Capítulo 22

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Clarke.

Levantei duas horas antes do horário que haviam pedido para estarmos acordados.

Estava com muito sono, não parava de bocejar. Estava esperando Bellamy me dá um motivo cabível para eu acordar tão cedo.

Todos estavam dormindo, levantei cautelosamente, escovei os dentes, penteei os cabelos e fiz um coque, lavei o rosto, pus uma camiseta e um short jeans, por fim, um par de tênis. Peguei uma maçã na bolsa e saí. Bellamy já me esperava, com uma mochila nas costas.

Usava uma bermuda, uma camiseta que deixava seus braços a mostra, chinelos e um boné.

Abracei meu corpo ao sentir a neblina.

— Bom dia, linda — cumprimentou-me ao vir a meu encontro.

— Bom dia, meu amor — o envolvi com meus braços.

— E esse rostinho?

— Estou com sono — choraminguei.

— Ah, não. Nada de sono, Clarke. Vem... Você irá gostar — puxou-me.

— Preciso pegar minha bolsa, calma.

[...]

Bellamy entrelaçara nossos dedos e guiava-me por um caminho escorregadio. Teria caído três vezes se Bellamy não estivesse com as mãos firmes em minha cintura.

Contou-me sobre as vezes em que viera ao local, sobre as histórias que contavam a respeito da trilha e etc.

Quando finalmente chegamos no local, Bellamy olhava-me com uma expressão esperançosa.

— Meu Deus! Esse lugar é lindo, Bells — disse ao analisar a cachoeira e o local florido, era possível ver várias espécies de borboletas.

Bellamy estava arrumando algumas coisas em uma toalha posta sobre a grama úmida. Analisei-o e sentei-me em seu colo o enchendo de beijos.

— Você é o melhor — agradeci.

— Eu sei... — afirmou, cheio de si.

— Convencido — dei um tapinha em seu ombro e peguei uma torrada, dei uma mordida, tomei um pouco do suco que ele havia levado, peguei alguns biscoitos e mastiguei lentamente, pus em sua boca que logo fechou-se. Bellamy balançava a cabeça de um lado para outro. Tentei forçá-lo a abrir de modo que seu corpo foi se jogando para trás fazendo com que eu caísse sobre seu corpo.

Bellamy me olhava carinhosamente. Afastou a mecha que caíra para frente o atrapalhando. Rolei para o lado, ficando dessa vez por baixo. Minhas duas mãos pousavam sobre seu peito, seu coração pulsava aceleradamente. Sorri com isso.

Beijou meu pescoço, fazendo-me fechar os olhos com o toque de seus lábios. Traçou uma linha até minha boca.

Nosso beijo era suave e sem pressa, era automático puxá-lo para mim toda vez que ele me torturava mantendo seus lábios longe do meu.

Senti pingos em minha pele e vi o quanto o clima mudara. Nuvens escuras expulsaram o lindo sol que irradiava há minutos atrás. Bellamy levantou-se e ajudou-me a guardar as coisas.

Ficamos embaixo de uma árvore olhando a chuva. Bellamy agarrava-me por trás cercando minha cintura com seus braços.

— Ei — Bellamy segurava meu queixo, fazendo-me olhá-lo — Não fica assim, ainda temos tempo.

— Amo chuva, mas nesse instante ela estragou o nosso momento, agora vamos ter que ficar aqui embaixo dessa árvore até a chuva passar — disse, um tanto triste.

Bellamy soltou-me rapidamente, tirou sua blusa e logo em seguida meu casaco, que no caso era o seu. Não entendi, ele tinha um sorriso peralta no canto da boca.

— Quem disse que a chuva estragou o nosso momento? — Bellamy me carregou, fazendo com que meus braços dessem uma volta em seu pescoço.

— NÃO! NÃO! BELLS, PARA... PARA! ESTÁ FRIO, NÃO FAZ ISSO — debatia-me em seu colo, mas não adiantou.

Bellamy levou-me para a água gelada que pendia da cachoeira.

Soltou-me quando teve a certeza de que eu já estava completamente molhada.

— Perdão, amor — desculpou-se Bellamy. Seu rosto possuía pingos e seu cabelo estava bagunçado.

— Perdão...uhum — disse, fingindo está magoada. Virei-me para a borda e disse que voltaria para a barraca.

Bellamy veio por trás e puxou-me para si, seu peito molhado colado ao meu fazia-me sentir um desejo desconhecido até o momento.

Virei-me para Bellamy e o afoguei, ele puxou-me junto consigo e demos um mergulho.

Ele envolveu-me em seus braços fortes, meus dedos percorriam cada parte do seu abdômen, tocando cada músculo enquanto sentia suas mãos firmes em minha cintura.

Bellamy beijou-me e guiou seus lábios até meu pescoço. Afastou meu cabelo que estava colado em minha pele por conta da água. Suspirei demoradamente quando senti seus lábios tocarem minha pele.

Ele parou lentamente e olhou em meus olhos. Toquei seus lábios com as pontinhas dos meus dedos e beijei sua bochecha, descendo pelo seu maxilar até chegar em seu peito musculoso.

A chuva havia ficado mais forte, fazendo com que o rosto do Bellamy enchesse de pingos.

Mergulhei e nadei até uma parte mais funda. Bellamy havia vindo atrás, a água nos cobria até o pescoço.

— Clarke, aqui é um pouco mais fundo — alertou-me.

— Percebi, mas qualquer coisa chame o salva vidas para fazer respiração boca a boca — sorri maliciosamente.

Bellamy ficou um pouco corado, nadei até onde ele estava e o abracei encaixando meu rosto na curva do seu pescoço.

Podia ficar horas e horas desse jeito, Bellamy era quem eu queria, era o que eu mais desejava e quando ficávamos longe eu tinha uma espécie de abstinência.

Ele abraçava-me de uma forma que ninguém mais conseguia fazer. O abraço dele era o meu porto seguro.

— Bellamy? — chamei-o.

— Huh? — respondeu, imaginei que estivesse de olhos fechados, seu rosto repousava carinhosamente sobre minha cabeça e uma de suas mãos deslizava lentamente em minhas costas.

Aproximei meu corpo mais um pouco do seu.

— Não consigo me imaginar vivendo em um mundo onde não exista você — minhas palavras saíram sussurradas.

— Então não imagine — Bellamy sussurrou. Encostou meus lábios nos seus e sorriu entre nossos beijos.

Pude ter a certeza do quanto o queria na minha vida.





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