Capítulo Trinta e Seis
A queda dos tronos de Shakespeare
O frio da noite transmitia-me insegurança, congelando todos os mistérios em minha mente, deixando-os sem solução mais uma vez. Não, eu não necessito do descongelamento de minhas soluções para o mistério, pois a maioria delas já foi achada por minha caçada até as pistas dissolvidas por lágrimas de decepção. O vestido curto até as canelas prendiam-se aos galhos espinhosos da floresta uivante, observada pela lua pálida junto a um luar nebuloso, onde só aquele com olhos na luz poderiam ver as verdades. Damon e Stefan seguiam-me para um lugar sem rumo; minha liderança em guia-los dependia de meu instinto, procurar o caminho de volta para a mansão dilacerante. Meus olhos percorriam pelo lugar domado pela vegetação sombria, condenada ao inverno ameaçando chegar. Meus pés descalços sentiam o ferir dos galhos quebrados entrando em contato com a pele grossa de meu pé, muita das vezes ferindo-a com ferocidade. A cada vento produzido pela natureza, minha pele chorava pelo gelo da noite, sentia o frio presunçoso entrar em contato com cada centímetro de meu corpo sôfrego, trêmulo e preocupado.
Poderia ouvir os suspiros de Damon ao carregar Stefan por todo o caminho, o cansaço dos laços dos irmãos Salvatore, tão lindos e sedutores, porém perigosos a cada beijo. O cansaço fazia meu sangue arder como o fogo habitante de minha fúria, ou até mais quente do que a própria energia fervente da lava. O oxigênio estava se tornando algo pobre em meus pulmões, quase sem condições para continuar suas ações vitais para mim: A fraca ser humana, vítima de mistérios com asas negras, permitindo-se voar para onde bem entender. Minha perna enrolou-se com um galho espinhoso, perfurando alguns pontos de minha canela descoberta pelo tecido. Não fora nada grave, porém ardente para minha pele.
— Elena! — Exclamou Damon com dificuldade na voz.
— Eu estou bem, não se desgrude de Stefan. Ele merece mais socorros do que eu. — Damon olhou-me, estranhando minha atitude. — Ele não pode andar sem ajuda.
— Eu estou... Bem, irmão... Ajude Elena a se livrar dos espinhos. — contestou Stefan apoiando-se em uma árvore.
Teimoso. Como sempre, contrariando minhas ordens precisas para salvar sua pele de uma alma terrível, a mesma captada em Mary.
Damon tentava tirar os espinhos ardentes de minha pele, tentando fazer os movimentos mais delicados possíveis para eu não ser a vítima da dor. Francamente, me tratavam como se eu fosse feita de vidro, ou uma porcelana cara de se achar. Entretanto, o agradeci com uma expressão de dor e um sorriso amarelo. Os batimentos cardíacos percorriam por meu corpo exausto, condenado a permanecer no escuro, junto ao frio da noite.
— Para onde estamos indo... Exatamente? — Stefan ainda possuía os pulmões cansados, as mãos machucadas pelas algemas.
— Para a mansão. Não devemos estar muito longe. — Indaguei.
Damon encarou-me.
— Não estamos. Percorri esta floresta inteira quando criança. Apenas precisamos achar uma seta indicando o caminho ao norte. Faremos um atalho para evitar a parte espinhosa da floresta letal.
— Sabe onde em que direção fica a seta? — perguntei confusa.
— Acabei de dizê-la, fica ao norte. — repetiu Damon.
O clima de traição estava no ar, pior de que o aroma podre da floresta inexplorada por meus paços. Os dois possuíam sentimentos fortes por mim, pensava nisto ignorando os inconvenientes da noite intrigante. Mantinha os olhos abertos a qualquer movimento bruscos dos dois, atenta a palavras que talvez pudessem levar ao assunto menos esperado por mim: O dia de meu casamento. Tudo isto ocorrente em minha vida, deve-se ao inferno denominado de Mary, a criada assassina. Aquelas mãos delicadas, os olhos negros como furacões repletos de caos; sua voz doce; seu jeito doce. Não posso acreditar nisto, Mary fora uma criada ótima, sem defeitos aparentes a minha pessoa, como pôde ser uma governanta tão cruel?
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Esplendor
أدب الهواةElena Gilbert é uma integrante da família mais bem sucedida de Mystic Falls, localizada na Inglaterra. Uma garota que se julga uma garota sem sorte, pois tem um romance secreto com um membro da família Salvatore. Seu nome, é Damon. Eles se comunicam...