Clarke.
Nos fizeram dar as mãos, segurei a mão fria de Raven e a mão de Jasper, fizemos mais um tour pela universidade cantando a famosa musiquinha.
"Sou calourinho inho, inho, sou burrinho inho inho."
– Então, pessoal. Acaba aqui o nosso trote, espero que tenham gostado – Bellamy me olhava com um risinho reprimido – como em todo trote tem que ter o Juramento, com vocês não será diferente. Repitam junto comigo:
"Eu, calouro, juro perante meus honrados, queridos e meigos VETERANOS, segui-los para todo o sempre, sem questionar suas ordens e vontades
Juro obediência total aos meus VETERANOS! Prometo socorrê-los em momentos de extrema dificuldade como embriaguez e coma alcoólico.
Juro fazer seus trabalhos quando estiverem ocupados demais com as provas e festas.
Juro pagar-lhes cervejas, salgados e emprestar dinheiro sempre que me for pedido e também participar de todas as festas organizadas pelo curso de Fotografia.
Eu, calouro, estou ciente de que a partir de hoje sou um BICHO e não tenho direito a nada nesta FACULDADE. Nosso único direito é ficar calado e não questionar meus VETERANOS!
Prometo dar aos meus VETERANOS chicletes, coca-cola, sucos, lanches e participar de todos os jogos amistosos!
Juro alimentar, cuidar e respeitar, todos os animais e plantas que residem nas dependências da College London, mesmo que os animais não tenham uma aparência muito saudável!
Eu, calouro, juro prestar aos meus VETERANOS todo e qualquer serviço seja físico ou moral.
Juro nunca fugir das aulas.
Juro estudar bastante, nunca matar aulas e principalmente ser TONTO até o final do curso.
E por fim...Eu, calouro, juro amar, venerar, idolatrar e respeitar meus VETERANOS e fazer igual ou pior com os futuros calouros."
Isso foi completamente ridículo. Mas depois me peguei rindo das vergonhas que nos fizeram passar.
– Rindo sozinha, Clarke? – Bellamy me perguntava como se estivesse falando com os olhos. Aquele sorriso dele me quebrava.
– Er...Ahn...É, é – isso, Clarke Griffin, age como idiota novamente.
Ele apenas sorria. Meu Deus!
– Clarke, Clarke – Raven me chamava, bem agitada – Vamos embora, estou exausta – suspirou.
– Claro, mas não vou voltar desse jeito de ônibus. Estou tentando falar com a minha mãe
– disse, já discando o número.
– Posso levá-las para casa se quiser – Bellamy falava um tanto tímido.
Vi o brilho nos olhos de Raven.
– Obrigada mesmo, Bellamy, mas realmente não queremos sujar seu carro – ele pareceu triste depois do que eu disse.
– Não seria problema nenhum, Clarke. Podemos pegar alguns plásticos e pôr no assento, sei lá...
Olhei para Raven que fazia um rostinho de cachorro "pidão". Pensei, pensei.
– Tem certeza que não há problema?
– Claro que não, Clarke. Vem – disse me puxando suavemente pelo braço.
O contato da sua pele com a minha fez com que eu sentisse como se estivesse uma corrente elétrica dentro de mim que só ganhava intensidade toda vez que seus dedos tocavam de leve a minha pele que ainda estava um tanto nojenta por conta de tudo que havia passado.
– Bellamy? – Octavia se aproximava – Precisamos de você na secretaria.
– Octavia, daqui a pouco estou indo – Belkamy possuía uma voz autoritária.
– Mas, Bellamy, é agora! – Octavia insistia.
– Bellamy, eu acho que...eu posso dar um jeito de voltar para casa – me inclinei um pouco em direção ao seu ouvido para que somente ele me escutasse.
– Não, princesa. Eu disse que levaria você e sua amiga, e levarei – no momento em que ele virou pra dizer isso, senti sua respiração quente em meu rosto porque estávamos próximos demais.
– Então tá bom, Bellamy. Te esperaremos no estacionamento – disse, olhando paro meu braço onde ainda pousava sua mão.
– Tudo bem, Clarke. Não demorarei.
[...]Havia me sentado em um dos bancos junto com Raven que estava uma graça com tinta rosa na cara.
– Você pode ficar lá em casa, Raven. Tem roupas suas lá, se quiser pode dormir. Seus pais ainda estão viajando?
– Sim. Acho que ficarei com você mesmo.
Avistei Bellamy se aproximando com alguns plásticos.
– Pronto, podemos ir?
– Sim – disse Raven.
Bellamy destravou seu carro e logo reparei que era o mesmo que eu avistara em umas das fotos que havia tirado sem querer.
Então Bellamy era o cara da foto...
[...]
Já na porta de casa Raven foi a primeira a sair.
– Obrigada, Bellamy. Valeu mesmo – Raven realmente devia estar exausta, possuía um semblante de cansada.
– De nada, Raven – disse Bellamy, virando-se para dar um sorriso a ela que já havia pulado do carro. Mesmo assim ainda sorriu.
– Obrigada, Bellamy. Você poupou-me de pegar um ônibus nesse estado deplorável em que estou – lhe dei um sorriso tímido de agradecimento.
– De nada, Clarke – disse, sorrindo daquele jeito que parecia ser somente para mim.
– Então certo. Até mais – estava abrindo a porta do carro quando ele pousou sua mão sobre meu braço.
– Clarke, er...Você tá bem, não é? Ainda está mal por causa do ovo?
– Ah, sim. Estou bem sim, Bellamy. Já passou – sorri
Sentia minhas bochechas corarem toda vez que ele me olhava de um jeito profundo.
– Então tudo bem, Clarke. Até amanhã, certo?
– Sim, Bellamy. Se eu sobreviver.
– Ah, não seja dramática – ele riu e meu Deus, o som da sua risada era incrivelmente linda. Ele tinha aquele hábito de se inclinar para frente enquanto ria. Olhei-o de perfil guiando meus dedos até seu maxilar. Assim que ele sentiu meus dedos parou de rir sem entender o que eu estava fazendo.
– Está sujinho aqui, líder – um pouco de tinta preta estava em sua pele. Limpei e mostrei a ele a tinta que agora se encontrava em meu dedo.
– Ah, obrigado – sorriu tímido.
– Então já vou. Obrigada, Bellamy – sorri, sentia seus olhos sobre minhas costas, admirando o arco-íris que eu estava.
Ele buzinou, olhei para trás. Acenava e me oferecia seu melhor sorriso.
Passei pela portaria com um sorriso que há muito tempo eu desconhecia.
~.~
Hey, lindezas :3
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Stay Forever [EM REVISÃO]
FanficAo passar para o College London, Clarke finamente se vê fazendo algo que sempre quisera. Fotografia era, talvez, a única forma de acalmá-la, simples fotografias durante o dia a faziam apreciar cada momento como único. Um sorriso em uma de suas fotog...