IV

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                                                                                      Capítulo Quatro

                                                             Apenas uma rainha sobrevive ao tabuleiro

– Chegamos ao século vinte e você ainda vai estar elaborando sua estratégia. – Brincou Stefan ao me lançar um sorriso bobo.

– Cale-se, bobo. – Sorri enquanto movi o bispo para a diagonal de seu cavalo que estava cercado por minhas peças.

 – Sorri enquanto movi o bispo para a diagonal de seu cavalo que estava cercado por minhas peças

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O jardim estava cheirando a margaridas do campo. O dia estava uma maravilha, minhas lágrimas secaram pelo tempo que passei com Stefan. Ele podia ser alguém que eu estaria prometida sem amar, mas no fim de tudo, Stefan era alguém com quem posso confiar em compartilhar meu dia com vontade e um sorriso belo estampado no rosto.

Ainda não havia pedido desculpas concretas a Stefan, ele era alguém tão dócil e amável que era impossível não gamar naqueles olhos verdes e nas bochechas rosadas que estavam me encarando enquanto me concentrava no tabuleiro, ou a menos tentava me concentrar.

– Stefan. – Pronunciei seu nome enquanto tocava em seu braço, o impedindo de jogar. – Eu Quero pedir desculpas por ter sido tão grossa com você no dia anterior, ainda teve o deboche de Caroline e...

– Ei! – Stefan me interrompeu com razão e deu um sorriso com os lábios fechados. – Sei que invadi seu espaço, e também sei que gosta de meu irmão mais velho...

– Você sabe? Está tão perceptível assim? – Perguntei preocupada.

Ele levantou uma sobrancelha, com certeza estava confirmando minha reação.

– Vou tomar isso como um sim. Preciso aprender a esconder essa minha afeição de boba apaixonada. Se não, é até possível que Caroline descubra ainda mais sobre mim e usar isso contra Damon para me atingir. – Levei minha mão à cabeça e joguei com a outra mão.

– Não acha que está tomando conclusões precipitadas? Ela parece ser uma boa pessoa, talvez mal saiba que você e Damon são algum tipo de... – Ele fez uma explosão imaginária com seus dedos e pronunciou de forma engraçada: - Almas gêmeas!

– Você é um idiota. – Sorri tentando não me lembra do desastre. – Mas um idiota que me ajudou quando mais precisei de socorro. Obrigada.

– Não precisa agradecer, era o mínimo que eu poderia fazer por ter invadido sua privacidade sem permissão alguma.

Ele moveu sua rainha para o lado esquerdo na diagonal, seus olhos pareciam penetrar minha pele. Eu não estava olhando, mas sentia isso.

– Você me descreve como se eu fosse uma rainha. – Sorri e joguei meu peão para frente. – Está enganado.

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