Capítulo Seis
Borboletas azuis
Peguei o cavalo que Stefan havia me emprestado para concorrer com os concorrentes que me olhavam pelos cantos dos olhos apenas por eu ter um par de seios. Seria uma pena se minha vitória fosse tão satisfatória quanto a minha atitude de ignorar seus olhares que me julgavam a cada passo que dava com Leneu. Os concorrentes já estavam colocando as celas, os capacetes e algumas tochas para iluminar a noite.
Leneu era o cavalo mais dócil e amável que vi. Pareceu gostar de mim e de meu jeito de trata-la, caso ao contrário, eu teria levado uma patada (literalmente) que doeria em minha face quando eu acordasse de manhã.
Senti mais uma vez alguns olhares virem até mim. Mas dessa vez eram acompanhados por vozes das quais me deixaram desconfortável. Comentários ofensivos me afetam de um jeito catastrófico; deixaria-me arrasada se a ofensa fosse de alguém que dou valor. Porém, tenho que aprender a ignorar esses tipos de atitudes e comentários.
Meu plano não é vencer, e sim substituir alguém que quebrou o braço enquanto caía ou escorregava, não sei ao certo o que aconteceu. Mas não importa, já que fui convocada para substituir alguém em um evento importante, eu farei não importa o preço, ou razão.
Damon me olhava de um jeito competitivo. De fato. Damon era um ser complicado de se ter controle; Não que eu pretenda controla-lo, e sim entender sua mente complicada que tanto me incomodava. Suas vestes eram finas, típica de alguém profissional com um belo gosto.
Apenas desviei o olhar, meu tempo com ele estava apenas começando, não queria desperdiçar isso com brigas sem nexo e com olhares de má vontade.
E pensar que ele seria um homem sem defeitos; alguém perfeito. E pelo visto, estou enganada novamente. Damon pode ter uma lista imensa de qualidades, mas posso garantir que a de defeitos pretende a ter a mesma quantidade.
Peguei o papel que estava no bolso de minha calça e o reabri lendo aquelas palavras escritas com uma letra tão impecável que parecia ser impossível. Realmente sou boa com poemas, mas isso era algo que somente eu tinha conhecimento. Damon poderia até saber de meus talentos com a escrita, até demais. Se realmente foi Damon quem fez esta brincadeira estúpida de mau gosto, consequências serão aplicadas.
Eliminei os pensamentos que me sufocavam aos poucos e me concentrei no movimento ao meu redor, o que aparenta ser um erro. Uma figura amigável apareceu diante toda aquela bagunça esportiva que chamam de lazer:
Stefan.
Ele usava um terno marrom claro e com uma gravata com um tom natural de marrom. Seu cabelo estava arrumado de modo impecável; seus olhos brilhavam em meio à noite escura que me atormentava a cada bater do relógio.
Sorri ao vê-lo de bom humor mesmo tendo tal liberação inesperada de emoções, seu sorriso iluminava minha noite de um modo tão amigável que nem os barulhos dos pássaros poderiam ser ouvidos por mim.
– E ai? Confiante? – Perguntou Stefan ajeitando sua gravata e o terno.
Arrumei a sela de Leneu e olhei em seus olhos novamente, o efeito de sua presença era tão amistosa que abri novamente um sorriso, porém, não tão intenso como antes.
– Confiante para a derrota e a descriminação? Talvez. – Guardei o papel discretamente em meu bolso.
Realmente, se eu perder, minha imagem feminina cairia de uma forma desagradável. Aliás, ela já está bem baixa para cair drasticamente.

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Esplendor
FanfictionElena Gilbert é uma integrante da família mais bem sucedida de Mystic Falls, localizada na Inglaterra. Uma garota que se julga uma garota sem sorte, pois tem um romance secreto com um membro da família Salvatore. Seu nome, é Damon. Eles se comunicam...