Esplendor

XXXI

                                                                              Capítulo Trinta e Um

                                                                 A tempestade florescendo no caos

[ pausa pro aviso lindo e cheiroso. Podem haver demoras para as postagens dos capítulos, pois minha época de provas deu início dia 16/11 e infelizmente, a situação tá preta. Perdoem o capítulo curto, é porque eu realmente preciso estudar. Não me batam, beijos <3]  

Obs: Não quer dizer que ficarão sem capítulos, só vão demorar mais um pouquinho que o normal, abraços e boa leitura, esplendolovers.

A chuva estava acompanhada de ventos fortes no jardim, provavelmente uma tempestade terrível se aproximava, de fato. O quarto vermelho era simbolizante, a cor dos Dilaurentis surgindo em uma era não pertencente às coroas e tronos de ferro. A dama dormia; minha cópia com os olhos pesados em um sono profundo. Somente disposta a acordar quando as sombras do passado ficassem ao seu redor. Katherine, minha irmã gêmea, a outra face do espelho estilhaçado pelas palavras dos diários, as malditas palavras insensatas para o meu psicológico abalado. A chuva não favorecia minha mente, pelo contrário, causava inundações de sentimentos, um pouco parecido com teorias causadoras de estranhas sensações ao olhar da lua.

Os olhos verdes estavam a minha frente, dispostos a arrancarem cada centímetro da pele em meu corpo, apenas para satisfazer sua raiva momentânea. Aurora Dilaurentis possuía uma arma letal em mãos, e provavelmente, não teria maturidade o bastante para usa-la. Não pertenço a este mundo, assim como Katherine não pertence à mansão Salvatore. Fui a Amante de Shakespeare este tempo todo, mal posso imaginar as atrocidades não reveladas por minhas lembranças na chuva. Não, com certeza há muito mais segredos submersos, afogados em outra realidade dentro de meu subconsciente, onde guardo todas as lembranças: Das quais não me lembro; as que quero esquecer; e por fim, as que quero manter a salvo de pessoas como R.J.

Katherine dormia exposta aos olhos de duas mulheres sinceramente complicadas. Não testemunhei a vida de Katherine na mansão, mas imagino sua tranquilidade, imitando meu modo de ser e agir, afinal, fui observada por ela durante uma semana inteira.

Posso imaginar como é encontrar o dono de seu rosto, o original. Enquanto me preocupava para resolver os mistérios que tanto me alcançavam, Katherine estava lá, aos redores da janela, me observando o tempo todo. Os cabelos lisos eram diferentes, únicos aos meus simbolicamente diferentes da original. Seu jeito controlador da situação deixava-me com inveja absoluta, algo incontrolável atualmente. Elena Gilbert encontra-se exposta aos pecados, todos eles, sem exceção. Entre eles a: Inveja; Ira; e gula por mais informações ainda não digeridas pelo raciocínio nada vocifero.

Não consegui encara-la constantemente, seu olhar assustava-me por dentro. O modo como Aurora me olhava nos olhos, absorvendo toda a minha alma, assustava-me completamente. Os lábios rosados atreveram-se a abrir, deixando meu medo ainda mais astuto. Não pensava em mais nada. Apenas em Stefan, sua mágoa iria me custar um preço alto, um que me faria sofrer por um bom tempo pelo ato de infidelidade feito por mim. Nos dias atuais, adultério é crime. Fatal na Bulgária, pelo lugar do qual imagino onde eu seria levada.

— Você é a Amante de Shakespeare. — Aurora andou pelo quarto pavorosamente enorme. — Como posso acreditar nisso? Você realmente teve a audácia e a mente perturbada de mandar mensagens, para si mesma?

— Fui manipulada. — Perdi a voz, distraindo o olhar para Katherine. Dormindo como deusa. — R.J me deu drogas especiais, despertando algo parecido com uma...