Capítulo Doze
Os lábios que tanto quero esquecer
Quero que saiba que minha mão não está prometida ao seu coração, mas quero que saiba que a pequena chama que havia dentro de mim pode voltar a ser tão forte quanto a de uma fênix. Sei o quanto você foi ameaçado para dizer coisas horríveis sobre nossa situação juntos, e também sei que doeu tanto dizer aquilo para mim. O mais difícil foi aceitar que nenhuma lágrima minha foi derramada quando soube que nosso amor havia se rompido completamente. Procurei refugio em Stefan, alguém que poderia entender os sentimentos fixos em meu peito.
O tiro que fiquei desposta a tomar por você provou que nunca vou poder deixar você ir, esta possibilidade está inatingível por meus sentimentos. Não posso permitir que a morte me leve sem dar o último beijo em seus lábios. A cura para o seu amor com certeza seria Stefan, ele faz com que meus olhos enxerguem um mundo onde você nunca existiu, e o pior, é que me sinto confortável com isso. A vergonha continua em minha face, é inevitável. Quando ler esta carta, provavelmente ira estar decepcionado com minhas palavras mostradas com sinceridade neste inútil pedaço de papel.
Não faz ideia do quanto me arrependo por ter deixado Stefan ter me empurrado na hora mais errada possível. Afinal, todas as mortes e conflitos nesta mansão estão acontecendo por minha causa. Minhas sinceras desculpas, Damon.
Elena Gilbert.
Carimbei a carta com meu carimbo e imediatamente. Passei as mãos pelos meus cabelos evitando uma possível dor de cabeça. Meus ouvidos estavam chorando por ter que ouvir a briga de Marshall com Giuseppe do outro lado de meu quarto. Sinceramente, não aguento mais um segundo nesta maldita mansão onde se encontra duas, ou três pessoas com que me apeguei da pior formar: com meus lábios.
O beijo de Stefan ontem à noite me fez pensar se sinto alguma coisa realmente por ele. E como previsto, não senti absolutamente... Quase nada. Também não posso negar que o beijo foi completamente frio, ouve tal tensão provocadora no momento em que nossos olhos se fixaram no escuro do corredor. A forma como me tratava com as mãos era algo totalmente novo em toda minha existência. Sentimentos podem ser tão confusos como tentar entender uma família problemática.
Um vento entrou pela janela, deixando uma leve brisa dar alguns paços de dança aos meus cabelos cacheados. O vento refrescava meus pensamentos preocupantes pensando como posso ser tão ingênua em confiar em pessoas que só querem minha ruína, afinal, é minha função desde jovem permanecer onde todos quererem que eu fique: no chão.
Ouvi alguém bater em minha porta, o que não é uma novidade para a pobre porta batida várias vezes. Levantei-me sem o mínimo de vontade abrindo a porta preparando-me psicologicamente para uma possível visita de Damon. Errei novamente, Stefan estava com um sorriso pequeno forçando os lábios para não dar um bom dia com os sorrisos até as orelhas.
Sua visita sempre agradava meus olhos, mas não me deixava cem por cento curada de tudo como diz minha preciosa carta. Ajeitei meu vestido discretamente e fiz um sorriso forçado fingindo estar tudo bem para variar.
— Eu sinceramente esperava encontrar você com olheiras e com o cabelo desarrumado. — Stefan fingiu se importar com minha aparência.
— Damas não podem ficar desarrumadas na frente de seus futuros noivos, nós seríamos menos atraentes eu presumo. Mas acho que você não costuma se importar muito com isso, seu jeito romântico renega tal possiblidade, sem ofensas. — Coloquei os cabelos cacheados soltos para trás.
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Esplendor
FanfictionElena Gilbert é uma integrante da família mais bem sucedida de Mystic Falls, localizada na Inglaterra. Uma garota que se julga uma garota sem sorte, pois tem um romance secreto com um membro da família Salvatore. Seu nome, é Damon. Eles se comunicam...