Capítulo 8

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Clarke.

Nos fizeram dar as mãos, segurei a mão fria de Raven e a mão de Jasper, fizemos mais um tour pela universidade cantando a famosa musiquinha.

"Sou calourinho inho, inho, sou burrinho inho inho."

– Então, pessoal. Acaba aqui o nosso trote, espero que tenham gostado – Bellamy me olhava com um risinho reprimido – como em todo trote tem que ter o Juramento, com vocês não será diferente. Repitam junto comigo:

"Eu, calouro, juro perante meus honrados, queridos e meigos VETERANOS, segui-los para todo o sempre, sem questionar suas ordens e vontades

Juro obediência total aos meus VETERANOS! Prometo socorrê-los em momentos de extrema dificuldade como embriaguez e coma alcoólico.

Juro fazer seus trabalhos quando estiverem ocupados demais com as provas e festas.

Juro pagar-lhes cervejas, salgados e emprestar dinheiro sempre que me for pedido e também participar de todas as festas organizadas pelo curso de Fotografia.

Eu, calouro, estou ciente de que a partir de hoje sou um BICHO e não tenho direito a nada nesta FACULDADE. Nosso único direito é ficar calado e não questionar meus VETERANOS!

Prometo dar aos meus VETERANOS chicletes, coca-cola, sucos, lanches e participar de todos os jogos amistosos!

Juro alimentar, cuidar e respeitar, todos os animais e plantas que residem nas dependências da College London, mesmo que os animais não tenham uma aparência muito saudável!

Eu, calouro, juro prestar aos meus VETERANOS todo e qualquer serviço seja físico ou moral.

Juro nunca fugir das aulas.

Juro estudar bastante, nunca matar aulas e principalmente ser TONTO até o final do curso.

E por fim...Eu, calouro, juro amar, venerar, idolatrar e respeitar meus VETERANOS e fazer igual ou pior com os futuros calouros."

Isso foi completamente ridículo. Mas depois me peguei rindo das vergonhas que nos fizeram passar.

– Rindo sozinha, Clarke? – Bellamy me perguntava como se estivesse falando com os olhos. Aquele sorriso dele me quebrava.

– Er...Ahn...É, é – isso, Clarke Griffin, age como idiota novamente.

Ele apenas sorria. Meu Deus!

– Clarke, Clarke – Raven me chamava, bem agitada – Vamos embora, estou exausta – suspirou.

– Claro, mas não vou voltar desse jeito de ônibus. Estou tentando falar com a minha mãe

– disse, já discando o número.

– Posso levá-las para casa se quiser – Bellamy falava um tanto tímido.

Vi o brilho nos olhos de Raven.

– Obrigada mesmo, Bellamy, mas realmente não queremos sujar seu carro – ele pareceu triste depois do que eu disse.

– Não seria problema nenhum, Clarke. Podemos pegar alguns plásticos e pôr no assento, sei lá...

Olhei para Raven que fazia um rostinho de cachorro "pidão". Pensei, pensei.

– Tem certeza que não há problema?

– Claro que não, Clarke. Vem – disse me puxando suavemente pelo braço.

O contato da sua pele com a minha fez com que eu sentisse como se estivesse uma corrente elétrica dentro de mim que só ganhava intensidade toda vez que seus dedos tocavam de leve a minha pele que ainda estava um tanto nojenta por conta de tudo que havia passado.

– Bellamy? – Octavia se aproximava – Precisamos de você na secretaria.

– Octavia, daqui a pouco estou indo – Belkamy possuía uma voz autoritária.

– Mas, Bellamy, é agora! – Octavia insistia.

– Bellamy, eu acho que...eu posso dar um jeito de voltar para casa – me inclinei um pouco em direção ao seu ouvido para que somente ele me escutasse.

– Não, princesa. Eu disse que levaria você e sua amiga, e levarei – no momento em que ele virou pra dizer isso, senti sua respiração quente em meu rosto porque estávamos próximos demais.

– Então tá bom, Bellamy. Te esperaremos no estacionamento – disse, olhando paro meu braço onde ainda pousava sua mão.

– Tudo bem, Clarke. Não demorarei.


[...]

Havia me sentado em um dos bancos junto com Raven que estava uma graça com tinta rosa na cara.

– Você pode ficar lá em casa, Raven. Tem roupas suas lá, se quiser pode dormir. Seus pais ainda estão viajando?

– Sim. Acho que ficarei com você mesmo.

Avistei Bellamy se aproximando com alguns plásticos.

– Pronto, podemos ir?

– Sim – disse Raven.

Bellamy destravou seu carro e logo reparei que era o mesmo que eu avistara em umas das fotos que havia tirado sem querer.

Então Bellamy era o cara da foto...

[...]

Já na porta de casa Raven foi a primeira a sair.

– Obrigada, Bellamy. Valeu mesmo – Raven realmente devia estar exausta, possuía um semblante de cansada.

– De nada, Raven – disse Bellamy, virando-se para dar um sorriso a ela que já havia pulado do carro. Mesmo assim ainda sorriu.

– Obrigada, Bellamy. Você poupou-me de pegar um ônibus nesse estado deplorável em que estou – lhe dei um sorriso tímido de agradecimento.


– De nada, Clarke – disse, sorrindo daquele jeito que parecia ser somente para mim.

– Então certo. Até mais – estava abrindo a porta do carro quando ele pousou sua mão sobre meu braço.

– Clarke, er...Você tá bem, não é? Ainda está mal por causa do ovo?

– Ah, sim. Estou bem sim, Bellamy. Já passou – sorri

Sentia minhas bochechas corarem toda vez que ele me olhava de um jeito profundo.

– Então tudo bem, Clarke. Até amanhã, certo?

– Sim, Bellamy. Se eu sobreviver.

– Ah, não seja dramática – ele riu e meu Deus, o som da sua risada era incrivelmente linda. Ele tinha aquele hábito de se inclinar para frente enquanto ria. Olhei-o de perfil guiando meus dedos até seu maxilar. Assim que ele sentiu meus dedos parou de rir sem entender o que eu estava fazendo.

– Está sujinho aqui, líder – um pouco de tinta preta estava em sua pele. Limpei e mostrei a ele a tinta que agora se encontrava em meu dedo.

– Ah, obrigado – sorriu tímido.

– Então já vou. Obrigada, Bellamy – sorri, sentia seus olhos sobre minhas costas, admirando o arco-íris que eu estava.

Ele buzinou, olhei para trás. Acenava e me oferecia seu melhor sorriso.

Passei pela portaria com um sorriso que há muito tempo eu desconhecia.

~.~

Hey, lindezas :3

Stay Forever  [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora