Capítulo Trinta e Quatro
Combater para amar
Os olhos verdes da ruiva abriram-se, vendo a completa escuridão morada onde a mesma se encontrava. Aurora olhara ao redor para achar uma única luz sequer, o necessário para sua sobrevivência seria o ar, o quesito para seus pulmões castigados com o ar quente, respirarem. Aurora pensara estar dentro de uma espécie de caixa, com parafusos nas dobras onde fosse aberta a possível porta para sua liberdade. O sangue furioso corria dentro de suas veias, com a ira concorrente do ódio. Os punhos furiosos da ruiva chocaram-se contra a provável "porta", o único caminho para se trilhar, para conquistar a liberdade. Aurora queria gritar, expor sua raiva e pedir ajuda para quem estivesse ali fora, qualquer ser capaz de ouvi-la. Então, a ruiva gritou, mas não para pedir ajuda, mas sim por pura raiva. A ruiva não gostaria de depender de ninguém para o que é capaz de concretizar sozinha, nenhuma ajuda neste momento era bem vinda para Aurora. Os cabelos ruivos estavam espalhados por um travesseiro roxo; as mãos brancas tentaram-se esticar para ter espaço o bastante, entretanto, se deparou com uma parede afofada, por um material semelhante a um... Caixão. Aurora se encontrava em um caixão. O pânico invadiu seus olhos, tendo em vista um possível grito involuntário de seus sentimentos, o único ponto vital de fazer Aurora ser mais humana. O barulho do fogo queimando a vela lentamente era captado pelos ouvidos da ruiva, estava tão concentrada no exterior, que sua total preocupação com sua sanidade fora deixada de lado.
Aurora tocou em suas vestes, usara um vestido vermelho escarlate, não tendo comparação com seus outros vestidos compatíveis com a cor predileta. Não era um vermelho comum, era um vermelho poderoso, quente, perverso; combinando com a personalidade da ruiva. Suas mãos eram cobertas por luvas de rendas negras, um tanto sofisticadas para a ocasião especial. Seu tato foi até seu rosto contemplado pelo escuro, viu-se estar maquiada, própria para estar em um funeral, onde sua preferência seria não ser o seu novamente. Vários pontos passariam na mente de Aurora: Como fora parar ali, ou como fora parar ali sem ter tido a ajuda da própria... Amante de Shakespeare. Aurora mataria Elena por ter drogado sua bebida no jantar de ontem à noite, embora Aurora não desse por vencida. As mãos com as unhas pintadas de vermelho foram até sua perna, onde acharam uma adaga onde sempre guardara em sua meia calça. Usou o tato para localizar os parafusos dois quais ligavam a abertura do caixão. Tentar abrir com uma adaga seria burrice, pois a adaga possuía riscos de quebrar, e a única chance da liberdade de Aurora ser digna estaria queimando-se aos poucos. Ninguém teria de subestimar a inteligência de uma rainha, ninguém tem autoridade à altura.
A adaga foi encaixada na abertura dos parafusos com êxito, girando-o com toda a força restante em seus braços magros. Seus braços estavam prestes a ficar dormentes; os olhos cansados, requerendo ao menos uma presença luminosa para se sentir a vitalidade novamente. Mais um pouco e seu plano daria certo, só teria de tirar apenas um parafuso para ter uma abertura e ver onde estava trancada em um caixão. O segundo parafuso fora aberto com êxito. A adaga forçou-se a levantar uma das partes leves do caixão. Aurora queria luz, e a teve em excesso. Chamas estavam presentes em um lugar familiar, com uma cela, onde com certeza virou sua casa por quase dois longos anos de sofrimento. O oxigênio tanto querido por Aurora virara fumaça, adentrando em seus pulmões, rasgando qualquer tipo de saúde existente em cada um dos dois. A abertura fora fechada, pois as tosses de Aurora impediram-na de ter força. Com certeza ficar a cinco palmos da terra seria muito mais tranquilizante ao ver chamas quentes e não conseguir sair de onde está. Por isto, fora inventado o desespero.
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Esplendor
FanfictionElena Gilbert é uma integrante da família mais bem sucedida de Mystic Falls, localizada na Inglaterra. Uma garota que se julga uma garota sem sorte, pois tem um romance secreto com um membro da família Salvatore. Seu nome, é Damon. Eles se comunicam...