Capítulo 10

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Oi, amorzinhos. Tudo bem com vocês? Espero que sim. Bom, pessoal, obrigada pelo carinho e incentivo. Vocês são demais ♡ Preparem o coração shuahsua :3

   Clarke.

Quando entrei na sala Raven me encheu de perguntas. Queria saber onde eu estava, por que eu havia demorado, com quem eu estava, por que eu estava com hálito de café, por que eu estava com um sorrisinho todo bobo estampado de orelha a orelha.

– Para que tantas perguntas? – tentava fugir – E VOCÊ, ONDE ESTAVA?

– Ah, venha cá. Quero que conheça meu mais novo amigo Monty. Ele é bem nerdzinho e muito fofo. Ela me arrastava até o garoto que sorria. Ele realmente era bem bonitinho. Seus olhos sumiam quando ria.

– Prazer, Clarke Griffin – apertei sua mão exibindo um sorriso.

– Oi, Clarke. Meu nome é Monty, acho que Raven já lhe falou sobre isso – disse, virando seu olhar de mim para Raven.

Nos sentamos e conversamos bastante. Ele realmente era muito inteligente. Descobrimos que seu melhor amigo se chamava Jasper. Tadinho, ele não fora hoje porque havia pegado uma gripe daquelas por conta da chuva de ontem.

Conhecemos os professores e nos apresentamos. As aulas até agora estavam bem interessantes e os professores eram os melhores.

Tomava nota de tudo que nos falavam. Qualquer coisa era motivo pra escrever. Eu desenvolvera esse hábito no ensino fundamental. Raven vivia se lamentando por minha letra ser linda, dizia que nem a minha mãe que era médica tinha a letra tão esquisita quanto a dela.

Após as aulas guardei meu material, satisfeita por terem sido tão mais interessantes do que imaginei.

Raven estava super animada conversando com Monty. Parecia que eu nem estava lá.

– Claro que vamos, Monty – confirmava algo olhando para mim.

– O que, Raven? – perguntei, confusa.

– Monty perguntou se queremos ir tomar um café ou comer outra coisa num lugar aqui perto da Instituição.

Lembrei-me do sanduíche que Bellamy havia feito eu experimentar. Pensei em sugerir, mas Raven certamente iria querer saber como eu sabia disso e cairia para cima de mim, enchendo-me de perguntas novamente.

– Ah, claro. Vamos sim, Monty – confirmei.

[...]

Fomos a pé mesmo, era bem próximo. Um lugar bem aconchegante. O clima ainda estava bem frio. Havia colocado luvas e Raven fizera o mesmo.

Nos sentamos em uma mesa próxima a uma janela. Fizemos os pedidos que logo chegaram. Pedimos chocolate quente e alguns biscoitos com recheio de baunilha.

Conversamos sobre muitas coisas.

– Putz – reclamei.

– O que foi? – Raven me olhava, rindo logo em seguida.

Eu era a pessoa mais desastrada do mundo. Sorria sem jeito ao ver que Monty já havia notado a mancha de chocolate no meu casaco.

– Eu vou ali rapidinho dá um jeito nisso. Me esperem – saí.

Fui até o balcão, uma moça muito simpática me atendera, pedi um guardanapo e perguntei onde era o banheiro. Me informou e segui para o mesmo.

Andava com a cabeça abaixada, tentando fazer com que a mancha sumisse.

Esbarrei em alguém, um braço forte tocara em meu braço fazendo com que eu me equilibrasse e não caísse. Levantei a cabeça para pedir desculpas e agradecer e logo um semblante mais sério tomara conta de mim.

Estava paralisada. Bellamy Blake estava com uma menina, muito bonita por sinal. Ela sorria com um batom de um tom rosa bem fraco, era branca e também estava agasalhada.

Bellamy sorriu sem graça ao ver que era eu. Tentava captar em meu rosto algo que lhe dissesse como eu estava.

Finalmente me "recuperei". Abri a boca para dizer algo que demorou para sair.

– Desculpa – abaixei a cabeça e fui ao banheiro.

Sentia o olhar de Bellamy me acompanhando. A mancha que estava em meu casaco já não era tão preocupante. Bellamy estava lá em uma das mesas com sua "companhia" provavelmente tomando chocolate quente.

Tentei me concentrar na mancha que cismava em complicar minha vida. Consegui fazer com que ela saísse um pouco, mas não totalmente.

Olhei-me no espelho, imaginando com que cara olharia Bellamy.

Passei as mãos em meus longos cabelos, tentando arrumá-los. Respirei fundo antes de abrir a porta do banheiro. Tomei coragem e girei a maçaneta. Abri a porta lentamente e dei de cara com Bellamy que invadiu o banheiro e me empurrou para dentro.

Me encarava de um jeito absurdamente encantador.

– Bellamy? O que foi, ficou maluco? Se te pegarem aqui irão te expulsar – minha voz saía como um jato de tão nervosa que estava.

– Eu sei disso. É que preciso falar com você. Aquela menina, ela... Er...

– Você não me deve explicações, Bellamy – o interrompi.

Ele estava calado. O pegava olhando ora para minha boca, ora para os meus olhos. Não sabia o que dizer. Ele havia ido até ali para me falar algo que não me interessava.


Ele se aproximou, exibindo um sorriso meio reprimido. Permiti que chegasse tão perto. Com uma mão ele afastara uma mecha do meu cabelo que caíra para frente. Estremeci ao tê-lo tão perto. Senti sua outra mão em minha cintura.

A essa altura eu já estava mais que nervosa. Não sabia o que era esse sentimento. Eu sentia desejo, mas ao mesmo tempo um muro que parecia conter vários fios elétricos erguia-se sobre nós. Passávamos um ao outro uma energia incrível.

Eu podia ficar horas e horas somente desse jeito. Sentia um choque bom a cada toque seu.

Olhei-o, me aprofundando em seus olhos castanhos. Podia ver o quanto ele me queria. Via um brilho diferente em seu rosto. Senti suas mãos em minha cintura e... Meu Deus, o que era isso?!

Sorri, exibindo um sorriso um tanto tímido. Era só eu e Bellamy, tomei coragem e pus minhas mãos em seu abdômen. Inclinei-me para frente e pousei minha cabeça sobre seu peito ciente de que não podia passar disso, ele estava com uma garota que estava esperando-o e provavelmente era sua namorada. Senti seus braços me cercarem em um abraço que me fizera fechar os olhos desfrutando cada momento.

Sentia sua respiração calma sobre a minha cabeça. Poderia viver naquele abraço sem me importar com o mundo lá fora.

Ele tinha um cheiro que só aumentava a minha vontade de não soltá-lo. Perguntei-me se seu cheiro ficaria em meu casaco.

Fechei os olhos novamente. Tentando lutar contra a vontade de permanecer em seu abraço.

Era tudo muito complicado. Não sabia o que se passava dentro de mim. Um sentimento novo, algo diferente, que ia além das simples borboletas batendo as asas na parede do meu estômago. Acho que era a melhor sensação do mundo.

Stay Forever  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora