mas Lucas disse que me levaria lá depois.

Ele disse que continuaríamos amanhã, parecia bem animado em me mostrar tudo. No momento, víamos o sol se pôr sentados na praia.

- Já sente falta de casa? - perguntou-me.

- Sinto. Muita. Do meu pai, meus amigos, acho que até da implicância da Malu já estou com saudades.- disse, rindo - Mas até que gosto de coisas novas.

Finalmente LivreOnde histórias criam vida. Descubra agora