Capítulo Três
Inveja
Os lençóis estavam entre minhas pernas e enrolado em meu pescoço, somente assim eu me sentia confortável sem a presença de Damon ao meu lado. Aquele olhar me fazia ir ao delírio extremo com uma pequena piscada com aqueles belos pares de pequenos pedaços do céu grudado em sua íris. O cabelo cacheado caía por meus ombros e dominava o travesseiro inteiro, liberando meus pensamentos de forma conclusiva e apaixonada.
Era de manhã cedo, o sol já estava amanhecendo. Levantei-me após ouvir o chamado do nascer do sol pela luz que se criou pela brecha de luz que a cortina permitiu que o sol concretizasse. Apoiei-me com o braço e olhei o nascer do sol ainda em minha cama encostada na parede. Abri um pouco mais a cortina permitindo a entrada de uma luz ainda mais poderosa.
As nuvens estavam rosadas, tão rosadas quanto minhas bochechas ao lembrar os beijos, do carinho e das palavras que trocava com Damon, meu eterno complemento de alma. O nascer do sol me trazia lembranças que não pareciam ter fim aparente. A luz fazia meus olhos castanhos ficarem cada vez mais claros, abrindo a porta de minha alma que muito tempo permanecia trancada para que ninguém percebesse minha paixão ardente pelo Salvatore apaixonante.
Toquei em meu colar que Damon havia me dado aos meus treze anos de idade. Posso me lembrar de que nessa idade meu coração já batia forte por seu par de pérolas brilhantes que iluminavam a noite obscura que da qual minha única companhia seriam a luz de seus olhos me guiando e dizendo o rumo que eu deveria seguir.
Dei um sorriso abrindo ainda mais a cortina que impedia o meu contato visual com aquela imensa bola de fogo que estava em minha frente. A bola de fogo tão ardente quanto meus sentimentos; quanto meus afetos e lembranças que quero que permaneçam apenas em papéis, apenas em cartas de amor.
Meus lábios pareciam estar tingidos por vermelho sangue de tanto morder esta noite por conta de pensamentos que tenho ao imaginar certas visitas em minha cama. Meu espartilho azul claro já estava meio folgado. Queria que aquelas mãos grossas e fortes estivessem aqui para amarra-lo.
Ignorei a luz do sol que já entrava pela minha janela e peguei um pouco de tinta, uma pena, e um papel qualquer e coloquei uma cadeira para sentar diante a mesa de madeira que estava a minha frente. Fechei os olhos e me imaginei com Damon andando a cavalo, nada mais, nada menos do que apenas nossas mãos dadas em meio a um nascer do sol da qual acabei de testemunhar.
Mordi os lábios e dei um belo sorriso, o que indicava minha felicidade por estar pensando na única pessoa que me faz querer ter vontade de abrir meus olhos e começar um novo dia.
Ele mesmo, o homem com o mais belo par de olhos que eu possa imaginar; Tudo começou com ele, meu dom pela escrita começou com ele, e com ele que pretendo terminar.
Molhei a pena na tinta e manchei o papel com as letras que mudaram minha vida:
Eu sou a rainha que protege meu rei no tabuleiro, a única peça que me dá o sentido da vida; o sabor do mel que habitam na cor de meus olhos, o perfume de lavanda em minhas vestes. Todos esses fatores fazem de você a escultura perfeita que meus olhos precisam admirar e ver com meus próprios olhos que não sou apenas uma boba apaixonada, mas sim sua noiva apaixonada.
Ao acordar, uma luz entrou pelo quarto e notei que o nascer do sol estava prestes a concretizar seu espetáculo, imaginei-nos cavalgando em direção ao nascer do sol, observando as nuvens rosadas que cercam o céu azul como os olhos que há em seu belo rosto. Acho que até a pedra mais valiosa deste mundo é ofuscada pelos seus olhos que ilumina até as profundezas dos oceanos.

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Esplendor
FanfictionElena Gilbert é uma integrante da família mais bem sucedida de Mystic Falls, localizada na Inglaterra. Uma garota que se julga uma garota sem sorte, pois tem um romance secreto com um membro da família Salvatore. Seu nome, é Damon. Eles se comunicam...