Capítulo Dez
Azul como o escarlate.
Todos ao meu redor dançavam com um pouco de petulância, ignorando os outros convidados do baile com passos ousados para ser destacado entre os demais no baile. Uma noite sem cor estava sobre minha cabeça; a lua me alertou que hoje seria ruim para meus pensamentos raciocinarem o que é certo e o que é ruim. Minhas luvas pretas corriam pela saia do vestido enquanto eu e Stefan dançávamos sem errar qualquer possível paço. Estávamos tão concentrados que nada nos faria errar naquele momento.
Stefan girou-me fazendo a saia do vestido rodar pelo salão como vestidos tufados e elegantes. A saia do vestido estava prestes a pegar fogo de tanta intensidade colocada em uma só dança. Meus sentimentos estavam sendo representados por uma dança qualquer de salão, minhas mãos ficaram decepcionadas por saber que há outros meios de demonstrar sentimentos sem escrever rios e ondas de palavras amorosas.
Stefan me puxou com força e parei com a mão em seu peitoral, tirei rapidamente por estar tímida, e comecei a dançar novamente. Suas mãos estavam em minha cintura, o que me fazia corar por algum motivo que não estou sabendo identificar. Entretanto, soube disfarçar minha timidez olhando para os demais convidados, que convenhamos, são horríveis.
Dei minhas mãos a Stefan e giramos por todo o centro do salão fingindo tocar nossas mãos com as luvas elegantes e finas que estavam em nossas mãos. Enquanto rodava coloquei a máscara e Stefan colocou a dele. Um cisne branco e um negro, bem romântico se pensar por esse ângulo.
Unimo-nos novamente, o que me permitiu olhar seus olhos magníficos mais uma vez. As infinitas possibilidades de tonalidades verdes estavam resumidas em seus olhos cor de bromélia.
– Disse para não colocar a máscara. – Murmurou Stefan. – Ela estraga tudo.
– Quer parar de fazer charadas? Seja direto. – Disse com a saia do vestido levantada por uma de minhas mãos.
– Ela esconde algo que a natureza deu a você. – Stefan me puxou novamente e respirei fundo. – Beleza.
Stefan conseguiu me deixar corada. Não tive tanto problema quanto a isso, pois minha mãe não era a única com talentos suficientes para esconder emoções facilmente. Suas mãos me distraíam mais que o jardim que estava visível à frente com a janela que demonstrava interesse em mostrar a luz da lua.
Observei Damon e Caroline dançando há uma distância boa o bastante para que eu não possa vomitar enquanto danço. Francamente, não sei o que a torna mais desprezível. O modo como trata Damon ou o modo como dança. Deploravelmente vergonhoso.
– Stefan. – Olhei em seus olhos. – Sei que gosta de me elogiar, e eu entendo sua gentileza. Mas estou me sentindo um pouco desconfortável, poderia ir devagar? – Perguntei com medo de sua resposta.
– Ah. Eu lamento por isso, minhas sinceras desculpas. Se por algum acaso estava se sentindo desconfortável deveria ter me avisado. – Disse Stefan com as sobrancelhas contraídas. – Eu lamento por meu comportamento, Elena, de verdade.
– Não há problema algum por elogiar minha beleza, Stefan. A consequência é que... – parei de me concentrar na dança em meio ao salão. – Você me deixa intimidada.
Stefan mordeu os lábios franzindo a testa dando um sorriso angelical.
– Sei quando intimidar alguém quando quero, e isso não se aplica a você por enquanto. Se acha que posso ser intimidador, não me provoque, se é que me entende.
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Esplendor
FanfictionElena Gilbert é uma integrante da família mais bem sucedida de Mystic Falls, localizada na Inglaterra. Uma garota que se julga uma garota sem sorte, pois tem um romance secreto com um membro da família Salvatore. Seu nome, é Damon. Eles se comunicam...