XVIII

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                                                                       Capítulo Dezoito

                                                                          O inesperado.

Meus Ouvidos estavam atentos a qualquer movimento brusco atrás das malditas árvores enormes, uma floresta inteira guardando lembranças internas de si mesma. Meu véu curto estava cobrindo minha testa do suposto sol que agora resolvera aparecer de um modo ofensivo, como senão já não bastasse ameaças recebidas agora pouco no Túmulo de Aurora Dilaurentis. Todas as informações, pistas deixadas por A.S davam em um único resultado: Sua identidade. E esse é o quebra cabeça que pretenderei montar até a última peça restante resolver faltar. Ter minhas suspeitas sobre certas pessoas confinadas à mansão Salvatore circulavam em minha mente, querendo me alertar de que algum jeito minha forma de montar as peças estava errada, só não sabia como absorver o jeito certo de resolver tal mistério; "o famoso mistério dos assassinatos da mansão Salvatore" Seria uma ótima manchete para o jornal local da cidade. Imagine como um sorriso de satisfação não abriria em meus lábios ao saber que a Mansão Salvatore já não é mais bem vista pelos moradores da pequena cidade condenada a seguir nossas ordens.

Isso seria ótimo para os Lockwood. Conseguir a liderança seria a parte do acordo da qual eu deixei de cumprir desde quando Tyler me deu a agenda com os nomes dos seus clientes mais recentes possíveis desde o dia quando fui surpreendida pela Amante. Mas, afinal, quem é Katherine Pierce? Com certeza uma de minhas suspeitas a ser a suposta Amante. Porém, ela é cautelosa, discreta e gosta de manipular minha mente a juntar peças deixadas no chão por suas luvas negras cheias de rancor e raiva. Ainda não entendo o porquê de alguém querer machucar tanto a vida de alguém deste jeito, me sinto um alvo imenso em um campo de arqueiros; com flechas pontudas prontas para manipular as peças do xadrez para derrubar a rainha, e principalmente o rei.

Eu estava sozinha na pequena mesa com uma toalha branca e algumas flores em um vaso. As famílias aproveitavam o almoço oferecido por Giuseppe, ou devo dizer, o assassino em série hipotético. Enquanto todos conversavam em mesas acompanhadas, eu estava sozinha no vazio branco cheio de peças negras, e algumas delas cochichavam como é drama da minha parte estar em uma mesa sozinha, aparentando estar deprimida pela morte da minha falecida mãe. Honestamente, sinto falta dela, porém, minha mente está em outro lugar, não focada em derramar lágrimas por vê-la pela última vez dentro de um caixão.

Elizabeth estava conversando com um casal e mais um homem a mesa, ambos pareciam ter muitos em comum pelo visto, não paravam de conversar já faziam horas e horas, chegavam até mostrar livros e vários papéis sobre o que meus olhos estão incapacitados de ver.

Elizabeth se encontrou com meus olhos, normalmente eu teria desviado o olhar para o vaso de flores, ou até mesmo para o chão. Dessa vez, eu decidi encarar a imensidão azul no lugar de seus olhos. Ela estava envolvida em algo com Joseph, eu tenho certeza. Suas atitudes são muito presunçosas e peculiares para alguém que está aqui apenas para ver a filha se casar com o maldito predestinado de terno azul marinho.

Elizabeth veio em direção a minha mesa, acompanhada por seus visitantes. Desviei o olhar e foquei na toalha de mesa branca e o vaso de flores adorável a minha frente. Eram violetas e lírios, os favoritos de Miranda. Meus dedos tocaram as flores como se fossem as últimas lembranças de minha mãe ainda com vida, uma pequena parte dela sempre ficará nas flores em que toco, menos nas que podem ferir-me com espinhos.

— Elena, — Elizabeth me cumprimentou com um sorriso amarelo no rosto.

— Elizabeth, — Sorri olhando para seu chapéu um tanto peculiar. — Bom ver você.

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