Capítulo Dois
Discórdia
Damon havia me deixado sozinha no quarto, não parava de colocar as mãos em meus lábios recriando a cena que me fez delirar até a altura das nuvens que eu infelizmente não estou ao alcance de tocar com meus dedos que fariam maravilhas com aquelas pequenas coisas feitas de algodão. Meus lábios pareciam estar derretidos pela frequência cardíaca que meu coração batia, meu rosto estava pálido por ter tido um momento daquele com alguém que amo desde pequena.
Minha infância foi criada com Damon ao meu lado. Éramos muito ligados por causa de nossas famílias que eram muito unidas de certo modo, até a morte de meu pai. Depois da minha perda, nossas famílias se afastaram, e então, mamãe nunca mais teve contato com os Salvatore, até hoje.
Damon Havia deixado sua carta em minha mesa, embora eu estivesse louca para abri-la, isso só iria facilitar meus sentimentos e desejos de tirar sua roupa e tê-lo só para mim de uma vez por todas. A carta estava bem carimbada com a letra "D" com tanta graça quanto a minha que está sendo lida por seus olhos congelantes neste exato momento.
Coloquei o chapéu em cima da mesa e desfiz o coque do cabelo, permitindo com que o cabelo cacheado caísse sobre meus ombros magros o suficiente para ver minhas clavículas não tão expostas por conta do casaco que envolve meus braços e ombros. Olhei para a carta que me chamava para lê-la de uma vez para matar a vontade de ler a letra e a escrita impecável de Damon, porém isso só me faria deseja-lo mais do que meu corpo pede por sua presença.
Tirei o casaco e fiquei apenas com a parte da blusa que realçava meus seios de uma forma vulgar, porém, essa é a moda patética do século dezenove.
Meus lábios pediam por mais, minhas mãos clamavam por seus músculos perfeitos e definidos, meus olhos precisavam ver você nem se fosse por mais um único segundo... Juro que se estivéssemos sozinhos, ficaria junto a ele até o fim dos tempos, das eras, do mundo.
Analisei-me no espelho, eu estava atraente e bonita. Meus cabelos me deixavam mais atraente e desafiadora ao meu olhar. Minha postura era graciosa diante minha visão que não significava de nada ao contrário das demais. Sei que o que importava no momento era o meu querer, mas o meu querer era abrir aquela carta e me afogar no amor que consegue tirar minha respiração de uma forma esplendida.
Tirei as luvas e senti a carta com minhas próprias mãos. A carta era perfumada com cheiro de Lavanda, sua essência estava focada neste simples pedaço de papel que pode me fazer ter sonhos de prazer e romance a noite toda.
Abri a carta desfazendo o carimbo e revelando uma redação inteira que cheirava a amor e paixão a uma distância considerável de desejos e sonhos. Só de ler o título, uma lágrima se formou em meus olhos, pois aquilo tudo me fazia lembrar que não posso ser dele, e ele não pode ser meu por completo.
Passei meus dedos pela sua escrita e pude ver uma imagem sua escrevendo com uma pena branca e delicada que me fazia chorar ainda mais. As lágrimas de tristeza me faziam soluçar e gemer de tanta dor que havia em meu coração.
Por um momento me olhei no espelho e observei meus olhos ficarem vermelhos de tanto choro por aqueles olhos azuis que me faziam expor meus sentimentos de forma anormal.
Engoli o choro e dei um sorriso, pois meu coração estava feliz por pelo menos estar em seu ambiente que vive, escreve, e faz diversas de suas qualidades que aparentam não ter limite algum ao ver de meus olhos castanhos cor de mel.

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Esplendor
FanfictionElena Gilbert é uma integrante da família mais bem sucedida de Mystic Falls, localizada na Inglaterra. Uma garota que se julga uma garota sem sorte, pois tem um romance secreto com um membro da família Salvatore. Seu nome, é Damon. Eles se comunicam...