Esplendor

I

                                                                                Capítulo Um

Amor. Um pecado, ou uma falta de gosto?

Mystic Falls, Inglaterra.

- 1864

Alguns nascem para amar. Outros nascem para fazer o papel do bobo apaixonado em um romance sem fim previsto. Já eu, Elena Gilbert, nasci para fazer os dois.

Minhas mãos movimentavam a pena enquanto eu colocava meus sentimentos naquele simples papel que não tinha valor algum fisicamente, mas psicologicamente, era tão valioso quanto um diamante tão lapidado, semelhante àqueles olhos azuis que me fascinam. Aquela pele branca, a barba mal feita, seu rosto delicado como o de um anjo. Tudo nele me fascinava e me deixava tensa. Quando pensava nele, não conseguia discernir o que era realidade e o que era ficção.

A tinta da pena já estava se acabando de tanto minha carta eu escrever. Era importante eu colocar sentimentos, pelo simples fato de que não nos vemos já faz três semanas e alguns dias. Alguns pensam sobre o amor ser bobagem, e realmente ele é algo bobo se vermos pelo outro lado do espelho. Mas, quando o sentimos, adentramos em uma dimensão completamente diferenciada das demais, aquelas presentes em livros de contos, ou histórias de romances épicos, escritos com cuidado e com calma. Pode me achar ridícula, a protagonista chata de um romance extremamente meloso, mas, esta sou eu, e ninguém pode mudar isso apenas dizendo: Você vai se casar com quem eu mandar, é tudo. Não podemos mudar o que somos simplesmente com palavras altas e fortes, pois o que somos não tem a obrigação de ser aceito, somente de ser tolerado.

Para muitos, não passo de uma garota apaixonada com dezenove anos. Embora quase ninguém aqui saiba de minha paixão extremamente secreta, meus olhares para os elementos presentes em minha casa revelam meus sentimentos explícitos, até para os viajantes das marés mais turbulentas. Eu simplesmente não consigo evitar ser apaixonada, completamente entregue aos sentimentos raros de mim, pois em minha mente antes de tudo aqui, meu ser seria um tanto preconceituoso com os rapazes metidos a bestas. Sempre querendo impressionar as jovens damas com buquês caros com rosas magnificas, mas não sabem o verdadeiro significado do termo: "conquista".

Conquistar é obter totalmente a atenção da pretendente aos olhos. Os olhos, são o ponto mais forte da conquista, podem ser simplesmente destacados como a janela da alma, o espectro sabe-tudo. Ou seja, rosas caras, joias exuberantes acompanhadas de vestidos mais caros ainda, não fazem nenhuma diferença para mim, pois dinheiro é algo que não me faz carência. Para conquistar uma mulher, o cavalheiro tem de ser autônomo e, acima de tudo, Esplêndido.

Minhas lágrimas doem; minha boca precisa da sua, senão, permita-me enlouquecer de vez. Eu preciso ver você e contar às estrelas o que sinto por você. Elas mesmas que no céu nos vigiam, cochichando se somos o casal certo ou não, já que elas mesmas já testemunharam tantos momentos nossos juntos, Damon.

Dói saber o fato incrédulo sobre eu estar destinada a beijar alguém além de você, alguém que nunca amarei tanto quanto amo você.

Ás vezes eu penso que meu amor não é o suficiente para competir com o seu. Mas ai, eu lembro que fico noites e noites acordada esperando você entrar pela janela e me surpreender de maneira satisfatória. Como beijos, carinhos, elogios e tudo que você tiver a oferecer para mim nesta noite tão magica que sonho todas as noites de minha patética existência.